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Ainda não é claro que países é que vão fornecer F-16 à Ucrânia: apenas a Dinamarca, a Noruega, os Países Baixos e os Estados Unidos já assinalaram que estariam disponíveis para fornecer à Ucrânia estas aeronaves

AFP via Getty Images

Ainda não é claro que países é que vão fornecer F-16 à Ucrânia: apenas a Dinamarca, a Noruega, os Países Baixos e os Estados Unidos já assinalaram que estariam disponíveis para fornecer à Ucrânia estas aeronaves

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Envio de caças F-16 para a Ucrânia: "Asas para a liberdade" ou "ato sem sentido do Ocidente"?

Ocidente concordou em enviar caças F-16 para a Ucrânia, que vão ajudar a proteger os céus do país, mas estão longe de ser "poção mágica" para acabar com a guerra. Resposta russa é incógnita.

“Asas para a liberdade.” Com esta espécie de slogan, a Ucrânia tentou convencer os parceiros do Ocidente a cederem os seus F-16. Os dirigentes ucranianos insistiram durante meses que as aeronaves são essenciais para se defenderem da agressão russa. O ministro da da Defesa, Oleksii Reznikov, chegou mesmo a escrever, num vídeo publicado no Twitter em dezembro, uma carta ao Pai Natal a pedir os caças. Ainda assim, os países ocidentais rejeitaram mais do que uma vez o pedido, temendo uma possível escalada do conflito. Mas tudo mudou quando os Estados Unidos anunciaram, numa cimeira dos G7 que ocorreu em meados de maio, que estariam disponíveis para o fazer.

“Parece que o Pai Natal realmente existe”, comentou Oleksii Reznikov pouco depois do anúncio, reforçando que “os F-16 foram feitos para derrotar os vilões”: “O tempo disso acontecer é agora”. Contudo, a euforia ucraniana não corresponde à realidade. Com uma frota composta essencialmente por aviões da época soviética, a Ucrânia vai precisar de alguns meses para utilizar as aeronaves ocidentais no terreno. “A entrega dos caças não vai mudar a situação no terreno este ano”, afirmou, em declarações ao Observador, Oleg Ignatov, analista militar russo no think tank Crisis Group, assinalando, que na melhor das hipóteses, “talvez se possam ver alguns resultados” em finais de novembro.

Como explica Oleg Ignatov, antes de os F-16 estarem completamente operacionais, é necessário tratar de outros assuntos: “Primeiro: treinar pilotos. Segundo: construir infraestruturas. Terceiro: garantir o fornecimento de munições”. O Ocidente já tem planos em marcha, no âmbito da “coligação de caças” que o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, incentivou. Liderado pelos Países Baixos e pelo Reino Unido, um grupo de países — de que Portugal faz parte — estão empenhados em entregar aeronaves e a treinar pilotos ucranianos. “Ainda não os demos, mas vamos dá-los”, assegurou o alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, que adiantou que a Polónia e Malta já começaram as atividades preparatórias das formações.

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Em resposta, Moscovo voltou a subir o tom, apontando para o surgimento de um “risco colossal”. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, classificou o envio de caças como uma “escalada inaceitável”, associando-o a um “desejo” dos Estados Unidos e de alguns países europeus em “desmembrar” a Rússia. O vice-líder do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, acenou novamente com a ameaça nuclear. “Quantas mais armas forem fornecidas, mais perigoso o mundo será”, avisou.

As promessas de retaliação russa não são propriamente novas, tendo já acontecido noutras fases do conflito. Ainda assim, perante os caças modernos do Ocidente, que podem representar um perigo para o espaço aéreo da Rússia, é ainda incerto se Moscovo se ficará apenas por ameaças ou se desencadeará outro tipo de resposta. Neste sentido, quando questionado pelos jornalistas sobre este passo não seria um “risco colossal”, o Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden respondeu, de forma desconcertante, que sim “era”. “Mas para eles [russos].”

Os caças: como é que começou e as exigências no treino

Após conseguir obter tanques modernos do Ocidente, a Ucrânia empreendeu várias iniciativas diplomáticas junto ao Ocidente para conseguir receber os caças. O desejo ucraniano foi olhado com desconfiança pela maioria dos seus aliados, que rejeitaram imediatamente a proposta, no início de fevereiro. Aliás, o ministro da Defesa da Alemanha (país que manteve uma grande resistência ao dar a Kiev de carros de combate), Boris Pistorius, definiu que as aeronaves seriam uma “linha vermelha” que o país não ultrapassaria.

À medida que o tempo ia passando, o Presidente da Ucrânia insistia na necessidade de o país receber caças, sugerindo a criação de uma coligação para o efeito, ainda que a resistência se mantivesse. No início de maio, altura em que se esperava que a contraofensiva já tivesse arrancado, Volodymyr Zelensky visitou os Países Baixos, mais concretamente o Tribunal Internacional de Justiça, em Haia. O tema dos F-16 foi discutido com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, que, durante uma conferência de imprensa,  garantiu que o assunto não era “tabu” e que havia apoio no parlamento do país para enviar os caças.

A partir desse momento, o tema foi ganhando cada vez mais destaque. Num périplo por várias capitais europeias em meados de maio, foi em Londres que Volodymyr Zelensky viu o “sim” do Ocidente cada vez mais perto, com a oficialização de que haveria uma coligação de caças — e que seria liderada pelos Países Baixos e pelo Reino Unido. Ainda nessa semana, o Chefe de Estado foi um dos convidados da cimeira dos G7 e foi aí que Joe Biden lhe comunicou que Washington estaria disponível não só para treinar pilotos ucranianos, como também para fornecer os caças, se bem que não tenha estipulado qualquer prazo.

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Encontro entre Mark Rutte e Volodymyr Zelensky

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Em declarações à imprensa, o Presidente dos EUA referiu somente que tinha muitas dúvidas de que os caças seriam empregues durante a contraofensiva em que se espera que Kiev recupere os territórios ocupados. Ainda assim, para obter as vantagens que os F-16 podem trazer ao terreno, a Ucrânia continua a querer tê-los à sua disposição, no menor tempo possível — e o treino é o maior entrave, tendo em consideração que os pilotos do país estão sobretudo habituados a aviões da época soviética.

Como conta o New York Times, que teve acesso a um plano de treino elaborado nos finais de março (muito antes de haver o ‘sim’ oficial) pelos Estados Unidos, as principais dificuldades dos pilotos ucranianos residem na maneira como vão trabalhar com o cockpitque é muito diferente em comparação com as aeronaves soviéticas.

“A maior mudança que eles vão encontrar é o cockpit”, corroborou ao jornal norte-americano o general na reforma Philip Mark Breedlove, explicando que os antigos caças soviéticos implicam um controlo praticamente manual dos sensores, painéis de controlo e sistemas de armamentos. Ora, nos F-16, existe uma tecnologia mais sofisticada e há vários processos automáticos: “Nunca se tira os olhos do voo. É muito mais intuitivo e muito mas mesmo muito mais fácil conduzir sob stress”.

"Nunca se tira os olhos do voo. É muito mais intuitivo e muito, mas mesmo muito, mais fácil de conduzir sob stress"
Philip Mark Breedlove, general norte-americano na reforma

De acordo com o plano norte-americano, é necessário quatro a seis meses para que um piloto experiente ucraniano possa conduzir um F-16. Adicionalmente, o Politico diz que os homens que Kiev vai enviar têm uma alta proficiência na língua inglesa, a par de terem a ajuda de simuladores, o que vai permitir reduzir o tempo de treino, que, habitualmente, pode demorar vários meses.

Por estes motivos, Oleg Ignatov estima que demorará cerca de seis meses para que os F-16 sejam utilizados na Ucrânia. “Como vimos em outras ocasiões, os ucranianos fazem tudo muito rápido. Este é, aliás, um dos aspetos desta guerra: tudo acontece rapidamente e os ucranianos adaptam-se rapidamente. Aprendem a utilizar armas do Ocidente de forma veloz”, reforça o especialista.

Os efeitos no campo de batalha

É expectável que apenas em finais de novembro os caças cheguem a território ucraniano, ainda não sendo claro o número. A Forbes refere que podem ser entre 50 e 60 aeronaves ocidentais, ao passo que Oleksii Reznikov é mais ambicioso e aponta para 120 caças — o ministro da Defesa ucraniano já sublinhou que nem todos teriam de ser caças F-16, podendo ser aeronaves modernas alemãs ou suecas.

Em qualquer um dos casos, na opinião de Oleg Ignatov, qualquer reforço na frota ucraniana seria uma ajuda. “Os ucranianos têm cerca de 200 antigos jatos soviéticos, mas são poucos para ter impacto no terreno. Kiev precisa de mais, precisa de centenas para conseguir fazer face à Rússia”, explica, acrescentando que a Rússia tem “cerca de 500 a 600” apenas nos territórios da Ucrânia que ocupou.

"Os ucranianos têm cerca de 200 antigos jatos soviéticos, mas são poucos para ter impacto no terreno. Kiev precisa de mais, precisa de centenas para conseguir fazer face à Rússia"
Oleg Ignatov, analista militar russo no think tank Crisis Group

O especialista considera, por isso, que os caças “influenciarão” o conflito e poderão trazer vantagens para a Ucrânia. Mas, vinca Oleg Ignatov, sempre tendo em consideração que é um “investimento a longo prazo” para uma “possível operação ofensiva” no final do ano, se a tão aguardada contraofensiva não obtiver os resultados pretendidos.

Com uma velocidade de mais de 2.000 quilómetros por hora e possuindo uma grande resistência, os F-16 conseguem disparar contra alvos em terra e no ar com muito mais precisão do que as aeronaves soviéticas. Segundo uma descrição no site da Força Aérea norte-americana, estes caças podem “localizar alvos em todas as condições meteorológicas e detetar aeronaves em baixa altitude”. “No modo de configuração de ataque ao solo, o F-16 pode voar mais de 860 quilómetros por hora, lançar mísseis com uma precisão superior, defender-se contra aeronaves inimigas e retornar ao ponto de partida.”

Devido às suas capacidades, os F-16 poderiam ajudar nas operações ofensivas ucranianas, conseguindo romper as linhas defensivas russas com maior facilidade. Mas, na ótica de Oleg Ignatov, a Ucrânia vai usufruir mais de como os caças podem defender o espaço aéreo do país. Aliás, Volodymyr Zelensky disse, num discurso, que — sem aeronaves modernas — “nenhum sistema de defesa aéreo seria perfeito”.

Na lógica da narrativa de que a contraofensiva será forte o suficiente para repelir as tropas russas dos territórios ocupados, Oleg Ignatov sinaliza que os caças — a chegarem apenas no final do ano — vão essencialmente aumentar as capacidades defensivas do país. Além do mais, as Forças Armadas ucranianas estão num processo de transição da “era soviética para a doutrina da NATO”, tendo em vista uma possível entrada de Kiev na aliança atlântica.

“É um investimento futuro para as capacidades de defesa da Ucrânia, para não ficar tão vulnerável aos ataques russos”, reforça o analista think tank Crisis Group. “Vemos que o exército ucraniano está receber armas ocidentais e que vai funcionar segundo os padrões de armamento do Ocidente. Se o exército funcionar de acordo com os padrões da NATO, precisa obviamente de caças”, aclara.

Contudo, os F-16 serão mesmo decisivos se a guerra ainda durar no final do ano? Oleg Ignatov tem dúvidas, assim como o chefe das Forças Armadas dos Estados Unidos, Mark Milley: “Não há poções mágicas na guerra. Os caças não são e não há nada que o seja”. Frisando precisamente o ponto de que aumentará as capacidades de a Ucrânia se defender (e não atacar), o responsável militar traçou igualmente um paralelismo com a Rússia, durante uma conferência online citada pelo Politico.

“Os russos têm mil caças de quarta geração [a mesma que os F-16]. Se se vai enfrentar a Rússia no ar, então será preciso uma quantidade substancial de caças de quarta e quinta geração”, começou por dizer Mark Milley, expondo depois os elevados custos das aeronaves. “Se olharmos para os F-16, dez aeronaves custam mil milhões de dólares [cerca de 939.760.000 euros] e a manutenção custa mais mil milhões de dólares”, nota, justificando que as aeronaves não foram enviadas logo no início da guerra para a Ucrânia porque poderiam colocar em causa o envio de outros pacotes de ajuda militar, estes mais pertinentes para a defesa do país.

epa10418523 Chairman of the Joint Chiefs of Staff, General Mark Milley speaks to the media after the third meeting of Ukraine Defense Contact Group at the US Air Base in Ramstein, Germany, 20 January 2023. The US Secretary of Defense Austin has invited Ministers of Defense and senior military officials from around the world to Ramstein to discuss the ongoing crisis in Ukraine and various security issues facing US allies and partners.  EPA/RONALD WITTEK
"Os russos têm mil caças de quarta geração [a mesma que os F-16]. Se se vai enfrentar a Rússia no ar, então será preciso uma quantidade substancial de caças de quarta e quinta geração. Se olharmos para os F-16, dez custam mil milhões de dólares [cerca de 939.760.000 euros] e a manutenção custa mais mil milhões de dólares"
Mark Milley, chefe das Forças Armadas dos Estados Unidos

Tal como Oleg Ignatov refere, esta guerra utiliza essencialmente meios terrestre. “Esta guerra tem uma utilização mais intensiva da artilharia e da infantaria e não é tanto sobre o domínio aéreo”, enfatiza, conjeturando, por isso, que pode haver “diferenças no terreno” com os caças, mas não serão significativas.

Em contraponto, o professor universitário na área dos estudos da guerra no King’s College London, David J. Betz, considera que os meios aéreos mais avançados “não farão qualquer diferença na trajetória do conflito”, sinalizando que a Ucrânia não tem caças “em número suficiente” nem capacidade para, “em teoria”, sobreviver ao poderio russo. Assim sendo, classifica este ato, ao Observador, como “sem sentido e estrategicamente errado” por parte do Ocidente.

A resposta russa e a possível agressão

Para além de Sergei Lavrov, que apontou para uma “escalada”, e de Dmitry Medvedev, que acenou com o perigo nuclear, o governo russo, pela voz do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Alexander Grushko, lamentou que a atitude do Ocidente comporte “riscos colossais” para todos os lados do conflito, inclusivamente para os parceiros da Ucrânia. “Em qualquer caso, isto será tido em conta em todos os nossos planos e temos todos os meios necessários para atingir os objetivos que estabelecemos”, esclareceu.

Foreign ministers of Russia and Sweden meet in Moscow

Alexander Grushko advertiu para uma escalada do conflito

Russian Foreign Ministry/TASS

Em que moldes e o que significam esses “riscos colossais” o governo russo nunca detalhou. Porém, para Oleg Ignatov, as declarações não passam de “retórica” e dificilmente terão efeitos práticos. “Eles têm de reagir de alguma forma. Não entendo é como é que eles podem responder”, sublinhou o especialista, assinalando que a Rússia “não tem qualquer espaço de manobra” para retaliar.

Assunto diferente seria se os ucranianos invadissem o espaço aéreo russo, mas isso não se afigura provável. Embora na prática seja possível, o especialista do think tank Crisis Group acredita que, tal como acontece com outros equipamentos militares, a Ucrânia não deverá ter o aval do Ocidente para o fazer — e os caças deverão trazer algum mecanismo que impeça que isso aconteça.

Neste contexto, Joe Biden, após dar a luz verde para o envio dos caças, salientou que, durante uma reunião com o Presidente ucraniano, obteve a “garantia” de que os F-16 norte-americanos não entrarão no espaço aéreo russo. “Estamos a mover-nos numa direção em que somos capazes de colocar [a Ucrânia] numa posição de se defender de uma forma mais além do que era capaz”, vincou o líder norte-americano. “Eles não vão utilizar caças para entrar no território russo adentro. Mas poderão usá-los nos territórios ucranianos onde estejam as tropas russas.”

Opinião distinta tem David J. Betz, que antevê um “potencial de escalada” muito “poderoso”, o que prova que a ação do Ocidente não fez sentido. “É um grande risco para não haver qualquer ganho plausível”, reforça.

A coligação dos caças — e Portugal

Neste momento, os Estados Unidos não estão a treinar pilotos ucranianos, ainda que a Polónia e Malta tenham começado as atividades preparatórias. Ao abrigo da coligação de caças, o secretário da Defesa, Lloyd J. Austin, indicou que há “vários países” que estão a “ajudar a tornar possível o treino” numa “coligação europeia”. O responsável norte-americano agradeceu à Noruega, à Bélgica, a Portugal e à Polónia pela sua contribuição, bem como saudou a iniciativa da Dinamarca e dos Países Baixos na liderança do grupo.

No caso português, fonte do Ministério da Defesa nacional disse esta quarta-feira, ao Observador, que os pormenores ainda estão a ser discutidos. Assim sendo, nem está definido “que tipo”, nem “quantos”, nem que “países” é que vão fornecer treino aos pilotos ucranianos. Há, assim, uma “base de incerteza” e é necessário, diz a mesma fonte, “aguardar pela definição de critérios” em termos globais.

Ainda não é claro, igualmente, que países é que vão fornecer F-16 à Ucrânia: apenas a Dinamarca, a Noruega, os Países Baixos e os Estados Unidos já assinalaram que estariam disponíveis para fornecer à Ucrânia aquelas aeronaves. Por sua vez, Portugal e Polónia, entre outros, já anunciaram que não vão enviar os aviões de combate para território ucraniano.

Depois de uma insistência de meses, a Ucrânia quer finalmente ter na sua frota aeronaves modernas e prontas para combater. Os F-16 não serão uma “poção mágica” para alterar rumo do conflito (se ele ainda durar daqui a seis meses), mas ajudarão, pelo menos, o país a defender o seu espaço aéreo. Ainda está por desvendar como é que a Rússia vai reagir e se vai colocar em prática as ameaças.

Artigo corrigido às 11h20

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