Mais um ano, mais uma edição do Prémio Energy Up, uma das bandeiras do Projeto Educativo Future Up, através do qual a Fundação Galp mobiliza professores e alunos para uma transição energética justa, solidária e inclusiva.
Entre as mais de 80 candidaturas recebidas nesta 4ª edição, uma destacou-se e mereceu o reconhecimento do júri com o Grande Prémio Energy Up: a Escola Básica Aver-o-Mar, da Póvoa do Varzim, com o projeto “Apolo Up”.
O projeto vencedor criou uma estação meteorológica avançada e um sismógrafo financiado por fundos do Prémio Energy Up e, em colaboração com o Município da Póvoa de Varzim e a Proteção Civil Municipal, através da integração de tecnologia de ponta, sensores adicionais e o desenvolvimento de painéis informativos de transporte, usando a tecnologia LoraWan, alinhados com a rede de transportes regional.
A adoção de luminárias externas LED com automação, ações de sensibilização sobre energias renováveis e o recurso a economia circular são alguns dos propósitos desta iniciativa vencedora. Com o Grande Prémio atribuído pelo júri, a escola terá agora direito à instalação de painéis fotovoltaicos da Galp no valor de até €20.000, com estimativas de poupança de cerca de 10 mil euros por ano na fatura energética.
Para além do Grande Prémio, a 4ª edição do Prémio Energy Up distinguiu ainda os melhores projetos por cada nível de escolaridade – 1.º CEB; 2.º/3.º CEB; Ensino Secundário/Profissional – com prémios no valor de €2.000 para o 1º lugar e de €1.000 para os finalistas de cada ciclo.
Nesta 4ª edição, as candidaturas que chegaram de todo o país foram avaliadas por um painel de jurados composto, entre outros, por representantes dos parceiros institucionais do prémio: ADENE (Agência para a Energia), APA (Agência Portuguesa do Ambiente), DGE (Direção-Geral de Educação) e DGEG (Direção-Geral de Energia e Geologia). Entre as 10 escolas finalistas, os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Leiria, Portalegre, Porto, Setúbal e Viseu são alguns daqueles que fizeram caminho até Lisboa para descobrir qual seria o grande vencedor.
“O Prémio Energy Up existe há 4 anos e tem por base premiar escolas, professores e alunos que trabalham em projetos que contribuem positivamente para a escola e para a comunidade local”, explica-nos Diogo Sousa, Diretor Executivo da Fundação Galp, acrescentando: “O que é que tem acontecido ao longo destes 4 anos? Temos recebido dezenas de projetos, muito em cima de mobilidade sustentável, eficiência energética. Projetos de escola que conseguem contribuir para a comunidade onde estão inseridos. E no final do dia, esse é o principal objetivo. O segundo objetivo, e tão importante, é garantir que existe uma semente nestes alunos de aprender e de fazer. Porque fazendo, experimentando, testando, seguem um caminho de maior consciência para a sustentabilidade e de contributo para a comunidade onde estão inseridos”.
Desde 2010, o Future Up já beneficiou 2,2 milhões de estudantes e professores de norte a sul do país, continente e ilhas, e mais de 21 mil escolas. Ao longo destes anos foram lecionadas mais de 5 mil aulas Energy Up, envolvendo mais de 755 voluntários Galp. No biénio 22/24 o programa educativo Future Up é uma medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, aprovado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
O sucesso tem sido uma constante, mas a vontade não é a de ficar por aqui: “O futuro está em cada um destes alunos. É com o contributo de todos que, juntos, fazemos a diferença”, reforça Diogo Sousa.
Já Ana Silveira, Diretora de Relações Externas e Comunicação da Galp, começou por dar início à tarde de entrega dos Prémios, partilhando a importância do dia celebrado. Para a Diretora, esta “é uma parceria que tem um resultado muito feliz. É um exemplo de como é possível trabalhar em conjunto com o envolvimento da comunidade, dos municípios, dos mais diversos organismos públicos, dos reguladores, das escolas, dos professores e dos alunos, tudo em prol de um futuro melhor. Para nós, Galp e Fundação Galp, que trabalhamos com a convicção profunda de que a educação é uma das ferramentas mais poderosas para acelerar a transição energética, é muito gratificante assistirmos à realização dos projetos que idealizamos e aos desafios que lançámos às comunidades, neste caso particular à comunidade escolar”.
E porque este tem sido um caminho recheado de conquistas, partilha ainda: “O impacto que estamos a criar na comunidade escolar faz-nos acreditar na capacidade de vencermos enquanto sociedade os desafios que temos pela frente. Por muito pequenas que as nossas ações possam parecer, elas têm um grande impacto quando são somadas aos esforços dos outros. Cada um de vocês, com as vossas ideias e projetos, estão a fazer a vossa parte para um futuro melhor e mais sustentável”.
Os primeiros vencedores da tarde!
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Categoria: 1º Ciclo
- 1º Lugar: E.B da Conceição, com o projeto “200h de SOL”;
- Finalistas: E.B do 1º Ciclo nº3 de Sines, com o projeto “Crianças Up”; e Jardim-Escola João de Deus, com o projeto “Grão a grão poupas até mais não”.
Categoria: 2º e 3º Ciclo
- 1º Lugar: Escola Básica Bernardim Ribeiro, com o projeto “Agricultura de Precisão, Energia Limpa e Mobilidade Sustentável;
Finalistas: Escola Básica Rainha Santa Isabel, com o projeto “Escola Suave & Solar”; e Escola Básica Virgínia Moura, com o projeto “A Pedalar Sonhamos Energizar!”.
Categoria: Secundário e Profissional
- 1º Lugar: E. Secundária de Oliveira do Bairro, com o projeto “School Assistant”;
- Finalistas: E. Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, com o projeto “A Floresta Com(m) Vida”; e E. Secundária de Tondela, com o projeto “Remote Control of Public Lighting”.
Hora de entregar o Grande Prémio
A tarde foi recheada de discursos inspiradores e cheques entregues, mas o momento da entrega do Grande Prémio foi ansiado desde o começo. Depois de conversas com os parceiros, e com os alunos dos vencedores do Prémio da edição passada, chegou a altura de conhecer o grande vencedor de 2024. A tarefa não foi fácil e quem o diz é Sandra Aparício, Gestora de Impacto Social da Fundação Galp e Presidente do Júri: “É um momento cada vez mais difícil de uma edição para a outra. Os projetos que vamos recebendo são cada vez mais extraordinários. A maioria deles são projetos que têm estado em continuidade nas escolas, cada vez com maior impacto e integração na comunidade.
Por isso, o júri tem uma tarefa muito difícil que é conseguir receber todas as candidaturas, analisá-las e, de acordo com os critérios estabelecidos em regulamento, conseguir identificar quais são aqueles que melhor contribuem para a transição energética justa e inclusiva, promovendo ativamente a mudança de comportamentos e a implementação de soluções no espaço escolar e na comunidade. Para além da componente pedagógica, ao nível do contributo do projeto para o desenvolvimento de competências dos Alunos valorizamos projetos que já têm implementadas soluções, desenvolvidas com o apoio da escola e da comunidade escolar, mas com a participação ativa dos alunos”.
E o que é certo é uma decisão foi tomada e foi com fortes aplausos que foi recebida no palco a escola vencedora: Escola Básica Aver-o-Mar, da Póvoa do Varzim, com o projeto “Apolo Up”.
Apolo Up: conheça melhor o grande vencedor do dia
“É o terceiro ano que aqui estamos”, começou por dizer o Diretor da escola vencedora, reforçando: “O nosso projeto é um projeto que tem impacto na comunidade, sai da escola. As escolas não se podem fechar dentro das suas portas, vão muito para além disso. O que nós tentamos mostrar é que, com coisas simples, nós conseguimos fazer a diferença. É para nós muito relevante estarmos nesta altura a alimentar com dados da nossa estação meteorológica a proteção civil municipal, algo que pensávamos que não podia acontecer. São pequenos passos, pequenos projetos, que acabam por fazer toda a diferença. Parabéns a esta comunidade, parabéns aos professores. Estamos com garra para fazer a diferença e estes alunos são o garante de que daqui a 30 anos as coisas serão diferentes”.
De sorrisos no rosto e orgulho estampado em cada passo dado, a turma subiu a palco e os aplausos tardaram em cessar. Afinal, foi uma tarde onde a geração do futuro mostrou como a educação é fundamental para um mundo que se quer mais saudável e sustentável.
Nas palavras de David Sousa, Diretor-Geral da Direção Geral da Educação, a tarde foi de sucesso e um dia “inspirador. A expectativa que eu tenho é que estes projetos, de alguma forma, se disseminem e consigam mudar as mentalidades, possam mudar aquilo que é a responsabilidade que estes jovens vão ter nas questões da sustentabilidade. O facto de termos visto a forma de enorme alegria com que estes miúdos viram os seus projetos serem premiados…é uma forma de mostrar que a capacidade de intervir, de ser agente. É isso que temos de estimular. Fazer com que os alunos sejam agentes interventivos. Que questionem, que identifiquem problemas, que trabalhem para encontrar soluções”.
Para o diretor, este é “o papel da educação. É conseguir mudar mentalidades, mudar comportamentos, perceções do mundo, sermos mais interventivos para criar um mundo melhor. Este Prémio, ao trabalhar com parcerias, com parceiros, tem essa virtualidade de trazer vários agentes a colaborarem num desígnio que eu acho que é um desígnio para o qual temos todos de contribuir: um planeta mais sustentável e onde possamos todos ser mais felizes”.
Prémios entregues, foi a altura de dar por encerrada a cerimónia, com a certeza de que o palco se encheu de pequenos grandes agentes de mudança e de que o futuro, a pouco e pouco – de projeto em projeto -, se vai tornando cada vez mais realidade.