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Andreia Surgy bateu com a porta. O trabalho não parava de lhe entrar pela vida familiar adentro, fora de horas, e acabou por se despedir pouco antes de aprovada a lei que proíbe o contacto com funcionários nas horas de descanso. Já Carlos Reis nunca desliga o telemóvel, nem quando vai de férias. Convive bem com isso e acredita que, quando se trata de estar disponível para falar com clientes, não pode desligar.
Dália cansou-se de receber os primeiros telefonemas às cinco da tarde, quando entrava na Ordem às nove da manhã. Nunca eram assuntos urgentes. Simplesmente, conta, os seus chefes dedicavam-se aos seus projetos profissionais durante o expediente normal. Só depois disso começavam a tratar dos assuntos da Ordem profissional, quando a maioria dos funcionários já tinha terminado o seu dia de trabalho.
Com a nova lei ou sem a nova lei (falta a promulgação de Marcelo Rebelo de Sousa e posterior publicação), Allan Spínola não prevê que a sua forma de estar vá mudar: depois de deitar os filhos, após um dia de trabalho, volta a ligar o computador para terminar tarefas e responder a contactos. No seu caso, mais do que as chefias da multinacional onde trabalha, são os clientes e os colegas que mais o procuram fora do horário habitual de trabalho.
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