Jerónimo de Sousa não tem dúvidas: “As medidas que o Governo tomou no âmbito do Estado de Emergência são claramente excessivas”. O secretário-geral comunista entende que António Costa continua a operar num “quadro onde se exercita o medo” e que não esconde, aqui e ali, a “tentação” de culpar os portugueses pelo estado da pandemia. E deixa uma garantia: o congresso do PCP vai mesmo avançar; “adiá-lo seria uma proposta inaceitável”.
No programa “Sob Escuta”, na Rádio Observador, Jerónimo fala também do Orçamento do Estado para deixar uma ameaça velada: se o Governo não se aproximar de forma significativa das reivindicações do PCP, os comunistas não excluem chumbar o Orçamento. “Há sempre alternativa: os duodécimos são uma solução; a apresentação de outro Orçamento é outra solução”, sugere.
O comunista não resiste, aliás, a fazer uma provocação ao Bloco de Esquerda, insinuando que o partido de Catarina Martins se comporta nas negociações com o Governo como um “catavento”. “O mais cómodo era ‘isto assim não, ponto final parágrafo’. O Bloco tomou a posição que entendeu por bem tomar”, nota.
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