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Johnson, Farage ou Cummings. O que é feito das caras do Brexit?

Convenceram os britânicos a sair da UE e depois seguiram caminhos diferentes. Alguns continuam no Parlamento — e aguardam na sombra. E há quem, mesmo longe dos holofotes, tenha inspirado um filme.

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Foi uma aliança de forças inesperada: a Vote Leave, a Leave.Eu, a Grassroots Out ou a Labour Leave acabaram a remar todas para o mesmo lado e a reunir figuras tão diferentes como o independentista Nigel Farage, um ex-ministro como Michael Gove ou uma trabalhista como Gisela Stuart. No futebol, seria mais ou menos como ter uma super-equipa com jogadores do Benfica e do Porto, a que se juntaram alguns bons membros de formações mais pequenas como o Vitória de Guimarães — todos unidos para derrotar um inimigo comum de nome União Europeia (UE) que, pelo menos que se saiba, ainda não tem um clube de futebol a representá-la.

A campanha do referendo sobre a saída do Reino Unido da UE foi inesperada e provocou grande entusiasmo. As bancadas estiveram cheias de britânicos — e europeus —, a acompanhar a partida e a deixar claro por quem torciam. Mas no final, ao contrário do que diz o ditado, não ganhou a Alemanha: os britânicos preferiram mesmo dizer bye bye à Europa e a equipa Brexit conseguiu a vitória, mesmo que à justa (52% a favor do Leave contra 48% pelo Remain).

Dois anos depois dessa partida histórica, os britânicos estão à beira de concretizar esse Brexit — mas ninguém sabe como ou quando, porque as lutas internas parecem sobrepor-se a tudo e as incertezas são mais do que as convicções. Ainda assim, e por enquanto, o Reino Unido mantém o plano de sair no dia 29 de março, com ou sem acordo. Para alguns, esse é um feito mais saboroso do que receber uma Bola de Ouro. Mas, mais de dois anos depois do referendo, que é feito dos jogadores que agarraram essa vitória inesperada?

O ponta-de-lança: Nigel Farage (UKIP)

O antigo líder do Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP), Nigel Farage, seguiu sempre destacado na frente. E a razão é simples: se não fosse Farage, muito provavelmente não teria havido qualquer referendo pela saída da União Europeia (UE). O histórico resultado eleitoral do UKIP nas eleições europeias de 2014, quando o UKIP foi o partido mais votado no país, foi a gota de água que pressionou o primeiro-ministro David Cameron a considerar seriamente a convocação de um referendo para lidar com os crescentes sentimentos anti-Bruxelas que cresciam à sua direita.

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O UKIP não era novo no panorama político britânico — afinal de contas, o partido foi fundado há mais de 25 anos —, mas o seu crescimento recente, guiado pela batuta de Farage, colocou o euroceticismo britânico no centro do debate político. Durante a campanha, o líder do UKIP aproveitou para aliar a discussão sobre a Europa a outra das prioridades políticas do seu partido: o combate à imigração, cujo tom na campanha foi por vezes apelidado de xenófobo. O cartaz onde se titulava Breaking Point (Ponto de Rutura) por cima da imagem de requerentes de asilo, em plena crise europeia de refugiados, foi o remate mais perigoso do UKIP, tornando-se um símbolo dessa mistura entre as ideias de Europa e Imigração.

No rescaldo da vitória, o ponta-de-lança Farage perdeu o seu ascendente, ao contrário do que seria de esperar. Imediatamente depois do referendo, demitiu-se do cargo de líder do partido. Desde então, quatro pessoas sucederam-se na liderança, enquanto o UKIP ia oscilando nas sondagens — ora atingindo mínimos históricos, ora recuperando quando os acontecimentos políticos parecem pôr o Brexit parece em risco. Em dezembro, Farage anunciou a sua saída do partido, criticando o que considera ser uma “obsessão” recente da nova liderança, de Gerard Batten, com o combate ao Islamismo.

Nigel Farage em cima do seu autocarro de campanha pela saída do Reino Unido da UE (Christopher Furlong/Getty Images)

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Agora, dois anos depois da final onde conquistou a Taça do Brexit, Farage continua um defensor acérrimo da saída da UE, mas mais à distância, a partir do seu programa de comentário na rádio LBC. Em maio, deverá perder o seu último cargo político já que, se o Brexit se consumar, não poderá voltar a recandidatar-se ao cargo de eurodeputado, que ocupa desde 1999. Mas, se tal não acontecer e o processo for suspenso ou retardado, Farage já deixou um aviso: “Se deixarem cair a bola do Brexit, eu regresso à política.” Pronto para voltar a marcar golos, claro.

Os avançados: Boris Johnson, David Davis, Michael Gove (Partido Conservador)

Três conservadores de longa data, Johnson, Gove e Davis são figuras tão destacadas do partido que, no pós-referendo, acabaram por fazer todos parte do Governo de Theresa May. Mas já lá vamos: primeiro, é necessário recordar como foi a sua prestação neste jogo que opôs Brexiteers a Remainers.

Ex-jornalista, o carismático Boris Johnson era, à altura, presidente da Câmara de Londres e foi, por isso, um reforço de peso para a equipa pró-Brexit. Mas as suas inconsistências ideológicas — Boris chegou a escrever dois rascunhos para a sua coluna semanal no Telegraph, um a favor da saída da UE e outro pela permanência — cheiraram por vezes a calculismo político, o que não agradou aos que viram a sua posição no referendo como um trampolim para tentar chegar à liderança dos conservadores. Farage chegou mesmo a criticar o colega de barricada em plena campanha, falando numa “atitude de auto-promoção”.

David Davis, por seu turno, era outro peso pesado dos Tories. Ex-candidato à liderança do Partido Conservador por duas vezes (2001 e 2005) e antigo ministro-sombra de Cameron, Davis teve tanta influência que, conquistada a vitória no referendo, viria depois a tornar-se precisamente ministro para o Brexit de Theresa May. Após o apito final, também Boris Johnson se juntou ao executivo de Theresa May, tornando-se o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros.

Mas a união foi sol de pouca dura: no verão de 2018, Davis e Johnson abandonaram o Governo, em protesto com o plano de Chequers (primeira proposta de acordo para o Brexit de May), que viam como uma capitulação a Bruxelas. Definindo-se como defensores de um hard Brexit, os dois passaram então a fazer oposição às propostas de May a partir dos bancos verdes da Câmara dos Comuns e das colunas de jornal. Os rumores de que, caso May seja afastada, se assumirão como candidatos à liderança do partido, mantêm-se. Nenhum confirma nem desmente esse desejo, mas os dois opõem-se claramente a esta proposta de acordo que está em cima da mesa no Parlamento.

Michael Gove e Boris Johnson durante uma ação de campanha do "Vote Leave" (Christopher Furlong/Getty Images)

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Já Michael Gove, por seu turno, optou por um caminho diferente do dos colegas de equipa. Ministro da Justiça de David Cameron, a sua decisão de se opor ao primeiro-ministro e de se juntar à equipa do Leave foi quase tão polémica como a transferência de Jorge Jesus do Benfica para o Sporting. A decisão, diria a sua mulher Sarah Vine, foi fruto de uma “luta interna de proporções agoniantes”.

A contratação deste avançado, contudo, revelaria ser uma boa adição à equipa dos Brexiteers. Defensor da saída, por considerar que a UE impede os governos de poderem “escolher quem toma as decisões críticas que afetam as nossas vidas”, Gove chegou mesmo a tocar também num ponto alarmista sobre a imigração, alertando para uma possível entrada de mais de 5 milhões de pessoas no Reino Unido com a entrada da Turquia na UE — muito embora esse seja um cenário remoto neste momento.

Dois anos depois, o avançado Gove confessa algum arrependimento face às táticas mais agressivas da equipa. “Se tivesse sido apenas minha responsabilidade, a campanha pela saída teria um tom ligeiramente diferente”, confessou ao diretor de comunicação Tom Baldwin, no seu livro Ctrl Alt Delete. E há outro ponto onde difere da estratégia dos colegas Boris e David: convidado por May para ser ministro, Gove nunca abandonou a primeira-ministra, apesar dos muitos rumores de que terá estado à beira de o fazer, sobretudo após a apresentação deste acordo em novembro.

Os médios: Daniel Hannan, Nigel Lawson, Bernard Jenkin (Partido Conservador)

Hannan, Lawson e Jenkin são alguns dos muitos tories Brexiteers que apoiaram a saída do Reino Unido da UE e que podiam ter sido nomeados para esta posição. A sua escolha para formar este meio-campo sólido deve-se às suas marcadas posições ideológicas, já que a sua postura contra Bruxelas vem de há muito tempo. Senão, vejamos:

Daniel Hannan é eurodeputado e foi apelidado pelo jornal Guardian como “o homem que nos trouxe o Brexit”. Em Estrasburgo, sempre declarou abertamente a sua oposição ao Tratado de Lisboa e foi ele que, em 2012, pediu ao consultor Matthew Elliott que criasse um grupo de campanha pela saída da UE que viria a dar forma ao Vote Leave, o principal grupo de pró-Brexit durante a campanha do referendo.

Mas até o jogador mais focado pode ser alvo de críticas dentro do balneário. Segundo o Financial Times, membros da campanha quiseram deixá-lo propositadamente de fora dos debates televisivos e afastá-lo “das decisões importantes”. Hannan também tem telhados de vidro no que diz respeito às declarações que fez durante a campanha, tendo dito que “ninguém está a falar de o nosso lugar no mercado comum estar ameaçado” — quando, na prática, esse é um dos objetivos de May neste momento, partilhado por alguns dos Brexiteers mais radicais.

Talvez por isso, Hannan defenda agora um modelo diferente daquele que é apoiado por May e pela maioria dos tories. Os que defendem que a saída do Reino Unido da UE não está a funcionar como esperado, confessou o eurodeputado em maio, “têm uma certa razão”. A solução preferida pelo médio Hannan é, por isso, de moderação: saída da UE, sim, mas num modelo semelhante ao dos países do EFTA (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), mantendo o acesso ao mercado comum europeu.

Já Nigel Lawson e Bernard Jenkin são críticos da UE de longa data. Lawson, membro da Câmara dos Lordes e antigo governante do Executivo de Margaret Thatcher, há muito que critica o que considera ser uma tendência federalista da UE que crê ser uma “ameaça à democracia”.

Jenkin, por seu lado, foi contra o Tratado de Maastricht ainda no ano de 1992 e sempre se assumiu contra o que considera ser “o coração podre” da UE .

Depois dos pontos fortes, há que apresentar os pontos fracos destes médios-ofensivos: Lawson foi altamente criticado por defender a saída da UE ao mesmo tempo que vive em França e se candidatou ao cartão de residente no país no ano passado; Jenkin acusou recentemente o CEO da Jaguar de inventar “consequências sombrias” do Brexit para a indústria automóvel numa tentativa de “assustar” os eleitores.

Atualmente, tanto Lawson na Câmara dos Lordes como Jenkin na dos Comuns se opõem ao acordo proposto por May. O ex-secretário de Estado de Thatcher diz que a atual primeira-ministra é “um desastre”. E o deputado conservador não poupa nas palavras: “Nunca conheci um Governo que conduzisse as coisas de forma tão incompetente.” Continuam como médios sólidos da equipa hard Brexit.

O trinco: Paul Dacre (ex-diretor do Daily Mail)

Na ligação entre os tories atacantes e os trabalhistas pró-Brexit, está um jornalista de profissão que ajudou a equipa de Brexiteers a conseguir a vitória através da conquista da opinião pública: Paul Dacre, antigo diretor do tabloide Daily Mail.

Como explica o Politico, os eleitores mais velhos e leitores do Mail eram um dos alvos cruciais para a campanha do Leave — e as acintosas capas do jornal, bem como os editoriais de Dacre, podem ter ajudado a convencer os indecisos. “Há quem diga que a influência de Dacre e do Mail foram tão significativas que podem ser em parte responsáveis pelo Brexit”, escreveu mesmo o vice-diretor do Independent, Will Gore. A posição pró-Brexit do Daily Mail era de tal forma notória que, segundo revelou o Newsnight da BBC, o primeiro-ministro David Cameron pisou o risco ao tentar que Dacre fosse despedido, depois de lhe ter pedido pessoalmente que desse “alguma folga”.

Dacre não o fez. “Se acredita na Grã-Bretanha, vote ‘Sair’”, titulava o jornal um dia antes da votação, numa jogada inteligente da equipa do Leave. E, mesmo meses depois de a vitória ter sido alcançada, o diretor do jornal ainda jogava em contra-ataque: “Inimigos do Povo”, foi o título inesquecível colocado na capa, por cima dos rostos dos juízes que decretaram que o Governo devia ter pedido a opinião do Parlamento antes de acionar o Artigo 50 (que inicia o processo de saída da UE).

Meses depois, estava Dacre já fora de jogo após sair do Daily Mail para assumir responsabilidades na Comissão de Queixas da Imprensa, o jornalista dizia não ter arrependimentos sobre a sua forma de jogar. “A ideia precisava de ser passada”, declarou.

Os centrais: Kate Hoey e Gisela Stuart (Partido Trabalhista)

Não são certamente os únicos membros do Labour pró-Brexit, mas as suas posições firmes anti-UE tornaram Hoey e Stuart em duas centrais valiosas para a equipa Leave, tirando a bola dos pés da oposição e impedindo-a de ganhar o jogo.

Conhecida trabalhista anti-UE, Hoey alinhou com os tories Brexiteers desde cedo e foi criticando a postura do seu líder Jeremy Corbyn na matéria do Brexit: o Partido Trabalhista, diz ainda hoje, arrisca que haja um “revivalismo” do UKIP se os seus eleitores pró-Brexit se sentirem abandonados pelo Labour.

A sua determinação a favor da saída da UE é tanta que não tem problemas em ser vista ao lado de Nigel Farage, considerado um ativo tóxico pela maioria dos seus colegas de bancada, como aconteceu recentemente no evento Leave means Leave (Sair significa Sair).

Mas não se pense que essa firmeza se traduzirá automaticamente num apoio ao acordo de May: Kate já anunciou que dificilmente apoiaria a proposta da primeira-ministra, não por lealdade ao seu partido, mas porque a considera uma proposta que não serve os interesses dos que votaram Leave. “A não ser que haja um acordo muito diferente do que tem sido falado, não vejo como pode o Parlamento aprovar um plano que prevê gastar-se 39 mil milhões de libras e continuarmos a ser sujeitos ao diktat da UE”, afirmou em novembro, atirando a bola para longe.

Já a sua parceira Gisela Stuart tem uma opinião bastante semelhante, mas não enfrenta o mesmo desafio de aprovar ou não o acordo, já que optou por não se recandidatar ao lugar de deputada nas eleições antecipadas de 2017. O seu contributo para a equipa Leave, no entanto, foi valioso. Durante a campanha para o referendo, Stuart ocupou um lugar de liderança no movimento e afirmou que um voto pelo Brexit era um voto para “defender a democracia”.

A deputada trabalhista Gisela Stuart numa ação de campanha a favor do Brexit (Christopher Furlong/Getty Images)

Getty Images

Tem alertado o seu partido para a necessidade de não alienar os milhões de possíveis eleitores trabalhistas que diz não se sentirem ouvidos no que toca ao Brexit, mas Gisela Stuart também se tem retratado um pouco da posição que assumiu em 2016. Atualmente defende que David Cameron não devia ter convocado o referendo, já que uma pergunta que exige resposta de “Sim” ou “Não” a um problema tão complexo lhe parece agora algo “oca”. “A forma como ele convocou o referendo foi um abuso do processo democrático”, sentenciou a antiga deputada trabalhista em 2017. Mas, mais recentemente, tem voltado a alinhar-se com os seus colegas de equipa Brexiteers nas críticas ao acordo proposto por Theresa May.

O guarda-redes: Dominic Cummings (diretor de campanha)

É o homem na sombra, aquele de que todos normalmente se esquecem, mas que, se falhar, todos reparam. Dominic Cummings foi o guarda-redes desta equipa que assegurou a vitória, ou não tivesse sido ele o responsável por alguns dos slogans e das ideias mais conhecidos da campanha Vote Leave, a que reunia o maior número de apoiantes — mas não Farage: Vote Leave, Take Control (Vote ‘Sair’, Assuma o Controlo) foi a frase-chave pensada por Cummings, bem como a que se refere ao valor de 350 milhões de libras, alegadamente enviados para a UE e que poderiam ser aplicados no Serviço Nacional de Saúde (sendo que, afinal, não é exatamente assim).

Ex-conselheiro de Michael Gove, Cummings é uma personagem enigmática, em tempos apelidado de “psicopata de carreira” por David Cameron, que assumiu como sua a tarefa de levar o Brexit a bom porto. O seu papel nos bastidores foi de tal forma relevante que Cummings foi escolhido como personagem principal do telefilme The Uncivil War, que retrata o período de campanha para o referendo do Brexit, e o ator que o representa é nada mais nada menos do que a estrela britânica Benedict Cumberbatch.

É também sobre ele que pendem as maiores suspeitas de ter feito um jogo pouco limpo. A Vote Leave, gerida por Cummings, foi considerada culpada pela Comissão Eleitoral de ter quebrado as leis eleitorais ao gastar mais do que era permitido durante a campanha. O Observer apontou também ligações da campanha à Cambridge Analytica, levantando a possibilidade de ter havido práticas ilegais relacionadas com os dados de eleitores.

Cummings acha que tudo não passa de estratégias dos adversários políticos para deslegitimar os Brexiteers: “Eles partilham histericamente memes falsos, enquanto chamam de ‘mentirosos’ os que querem sair”, escreveu no seu blog, como aponta o jornal Guardian. Mas o ex-diretor de campanha não tem a língua afiada só para os adversários — em 2017, não hesitou em classificar David Davis como “preguiçoso que nem um sapo”, mostrando que um guarda-redes também sabe atacar quando é necessário.

Nessa mesma altura, fez alguns comentários no Twitter que pareceram uma espécie de auto-golo: o referendo, disse, foi “uma ideia parva” e que uma saída da UE pode vir a revelar-se “um erro”.

Mais recentemente, porém, Cummings chegou a criticar Theresa May, dizendo que a decisão de ativar o Artigo 50 sem ter um plano claro foi como “colocar uma arma na boca e puxar o gatilho”. Estávamos em maio de 2018: desde então, Cummings recusou dar mais entrevistas e regressou à sombra, remetendo-se ao papel de discreto guarda-redes. Mas, pelo menos na televisão, há quem não se tenha esquecido: foi ele quem aguentou a pressão e nunca deixou cair a bola.

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