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Será Naomi Campbell a personalidade mais poderosa do mundo da moda? Em maio de 2018, a revista Paper colocava a questão em análise, com o objetivo de predizer o que poderão ser as próximas décadas na indústria. Se pensarmos em duplas que podem, de facto, fazer a diferença — como o foram Barak e Michelle Obama e Beyoncé e Jay-Z noutras esferas –, Naomi e Edward Enninful, amigo inseparável e diretor da Vogue Britânica (e ainda a primeira pessoa negra ao leme de um grande título mundial do universo Vogue, em 128 anos de história), podem muito bem ser o grande power couple do mundo da moda.
Até aqui, Campbell fez uma caminhada a solo. Reivindicando, com a ajuda de Linda e Christy, igualdade salarial e conquistando um lugar inédito em capas de revistas. Hoje, já não leva a sua própria base para as produções de moda, como fez em tempos, tão pouco age como menina tímida e inexperiente na ruas de Paris. De todas as supermodelos, é a que mais à tona se tem mantido ao longo das décadas, embora nem sempre pelos melhores motivos.
Campbell, a “megamodelo dominante”, como a chamaram em 1990, faz 50 anos e o seu mérito abriu caminho para que outras modelos negras pudessem vingar — Liya Kebede, Joan Smalls, Jourdan Dunn, Maria Borges, Duckie Thot, Slick Woods e, mais recentemente, Adur Akech. Um bastidor ainda longe do equilíbrio, porém mais perto de o alcançar neste pós Naomi.
Uma modelo negra à conquista da Vogue
Um dia, Yves Saint Laurent garantiu a uma jovem manequim em início de carreira que ele próprio trataria de contornar o impulso racista da indústria. Em 1988, a cor da pele era uma barreira, mesmo num território considerado sofisticado e progressista como a moda. “Yves, eles não me vão dar a capa da Vogue Paris, não vão pôr uma miúda preta na capa”, exclamou Naomi Campbell, na altura com 18 anos.
A capa saiu em agosto e, pela primeira vez, em quase sete décadas de história, a edição francesa da revista de moda mais famosa do mundo levava um rosto negro para as bancas. “Aconteceu por causa deste homem. Ele foi o primeiro designer a pôr mulheres negras a desfilar”, recordou Campbell, em junho de 2008, a propósito da morte do criador.
A capa da Vogue Paris foi uma das várias proezas de uma Naomi adolescente, na reta final dos anos 80. Meses antes, em dezembro, a estreia tinha sido na edição britânica com a primeira capa da jovem manequim britânica no universo Vogue. “Durante a sessão fotográfica, não sabias se ias ser capa. Chamavam-lhe o ‘teste para capa’, ou seja, tu esforçavas-te para dares o teu melhor”, contou num conjunto de notas autobiográficas publicada pelo The Guardian, em 2016.
Ouro era o tema central da produção. Em Chanel dos pés à cabeça, Campbell posou para o mestre Patrick Demarchelier. “Lembro-me de ir aos escritórios da Vogue e de descobrir que era a capa de dezembro. Olhei para todas aquelas capas lindas — com miúdas como a Christy [Turlington] e a Yasmin [LeBon] — e pensei: ‘Uau, também tenho uma'”. No Reino Unido, a Vogue não destaca uma negra na capa desde 1966.
Em Itália, a oportunidade surgiu dois meses antes de Paris, em junho de 1988. Fotografada por Steven Klein, Naomi e os seus traços de meninez faziam jus à novidade e à frescura de um rosto, para o qual nem todos estavam preparados. “Foi difícil, o maquilhador não tinha trazido o tom de base certo para a minha pele. Não sei que tipo de rapariga é que ele esperava, mas não fiquei muito satisfeita com o resultado final, senti que não tinham capturado o meu verdadeiro tom de pele”, revelou na mesma entrevista. Aos 17 anos, Campbell tornou-se uma rapariga prevenida e passou a levar a sua própria base e pó para todos os trabalhos.
Em setembro de 1989, os destinos de Naomi Campbell e de Anna Wintour cruzaram-se. Uma preparava-se para assinar o seu primeiro September Issue como diretora da Vogue americana, a outra ansiava por completar o ciclo dos quatro grandes títulos da indústria. “Foi muito tenso, porque já tinha percebido o peso de ser uma modelo negra”, referiu também ao The Guardian em 2016. Pela primeira vez, uma edição mais importante do calendário anual da Vogue foi para as bancas com uma mulher de cor na capa, um feito que permanece até hoje como ponto alto no currículo de Campbell, mas também no de Wintour.
De Stockwell para Paris. O mundo descobriu uma “megamodelo”, Azzedine Alaïa encontrou uma filha
Naomi nasceu a 22 de maio de 1970. “Tive uma infância maravilhosa, mas sempre me senti uma pessoa crescida num corpo de criança”, revelou. Com cinco anos, a morar em Stockwell, já apanhava um autocarro e dois comboios para ir para a escola, todas as manhãs. Mas foi a mudança para a Italia Conti School, aos 13 anos, que lhe alterou, para sempre, o trajeto de vida. Começou a ter aulas de ballet, embora esse fosse apenas um dos múltiplos talentos de uma miúda que também se chegou a aventurar no sapateado e que, ainda em 1978, fez a sua primeira aparição pública no videoclipe do tema “Is This Love”, de Bob Marley.
“A nossa família adorava reggae. Eu só tinha sete anos e nem percebi que o Bob Marley ia estar ali ao meu lado, a aconhegar-me debaixo de uma manta. Ele era um homem muito bonito, com uma linda estrutura óssea. Era doce, falava baixo e com um sotaque jamaicano que eu ouvia em casa desde sempre”, relembrou a manequim.
Filha de Valerie Morris, uma dançarina profissional jamaicana, morou com a avó até aos 12, enquanto a mãe vivia entre a Itália e a Suíça. “Ela tinha tanto estilo e carisma. Quando tinha uns 12 ou 13 anos, apareceu num desfile. Lembro-me de ela me mostrar como é que se desfilava quando íamos a caminho de casa”. A partir daí, iniciou a construção do seu próprio estilo — gótico, ao que parece, com longos vestidos pretos e botas Dr Martens.
Beth Boldt, a mulher que descobriu uma “megamodelo”
Um dia, Naomi foi abordada na rua. A atrevida em questão era Beth Boldt, proprietária da agência de modelos londrina Synchro, que lhe perguntou de imediato se nunca tinha pensado em ter uma carreira no mundo da moda. A mãe não achou piada à ideia — preferia que a filha terminasse os estudos –, mas a curiosidade falou mais alto.
“Semanas depois, fui ter com ela. Nessa primeira visita, dividiu-me o cabelo ao meio, maquilhou-me, levou-me para o terraço do prédio, com o uniforme do colégio, e tirou-me algumas fotografias a preto e branco”. Valerie acabou por ceder e a jovem Campbell, já com o sobrenome do padrasto, esforçou-se por concluir os estudos.
Naomi tinha acabado de assinar o primeiro contrato da sua carreira quando entrou num avião para uma produção fotográfica fora do país. Aos 16 anos, a Elle britânica levava-a para Nova Orleães, nos Estados Unidos. No regresso, já tinha causado boa impressão do lado de lá do Atlântico — “estava a atrair agentes americanos, houve uns quatro ou cinco que vieram logo para Londres para me conhecerem”.
Paris e Alaïa: o início do resto da vida de Naomi
Não passou muito tempo até surgir o primeiro convite para ir a Paris. Foi com uma tia, afinal só tinha 16 anos. Mas depressa a viagem se tornou suficientemente frequente para dispensar a supervisão de um familiar. Numa dessas visitas, Naomi viu todo o seu dinheiro ser roubado — “Ninguém me tinha dito que devia deixar tudo trancado”. Sem conhecer ninguém, decidiu acompanhar a colega Amanda Cazalet durante uma sessão de provas para um designer. Foi quando conheceu Azzedine Alaïa.
De repente, estava na casa do próprio designer, porém sem fazer a mínima ideia de quem era. Sentido com o relato do roubo, Alaïa ofereceu a própria casa para o resto da estadia. “Ele falou com a minha mãe ao telefone, em francês. No dia seguinte, mudei-me para a casa dele na Rue du Parc-Royal. Até ali, a minha vida em Paris tinha sido sempre entre o estúdio e o hotel. A partir desse dia, sempre que ia a Paris ficava com o Azzedine”.
Com o passar dos anos, Campbell tornou-se a principal musa do criador tunisino, conhecido pelas silhuetas esculturais, mas também pela sua baixa estatura. A relação entre os dois foi muito além do âmbito da moda. “Tal como eu, ela é intuitiva, teimosa, ágil, generosa e honesta. A Naomi é uma pessoa incrível. Ninguém consegue entendê-la realmente. Ela é muito mais profunda do que parece, é incompreendida”, chegou a afirmar o designer, que morreu em novembro de 2017, aos 82 anos.
“Através dele, conheci pessoas espantosas: Tina Turner, Andrée Putman, Jean-Paul Goude, Julian Schnabel, Jerry Hall, Grace Jones. O Azzedine sempre proporcionou esta sensação de família ao seu redor. Não tendo tido uma figura paterna, acho que procuro sempre essas qualidades nos homens que respeito e admiro. É o que acontece com o Azzedine — chamo-lhe papa, ele trata-me por ma fille“.
A “Trindade” e as vozes contra o racismo
Naomi Campbell tornou-se um fenómeno à escala planetária. Em 1990, a revista Interview classificou-a como a “megamodelo dominante” dentro de um ecossistema de supermodelos, antevendo que seria este o rosto e o corpo que marcaria a nova década. Não se enganou, ainda que o mundo tenha visto nascer uma geração de estrelas difícil de suplantar. Com Linda Evangelista e Christy Turlington formou a emblemática “Trindade”. Num ano, a faturação de cada uma destas manequins ultrapassava um milhão de dólares. Fora das passerelles, todos queriam estar por perto, das estrelas de Hollywood à realeza europeia.
Conheceu Turlington em 1986, numa altura em que ainda chegava ao estúdio com a farda do colégio. A empatia foi imediata. “Tínhamos acabado de nos conhecer e ela já me dizia que devíamos partilhar quarto e ir sair quando eu fosse para Nova Iorque. Em dezembro desse ano, já vivíamos juntas”, recordou.
Meses depois, conheceu Evangelista, cinco anos mais velha, num desfile em Paris. “Como amiga, sempre foi a mais maternal de nós. Tive sorte em ter a Linda e a Christy ali para mim. Elas chegaram a dizer a alguns designers que se as queriam num desfile tinham de me escolher também. Esse tipo de apoio foi inédito”. A mensagem ficou gravada nos anais da indústria — “Se não querem a Naomi, também não nos têm a nós” — como ponto final num episódio de racismo protagonizados pelas três manequins e pela Dolce & Gabbana.
“Quando comecei, não era escolhida para certos desfiles por causa da cor da minha pele. Mas não deixei que isso me irritasse. Percebi logo nos primeiros castings o que significava ser negra. Tens de te esforçar mais. Tens de ser duplamente bom”, recordou nas memórias que escreveu para o The Guardian.
Entre os designers, foram alguns os que desenvolveram relações de cumplicidades com as grandes musas dos anos 90 — Gianni e Donatella Versace, John Galliano, Yves Saint Laurent e Valentino Garavani. A última década do século foi sempre a somar estrelas. Em 1990, “Freedom! ’90”, o sucesso de George Michael, adicionou mais dois nomes à equação — Tatjana Patitz e Cindy Crawford. A “Trindade”deu lugar às “Big 5” e, dos dedos de uma mão, o número de mulheres de escala sobre-humana aumentou para meia dúzia quando a alemã Claudia Schiffer se juntou ao clube. É também em 1990 que Naomi Campbell surge em “Sex”, o polémico livro de Madonna.
Mais do que uma ex-manequim em ótima forma física aos 50, as expectativas que pairam sobre ela vão muito além disso. Em 2018, a revista Paper perguntava: “Será Naomi Campbell a personalidade mais poderosa do mundo da moda?”. A publicação elencava os argumentos que sustentavam a questão, entre eles a especulação em torno da era pós-Wintour, onde Edward Enninful, atual diretor da Vogue Britânica e amigo pessoal da modelo, surge como possível substituto, o carisma e a facilidade que Campbell já demonstrou em comunicar para as novas gerações em plataformas como o Instagram.
Diversidade e igualdade na indústria da moda. As causas da supermodelo
O preconceito com base na cor da pele tem sido a principal causa advogada por Naomi Campbell. A verdade é que, apesar de ser uma das manequins mais bem sucedidas de todos os tempos, ela sempre sentiu na pele a descriminação dentro da própria indústria. “Posso ser considerada uma das grandes manequins em todo o mundo, mas de maneira nenhuma ganho o mesmo dinheiro que qualquer uma delas”, admitiu numa entrevista, ainda em 1991.
A determinação em tocar neste tema tem atravessado décadas. Em 2007, só generalizou o discurso. “O preconceito existe. É um problema e não vou continuar a varrê-lo para debaixo do tapete. Este ramo resume-se a vendas e são as miúdas loiras e de olhos azuis que vendem”, exclamou.
Um ano depois, Obama é eleito presidente dos Estados Unidos, mas Campbell continuou a reafirmar que, “como mulher negra”, continuou a sentir-se “uma exceção” dentro da indústria. “Sempre tive de trabalhar mais para ser tratada da mesma maneira”, referiu na altura à revista Glamour. Só no ano passado é que a modelo britânica protagonizou a sua primeira campanha para uma marca de beleza. Aconteceu pelas mãos da francesa Nars e ao fim de mais de três décadas de carreira.
Em 2013, Naomi juntou-se a outras duas ex-manequins –Bethann Hardison e Iman — para criar a Diversity Coalition. O movimento dirigiu às principais semanas da moda mundiais críticas de racismo, apontando marcas e designers que não incluem modelos de cor nos seus castings. “Está a melhorar, mas continuamos a ter de relembrar as pessoas de certas coisas”, indicou. O apoio a uma nova geração de manequins tem sido outras das frentes. O caso visível é a relação que mantém com a sul-sudanesa Adut Akech.
Além de apoios pontuais a populações atingidas por catástrofes naturais, como foi o caso do furacão Katrina, nos Estados Unidos, e dos terramotos que atingiram o Haiti e o Japão, Campbell está associada a outras causas sociais. É uma apoiante de longa data do Nelson Mandela Children’s Fund e foi durante anos uma figura bastante próxima do ativista e dirigente sul-africano — este considerava-a uma “neta honorária”. O cancro da mama, doença que atingiu a mãe Valerie, e os cuidados de saúde a grávidas e recém-nascidos têm sido outras das causas apoiadas.
Campbell e um ímpeto difícil de controlar
Pelo caminho, a carreira de Naomi teve percalços e nenhum teve tanto impacto mediático como o seu envolvimento num caso de diamantes de sangue, protagonizado pelo já então ex-presidente da Libéria Charles Taylor. Em causa estava um presente que, alegadamente, Campbell teria recebido durante um evento da Nelson Mandela Children’s Fund, em 1997.
A modelo começou por recusar testemunhar no caso, mas acabou por comparecer em tribunal e confirmar ter recebido duas pedras de “aspeto sujo”, já tarde na noite, de dois homens identificados. A modelo ter-se-á livrado da oferta, sob o pretexto de não gostar de “aceitar presentes em contexto de ações de caridade”. O testemunho foi contrariado por outros depoimentos, incluindo o da atriz Mia Farrow. Campbell terá doado as pedras para a angariação de fundos em curso.
Bem antes do escândalo que envolveu a modelo britânica e o ex-líder africano, já Naomi havia experimentado a sensação de aparecer nas páginas dos jornais pelos piores motivos. Em 1999, deu entrada numa clínica de desintoxicação, após cinco anos de consumo de cocaína. “Andava nesta vida de viajar pelo mundo e de ter toda a gente a dar-me tudo”, afirmou mais tarde, em justificação do facto de ter começado a consumir esta droga aos 24 anos. Admitiu ainda ter estado “no fundo do poço” e garantiu nunca ter consumido antes de pisar uma passerelle.
Em simultâneo, ainda moveu uma ação legar contra o Daily Mirror, depois de o jornal britânico ter publicado informação detalhada sobre a adição e uma fotografia sua a sair de uma reunião de narcóticos anónimos. O Supremo Tribunal confirmou a violação de privacidade e ordenou ao tabloide o pagamento de 3.500 libras. No mesmo ano, em 2002, um recurso do reverteu a situação. Campbell teria agora de pagar 350 mil libras em despesas. Mas o desfecho acabou por ser favorável à modelo. A Câmara dos Lordes restabeleceu a sentença inicial e obrigou o Daily Mirror a arcar com cerca de um milhão de libras em custos do processo.
Uma coisa é certa: Naomi sempre conseguiu manter uma vida amorosa sem sobressaltos. Adam Clayton, baixista dos U2, foi uma das relações da manequim nos longínquos anos 90, mas não a única, tão pouco a mais surpreendente. Mike Tyson e Robert de Niro fizeram parte do rol. Em 1998, oficializou o namoro com o empresário italiano Flavio Briatore, 20 anos mais velho. A um ritmo intermitente, a relação durou cerca de cinco anos. Entre 2008 e 2013, namorou com o empresário russo Vladislav Doronin.
Alguém já fez trabalho comunitário de lantejoulas? Ela já
No total, entre 1998 e 2009, Naomi Campbell foi acusada de agressão quatro vezes. A primeira chegou a tribunal em 2000, quando o seu assistente pessoal a acusou de lhe ter atirado o telemóvel. Como é que terminou? A modelo pagou uma indemnização ao ex-funcionário e ainda se comprometeu a frequentar terapia para controlar a raiva. Caso encerrado, mas não por muito tempo.
Em 2006, outros oito funcionários vieram a público fazer o mesmo tipo de queixas, Campbell respondeu-lhes usando uma camisola com a frase: “A Naomi bateu-me… e eu gostei”. A provocação passou em claro, mas um ano depois, num novo julgamento, a manequim foi declarada culpada de agredir uma antiga empregada doméstica. Como? Atirando-lhe o BlackBerry. Além do pagamento das despesas médicas, teve de cumprir cinco dias de trabalho comunitário no departamento de resíduos da cidade de Nova Iorque.
Durante esses dias, Naomi chamou a atenção da empresa ao escolher visuais exuberantes. Para o último dia, deixou um vestido de lantejoulas Dolce & Gabbana de 300 mil dólares (cerca de 270 mil euros). A imagem correu mundo e chegou mesmo a inspirar um anúncio da Dunkin’ Donuts, com a própria, claro.
Em 2008, o incidente foi em solo britânico. A modelo acabou por ser obrigada a cumprir 200 horas de trabalho comunitário e a pagar uma multa de 2.300 libras, cerca de 2.500 euros, por ter pontapeado e cuspido em dois agentes da polícia no Aeroporto de Heathrow, depois de supostamente ter pedido a bagagem. Desde então que Campbell foi banida pela British Airways.
O último caso teve desfecho em 2015. Seis anos antes, a modelo tinha agredido com a mala um paparazzo que a fotografava, juntamente com o namorado da altura, na Sicília, em Itália. A sentença foi de seis meses de pena suspensa. Feitas as contas, já lá vão 11 anos sem incidentes. Será que, com a idade, Naomi aprendeu a moderar o mau feitio?