Se os havia, provavelmente eram discretos e estavam dispersos pelo país. A grande expressão de vegetarianos em Portugal chegou com o jornal “O Vegetariano”, no início do século XX. A mesma publicação tornou-os unidos, extremistas e fê-los contactar com a mesma tendência noutros países, para facilmente perceberem que estavam longe de estar sozinhos.

Publicado ininterruptamente entre 1909 e 1935, “O Vegetariano” era o almanaque que aglutinava os vegetarianos dispersos pelo país. Em 26 anos, lançou 280 números e mesmo durante a guerra não deixou de ser publicado.

Três anos de investigação a relacionar os food studies com a utopia levou uma equipa de 27 investigadores de diferentes áreas, desde a filosofia à nutrição, a seguir o rasto aos vegetarianos portugueses de há 100 anos , lendo e avaliando o que por eles foi escrito. O periódico serviu de rastilho para a fundação da Sociedade Vegetariana de Portugal, em 1911, no Porto. Dois anos depois, já em Lisboa, por Bjorne Wiborg, surge o Núcleo Naturista de Lisboa.

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