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Quem disse que este não é o tempo de Billie Eilish?

Ao terceiro álbum, "HIT ME HARD AND SOFT", não são apenas as grandes canções pop e a maturidade da interpretação que sobressaem: é a capacidade de jogar o jogo, moldando as regras ao mesmo tempo.

Num dia de calor, a canção SKINNY, a primeira do novo HIT ME HARD AND SOFT, chega a correr o perigo de fazer humanos derreterem de forma melosa enquanto nos apercebemos que Billie tem razão — a Internet está à procura do mais maquiavélico tipo de divertimento (“the meanest kind of funny”, vá) e alguém tem de servir de corpo às balas. É uma abertura melódica deveras tradicional para o que costuma ser a paisagem sónica de Billie Eilish, mas triunfa no seu desejo de vulnerabilidade e intimismo.

Só não impede as acusações de streambait (música mid-tempo com estéticas melancólicas, pós-triunfo global do hip-hop), mas vamos encontrar confirmações e divergências ao longo do disco para animarmos esse caso. Por agora, parece que temos de pedir licença a um segurança enorme para entrarmos no quarto de dormir onde Billie vai desabafar connosco.

Dá a sensação de que Billie Eilish não queria ser a punchline da internet com o terceiro álbum, muito menos quando tem conquistado a atenção da crítica e da grande audiência mainstream com os seus esforços até aqui. Pela entrevista que deu a Zane Lowe, dá a impressão de ter sido um processo tortuoso, algo apresentado como a digestão emocional necessária para fazer um grande disco. É o sucessor de When We All Fall Asleep, Where Do We Go? (2019), um disco cheio de assombros emocionais marcados por um sentido de humor adolescente, assim como de Happier Than Ever (2021), uma reação de queixo caído ao pedestal acima de todos os comuns mortais onde a colocaram, com a bazófia que vem associado.

Billie Eilish tem 22 anos e é uma das maiores estrelas pop globais — além disso, bateu recordes quando limpou os Grammys (incluindo álbum do ano e canção do ano) aos dezoito anos. Quando tinha vinte, foi a artista mais jovem a gravar o tema principal de um filme da saga James Bond (No Time to Die). Para lá dos milhares de milhões de streams em plataformas digitais, também conta com dois Óscares da Academia Norte-Americana do Cinema — pela tal canção para James Bond, assim como What Was I Made For, do filme Barbie, de Greta Gerwig. Vai ser possível continuar a ouvir canções que seguem a onda destas baladas premiadas, porque neste terceiro disco escutamos a artista a elevar a maturidade das suas composições —assim como a apresentar-se ainda mais vulnerável, com ou sem a camada de ironia a que nos habituou.

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Vai surfando as produções do irmão Finneas com a virtude de uma voz que lhe permite deixar o timbre singular em qualquer que seja o género, ora mais épico e teatral, ora mais blasé e descontraído. Neste disco, encontra alguns dos maiores desafios nesse sentido, com momentos que atravessam a boa disposição baladeira, para se afirmarem como confissões e concessões emocionais e onde consegue brilhar tanto como cantora, como pela intimidade das suas exposições.

É importante começarmos este mergulho no terceiro disco de Billie Eilish pela voz, por mais ou menos ambiciosos que sejam os arranjos e por mais ricos e sofisticados que se apresentem os sintetizadores. Difícil é dizer algo realmente original acerca dela, quando já foi apelidada de etérea, de confessional e de sussurrante. Aqui, conseguimos ouvir a maturidade, ora num registo crooner impávido e sereno face ao que nos conta, ora num belting saído do teatro musical (e da qual Billie está realmente orgulhosa pelo progresso técnico que representa). Arriscava dizer que mais do que as histórias ou as canções, a voz é a grande protagonista deste disco.

Ao ouvir LUNCH temos uma lembrança rápida do porquê de Billie Eilish ocupar tanto espaço mental do universo pop — ela é capaz de produzir os bops mais frescos e essa capacidade crítica de conjurar um hit deve ser importantíssima para muita gente à volta dela. LUNCH é uma pastilha nova cheia de sabor depois de estarmos a mastigar no vácuo há algum tempo.

Dá a sensação de que fazer sucessos não era a maior preocupação deste disco, como se pairasse acima da grande maioria dos artistas, desejosos, desertos de êxitos, e aqui quisesse fazer algo mais completo e conciso do que um mero desfile de bangers. Ainda assim, é evidente que ainda tem o toque de Midas — LUNCH lembra-nos Dominic Fike e Brockhampton, uma certa renascença dos anos zero enquanto melodia facilmente digerível fruto da sua familiaridade. Na verdade, Billie Eilish traz os anos zero de volta numa celebração Y2K que faz lembrar uma glamourização recente dos anos noventa. O seu estilo colorido e oversized bate estranhamento certo com a era estética do hip-hop do início do milénio.

É evidente que este é um disco não só sobre o amor, mas sobre os estados de emoção em que o amor nos deixa. Em poucas músicas percebemos a enfatuação, o encanto, mas rapidamente passamos para a ansiedade, a preocupação, um nível quase neurótico de sentir. Como se a única forma de amar fosse num excesso de sensações, como resposta ao tédio com que os nossos telemóveis nos fizeram encarar tudo.

Em LUNCH, exaltemos o detalhe lírico do “craving not a crush” — há muitos apetites no comando da sexualidade humana que merecem ser satisfeitos, se calhar mais até do que de atrações genuínas, com todos os abismos emocionais que podem surgir associados. É também para este tipo de instinto descontraído, democrata quase no sentido do Camões na Ilha dos Amores, que nos entusiasma a nós, velhos do restelo, face ao à vontade da juventude. E depois há versos como “Shes the headlights, I’m the deer”, que importam sobretudo pelo efeito cómico.

Mesmo para quem não é grande fã de metáforas com portas abertas (como este que vos escreve), a canção CHIHIRO uma belíssima reflexão sobre sexualidade e a perda do controlo da revelação da mesma a um público tão grande como é o de Billie Eilish. Sobretudo quando vem depois de anos e anos de acusações de queerbaiting, antes da revelação da sua bissexualidade à revista norte-americana Variety. A ideia de abertura de portas através de Eilish ilustra bem uma certa perda de controlo que aqui inspira uma canção sensível e melódica, num regresso à nota tónica, sobretudo etérea, que SKINNY já deixava a pairar no ar.

Aqui, assim como ao longo das canções seguintes, começa a tornar-se evidente que este é um disco não só sobre o amor, mas sobre os estados de emoção em que o amor nos deixa. Em poucas músicas percebemos a enfatuação, o encanto, mas rapidamente passamos para a ansiedade, a preocupação, um nível quase neurótico de sentir. Como se a única forma de amar fosse num excesso de sensações, como resposta ao tédio com que os nossos telemóveis nos fizeram encarar tudo. Como se um turbilhão fosse parte da proposta. Como oscilações intermitentes entre seriedade e curiosidade.

As promessas do amor eterno, fase intermédia habitual numa era de lovebombing, seguem-se em BIRDS OF A FEATHER, numa nova variação das sensações loucas que o amor motiva. Tem qualquer coisa de estrela de girl band a lançar-se a solo ainda com os vícios do sucesso internacional e aqui encaixa com um sintetizador leve a embalar-nos no consolo de ouvirmos alguém otimista a dizer-nos que vamos vencer os desafios do tempo. As semelhanças com a pop de gente como os Wham! são evidentes e dignas de causar inveja.

[o vídeo de “L’AMOUR DE MA VIE”:]

O refrão é uma subversão da expressão inglesa birds of a feather should sticker together e esta apreciação de um casal em potência porque as semelhanças assim o ditam é um tropo clássico na aproximação entre humanos, sobretudo desde que Jane Austen elevou o reconhecimento crítico do parceiro a critério de seleção na história da Darcy e Lizzie. Nos momentos em que está mais despida de preocupações líricas, Billie Eilish deixa que as melodias vocais elevem igualmente as canções.

Sensacional? Este primeiro ato sem dúvida, mas vamos ter de abrandar para a sequência baladeira onde parece que a artista que andou aos pulos em palco aproveita para recuperar o fôlego.

WILDFLOWER dá à cantora gigante na internet a oportunidade de se expressar acerca de temas onde a opinião pública assume o controlo da narrativa. Não preciso de saber se a canção é sobre a Devon Lee Carlson e os efeitos colaterais da relação de Billie com Jesse Rutherford na amizade entre elas — mas se for sobre isso, que seja a chance de utilizar a arte para contar uma história, devolvendo o discurso a uma das suas protagonistas. A canção é sensível e a produção agridoce eleva a sensação de fusão de sensações românticas (pré, pós e não só) que já vinha a caracterizar o disco até aqui.

Numa entrevista de outros tempos, já Billie tinha confessado o mal-estar provocado pela perda do controlo da narrativa no que toca às suas relações:

“I definitely want to keep [relationships] private. I’ve had relationships and kept them private, and even the ones that I’ve had, with the tiny amount that I’ve let the world see, I regret.”

Em THE GREATEST, Billie Eilish envereda por mais um tema clássico da perceção romântica, o facto de acharmos que estamos a dar muito mais à relação do que o nosso par — algo que já todos sentimos na vida, pelo menos, constantemente. Aqui Billie exagera o impacto de tal fenómeno, num contraste interessante, capaz de se erguer como uma torre e fazer sombra sobre os esforços mínimos face à cara metade.

Num momento em que querem colocar Billie Eilish na lama com Taylor Swift pela crítica que fez aos concertos de três horas, este álbum de dez canções também serve de crítica aos discos que nunca mais acabam, com o propósito de agradar aos algoritmos das plataformas de streaming e para aproveitamento de quem se esquece de clicar pausa antes de sair. Ainda há a possibilidade dos rumores espalhados no Tik-Tok serem verdade e esta ser apenas a primeira parte de um disco maior.

No final da faixa, a mestria lírica de Billie permite-nos uma reviravolta no ponto de vista clássico da música pop, para caracterizar aquilo que afinal eram as suas esperanças: “You said your heart was jaded / You couldn’t even break it / I shouldn’t have to say it / You could have been the greatest”. Fica assim o lamento do que podiam ter sido.

Na faixa seguinte, L’AMOUR DE MA VIE, voltamos a ter uma canção guiada em dois momentos, o primeiro uma reflexão sobre a relação onde podemos ouvir o pequeno rancor de quem foi enganado: “You said you’d never fall in love again because of me / Then you moved on immediately”. A queda para os one-liners mantém-se viva. Também é importante assinalar como esta canção se movimenta entre uma balada moderna e se reinventa a meio, para uma canção com um instrumental mais catártico, algo clubbing, algo disco sound, como se as metades desta faixa quisessem expressar diferentes fases da digestão de um desgosto. O alívio do término é rapidamente substituído por mágoa, tristeza e raiva, antes de ser ultrapassado numa aceitação digna de celebrar. Como quem decide sair à noite numa tentativa de esquecer a sua dor.

Faz parte da tradição dos artistas alternativos deste novo século gerar composições que a meio se tornam outra coisa, decerto para apaziguar a sensação de tédio que acontece à marca dos dois minutos concentrados em qualquer coisa que não em nós mesmos, mas as variações melódicas tendem a ser de grande mestria e a relembrar-nos com saudades do tipo de truques que Frank Ocean não poupava nos poucos discos que lançou.

Em THE DINER, ficamos perdidos na indecisão: está Billie Eilish a escrever do ponto de vista de um stalker ou está a levar a sua tour de force sobre as consequências do amor a algo próximo da ideia de obsessão? Uma batida que provoca suspense, com recursos pop mais familiares numa faixa de Britney ou mesmo numa outra Billie — há um certo swing pop nesta malha que faz lembrar o pisca-pisca de Bad Guy.

[o vídeo de “LUNCH”:]

A tensão fica entregue aqui e ali com sopros repetitivos demasiado próximos do nosso pescoço e pela letra, claro: — “I waited on the corner ‘til I saw the sitter leave / Was easy getting over and I landed on my feet / I came in throught the kitchen lookin’ for something to eat / I left a calling card so they would know that it was me”. Sabendo dos dramas que Billie Eilish teve com um stalker a entrar em sua casa, não seria de admirar que tivesse bebido da experiência biográfica para criar arte (mais uma vez).

Os aromas do Brasil estão particularmente melódicos nas inspirações da BITTERSUITE, depois de já termos sentido Billie próxima da bossa-nova em vários momentos da sua carreira, aqui chega perto das tendências do funk carioca. Este também é um bom momento para fazer referências ao facto de o disco inteiro partilhar certas referências internas — a antecipação do beat de BLUE chega-nos ainda em BITTERSUITE, por exemplo. O mesmo acontece com a melodia de THE GREATEST, apresentada logo na primeira faixa do disco, numa manobra de foreshadowing musical que não vai passar ao lado dos ouvintes mais atentos.

BLUE pode ter muitas parecenças com um tema de Lana del Rey. Muito do meu ângulo crítico é amaciado por algo que se pode chamar de poptimismo millenial, uma certa vontade de ver o lado bom nas escolhas artísticas. Felizmente, aqui atua como um difusor de exigências, que me permite apreciar o bop de BLUE, assim como os comentários sobe um sample de uma canção antiga que aqui foi recuperado.

Parece-me um alívio gigante finalmente termos BLUE num álbum e não sermos obrigado a ouvir versões desta faixa no Youtube. Fica o alerta pela milésima vez para a necessidade de não confiarmos demasiado a nossa coleção de arte a plataformas exclusivamente digitais.

Este disco tem LUNCH, mas não tem nenhuma bad guy, por exemplo. Talvez seja Billie a ir para longe das canções que obtinham muitas reproduções, para se aproximar de discos que façam muito sentido em conjunto. Uma ambição artística legítima, até mesmo para quem tem o mundo da música já rendido aos seus talentos.

Como o meu campo de observação do mundo é sempre o pós-modernismo literário, é difícil não olhar para este disco e encontrar algumas tangentes com o trabalho de alguns escritores. A ideia de utilizar a narrativa d’A Viagem de CHIHIRO como ponto de partida para comentar o seu próprio estado emocional parece-me metaficção, na descontra — os momentos da canção são pontuados com referências a situações do clássico de Myazaki. Pastiches de outras eras melódicas são particularmente óbvias em BIRDS OF A FEATHER, um malhão pop à anos noventa que dá vontade de baixar a capota (qual capota…) num dia de sol enquanto fugimos da cidade para a praia com enormes chapéus, cómicos. A sequência auto-referencial na letra de BLUE, onde subitamente temos um desfile lírico orientado pelos nomes das faixas do álbum, também parece ser tirado da cartola de John Barth, quando traz todos os personagens da sua literatura. Tudo isto se torna óbvio quando o lenço na cabeça de Billie Eilish, composto com óculos de ver, fizeram correr no Twitter a piada de que era assim que o David Foster Wallace se vestia.

Num momento em que querem colocar Billie Eilish na lama com Taylor Swift pela crítica que fez aos concertos de três horas, este álbum de dez canções também serve de crítica aos discos que nunca mais acabam, com o propósito de agradar aos algoritmos das plataformas de streaming e para aproveitamento de quem se esquece de clicar pausa antes de sair. Ainda há a possibilidade dos rumores espalhados no Tik-Tok serem verdade e esta ser apenas a primeira parte de um disco maior.

Mais do que um álbum sobre amor, parece-me sobretudo um disco sobre as ansiedades e euforias que os amores provocam, uma flutuação onde nos aproximamos da canção romântica, mas também do banger pop com sabor romântico, com ou sem declaração. E é um grande disco, onde uma das maiores figuras da pop troca o apelo do single por uma criação coesa, bela, ocasionalmente sublime.

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Num último apontamento, deliciosamente irónico, Billie acaba o disco com a pergunta legítima de todos os fãs — “So when can I hear the next one?”

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A verdade é que os anos zero estavam carregados de cringe e quando olhamos para trás para os encarar, é difícil não nos lembrarmos disso. Só que Billie Eilish tem vinte e três anos, as suas lembranças dos anos zero são como as minhas lembranças dos anos oitenta, mediadas por um throwback nostálgico que ignora o cringe em prol de uma pastiche idílica. Sob estas lentes, é mais fácil compreender o apelo de uma era que na época parecia sofrer muito de falta de gosto. Billie navega estas idiossincrasias como uma curadora de referências e basta olhar para o seu estilo de vestir para perceber que sabe perfeitamente até onde deve levar as referências. A sua voz é boa o suficiente para arrancar melodias inigualáveis e confiante o suficiente para não ter de se colar a referências a fim de fazer as canções funcionar. Um triunfo numa era de tentação nostálgica.

Se é streambait ou não, começa a parecer-me mesquinhice — Billie Eilish faz música fresca numa era em que frescura ainda é um dos atributos mais difíceis de conseguir alcançar. É natural que funcione de forma magnética para obter streams. Não será fácil colocar tantos streams nas faixas deste disco como aconteceu em canções mais antigas e orelhudas de Billie Eilish. Este disco tem LUNCH, mas não tem nenhuma bad guy, por exemplo. Talvez seja Billie a ir para longe das canções que obtinham muitas reproduções, para se aproximar de discos que façam muito sentido em conjunto. Uma ambição artística legítima, até mesmo para quem tem o mundo da música já rendido aos seus talentos.

Num último apontamento, deliciosamente irónico, Billie acaba o disco com a pergunta legítima de todos os fãs — “So when can I hear the next one?”, um desabafo que nos apanha mais ou menos a meio dessa dúvida.

 
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