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AFP/Getty Images

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Resgate em Málaga. Eram mesmo precisos 12 dias para retirar Julen do poço?

Ser rápido nas operações em Málaga não era só difícil. Era arriscado. Especialistas explicam porque foram precisos 12 dias para resgatar Julen - e se a sobrevivência era possível sem contratempos.

Mudanças súbitas de planos, erros nos cálculos, mau tempo, obstáculos inesperados pelo caminho. À medida que as autoridades avançavam para as profundezas da serra de Málaga em busca do pequeno Julen Jimenez, os resgatadores travaram inúmeras batalhas que iam adiando as esperanças de encontrar com vida o bebé de dois anos que caiu no domingo, dia 13, na estreita perfuração de 25 centímetros de largura e 110 metros de comprimento no sul de Espanha. Foram precisos doze dias para que Julen fosse encontrado, já sem vida, a 73 metros de profundidade.

Porque é que demorou tanto tempo? Podia a operação de resgate ter sido mais rápida? Não havia um método imediato para retirar o bebé? E algum deles podia ter salvo Julen?

Málaga. Veja aqui em direto a retirada do corpo de Julen do poço

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Havia um plano melhor e mais rápido?

O plano original para salvar Julen Jimenez começou com duas hipóteses. A primeira era abrir um túnel na diagonal e depois na horizontal que, a certa altura, se cruzasse com o poço onde a criança estava. A outra passava por alargar o buraco onde o bebé caiu. Mas as duas ideias foram abandonadas ao fim de alguns dias por receio de que as vibrações provocadas pelas máquinas no solo causassem deslizamentos de terra, que podiam soterrar o menino que muitos acreditavam poder estar vivo. Julen terá ficado preso sob um banco de terra, onde poderia existir ar suficiente para respirar por vários dias.

Foi então que o plano C foi posto em prática: construir um túnel vertical, paralelo à perfuração onde Julen caiu, e depois escavar quatro metros manualmente para ligar os dois corredores. Matilde Costa e Silva, professora da licenciatura em Engenharia Geológica e Minas do Instituto Superior Técnico, explica ao Observador que não havia (mesmo) outro plano plausível para conduzir este resgate. “Dada a profundidade [sabe-se agora que a criança estava a 73 dos 107 metros que o furo terá], esta era a única hipótese em tempo útil. Começaram por fazer uma vala com mais de 20 metros, mas, a partir daí, já não era possível chegar à profundidade necessária. A ideia de fazer o túnel horizontal ia sempre ser mais morosa e mais difícil porque, para se começar a escavar na horizontal, era preciso retirar muito mais material”, explica a especialista.

Dada a profundidade, esta era a única hipótese em tempo útil. Começaram por fazer uma vala com mais de 20 metros, mas a partir daí já não era possível chegar à profundidade a que era preciso. A ideia de fazer o túnel horizontal ia sempre ser mais moroso e mais difícil porque, para se começar a escavar na horizontal, era preciso retirar muito mais material.
Matilde Costa e Silva, professora da licenciatura em Engenharia Geológica e Minas do Instituto Superior Técnico

Porque é que se demorou tanto a escavar o túnel?

Para abrir esse túnel vertical havia duas técnicas possíveis, conta Paula Falcão Neves, coordenadora da licenciatura em Engenharia Geológica e Minas do Técnico: ou através de escavação mecânica, que usa máquinas pesadas, ou através de técnicas com explosivos para fazer o avanço, fosse ele horizontal, vertical ou diagonal. “Para ser mais rápido e evoluir de forma mais segura, normalmente usam-se escavações mecânicas. São como se fossem brocas para se chegar a um determinado ponto. E isso até é relativamente rápido, desde que existam os equipamentos”, refere a professora.

Foi exatamente essa a técnica que foi adotada em Málaga. A teoria, porém, muitas vezes não basta: “As características do solo é que definem exatamente o tempo que leva a fazer a escavação e o sucesso dela. Se tivermos materiais muito soltos, a probabilidade de, à medida que se vai furando, o furo ficar colmatado novamente é muito grande. Se for em rocha, a probabilidade de haver esses desmoronamentos locais diminui”, resume Matilde Costa e Silva.

Em Málaga, o solo parecia estar a cooperar. Alfonso R. Gómez Celis, delegado do governo de Andaluzia, revelou através do Twitter que a rocha encontrada nas escavações — e, depois, quando os mineiros desceram pelo túnel — era quartzito, uma rocha metamórfica extremamente resistente, avaliada em 7 na escala de Escala de Mohs, que quantifica até 10 a dureza dos minerais, ou seja, a resistência que têm ao risco. Mais duro que o quartzito, só o topázio — rochas como a safira ou o rubi e o diamante, a rocha mais dura do planeta.

Isso era um ponto positivo porque a firmeza do solo retirava da equação a iminência de desmoronamentos de terra. Mas levantava um problema: com rochas tão duras, aumentava a dificuldade de fazer a escavação. E o tempo que demorava fazê-la. Passou, por isso, a tornar-se uma corrida contra o tempo.

A rocha encontrada nas escavações era quartzito, uma rocha metamórfica extremamente resistente avaliada em 7 na escala de Escala de Mohs. Isso era um ponto positivo porque a firmeza do solo retirava da equação a iminência de desmoronamentos de terra. Mas levantava um problema: com rochas tão duras aumenta a dificuldade de fazer a escavação.

Os erros de cálculo podiam ter sido evitados?

Foi a dureza das rochas que esteve na origem dos erros de cálculo que obrigaram as autoridades a recomeçar as escavações do túnel vertical. De acordo com Matilde Costa e Silva, esses erros de cálculo foram, na verdade, um desvio do furo. E esse desvio aconteceu porque, à medida que as máquinas avançavam, encontraram materiais com durezas diferentes. “O desvio resulta em que o furo não fique na vertical. Teve uma determinada inclinação, que resultou de a cabeça da perfuradora ter encontrado heterogeneidades”, resume a professora.

Desvios como este, que, neste caso foi de cerca de um metro, são frequentes quando o objetivo é criar uma perfuração muito profunda e estreita, mas resultam em atrasos nos trabalhos. Em Málaga, as operações abrandaram porque foi preciso encher o furo com areia e escavar novamente, já com uma nova máquina adaptada à rocha mais dura encontrada em profundidade. No entanto, não era possível simplesmente recomeçar a escavação com a nova máquina a partir do ponto em que o desvio aconteceu: “Queriam aproveitar os metros que já estavam furados. O objetivo era continuar com a verticalidade do furo e isso só era possível fazendo um aterro, estabilizando as paredes do furo e recomeçando a furar. Só depois é que se vai entubando o furo, para que ele fique seguro”, descreve Matilde Costa e Silva.

A colocação desses tubos foi fonte de novos atrasos, mas é um passo que não podia ser ignorado nem evitado, realça a coordenadora Paula Falcão Neves. “Se forem terrenos muito brandos e pouco consolidados, à medida que se vai fazendo a abertura desse poço, ele tem de ser entubado. Provavelmente, como aquilo é uma entrada relativamente próxima da superfície, de certeza que atravessa solos, mas depois encontra rocha. Nessa parte em que os terrenos são maus em termos de estabilidade, eles têm de ser entubados. E isso demora muito mais tempo”, justifica.

Desvios como estes são frequentes quando o objetivo é criar uma perfuração muito profunda e estreita, mas resultam em atrasos. Em Málaga, as operações abrandaram porque foi preciso encher o furo com areia e escavar novamente com uma nova máquina. No entanto, não era possível simplesmente recomeçar a escavação com a nova máquina a partir do ponto em que o desvio aconteceu.

Como é que os mineiros sabiam até onde escavar o túnel?

Os oito mineiros envolvidos nas operações de resgate não sabiam exatamente onde estava Julen Jimenez, mas desceram através de um elevador forjado por um ferreiro na cidade de Alhaurín el Grande. A jaula era cónica, tinha 1,05 metros de diâmetro e 2,5 metros de altura, estava equipada com condutas para o ar e tinha capacidade para aguentar com o peso de três pessoas no interior.

Mas como sabiam os mineiros quando parar o túnel vertical e a partir de quando escavar manualmente o corredor horizontal, se ninguém sabia o paradeiro exato de Julen?

De acordo com Paula Falcão Neves, o mais provável é que o poço tenha sido escavado até a uma profundidade maior do que aquela onde se julga que Julen possa estar. Mesmo que a criança não estivesse na posição estimada, visto que os túneis já estavam entubados, só seria preciso alargar a abertura do túnel de baixo para cima até se encontrar o bebé. “No fundo, é alargar o furo de água. Mesmo que ele continue para baixo, desde que eles o intercetem, como o túnel construído tem um diâmetro maior, agora é só escavar o furo de baixo para cima até se encontrar o bebé. Se se enganarem e ele estiver mais abaixo, alarga-se o furo para baixo porque já sabem que estão em rocha firme”, explica a professora.

Matilde Costa e Silva concorda: “Eles fizeram um túnel um pouco abaixo da profundidade estimada para a posição da criança, também para garantir o escoamento dos materiais da galeria. Os materiais que resultam da escavação vão para o fundo desse túnel”, acrescenta.

De acordo com Paula Falcão Neves, o mais provável é que o posso tenha sido escavado até a uma profundidade maior do que aquela onde se julga que Julen possa estar. Mesmo que a criança não estivesse na posição estimada, visto que os túneis já estavam entubados, só se tinha de alargar a abertura do túnel de baixo para cima até se encontrar o bebé. 

Se os microexplosivos atrasaram as operações, porque é que foram usados?

Já com os terrenos menos estáveis entubados, a rocha mais firme continuou a ser um problema, principalmente na fase em que os mineiros tiveram de escavar manualmente os quatro metros que separavam o túnel onde Julen estava e aquele por onde os resgatadores entraram: quatro guardas civis especialistas em espeleologia e resgate em montanha.

A solução foi utilizar explosivos com pequena carga para rebentar a rocha que as picaretas não conseguiam partir: “Normalmente fazem-se uns disparos, fazendo o contorno daquilo que pretendemos escavar. E, depois, o meio já pode ser retirado ou rebentado de outra forma qualquer”, descreve Paula Falcão Neves.

A utilização de microexplosivos é mais segura, mas as cargas têm de ser tão pequenas, para não comprometer a estabilidade dos túneis, que o avanço é feito mais devagar. Tudo tem de ser feito com muita precisão, sublinha a coordenadora. “Quatro metros para nós é muito rápido. Aqui, a quantidade de explosivos e o lugar onde os colocam têm de ser calculados de forma muito cuidadosa, para que as vibrações não provoquem danos ao lugar onde eles querem chegar”, afirma a especialista do Técnico.

Além disso, de cada vez que os microexplosivos são usados, é preciso esperar duas horas para voltar a avançar. É esse o tempo necessário para se perfurarem os espaços onde se colocam os explosivos, instalar esses explosivos, fazer a detonação, sair e esperar até extrair o ar contaminado pelo gases resultantes do rebentamento. E depois voltar com as picaretas e o restante material de escavação, que pesa cerca de 22 kg.

A utilização de microexplosivos é mais segura, mas as cargas têm de ser tão pequenas para não comprometer a estabilidade dos túneis que o avanço é feito mais devagar. Tudo tem de ser feito com muita precisão, sublinha a coordenadora. De cada vez que os microexplosivos são usados, são precisas duas horas para extrair o ar contaminado pelo gases.

Que perigos enfrentaram os mineiros?

Uma das grandes fontes de todos os obstáculos que os mineiros foram encontrando pelo caminho foi o facto de ninguém conhecer como é aquele terreno. “Normalmente, em minas nós avançamos, mas já temos conhecimento prévio do que se está a escavar. Não conhecendo e querendo fazê-lo com alguma rapidez, e tendo em conta que têm um furo vertical que não pode ser afetado com desmoronamentos, tudo tem de ser feito com muitos cuidados”, afirma a professora do Técnico.

Havia, portanto, uma grande lacuna na operação de resgate: ninguém sabia se aquele terreno tinha ou não pontos de fraqueza. “Quando estão a fazer escavação à superfície em materiais muito fraturados começa-se a fazer um furo e as paredes podem deslizar e colapsar, daí as maiores preocupações com as vibrações no terreno”, explica Paula Falcão Neves. É a mesma coisa que escavar um canal na areia molhada ou em rocha, compara ela. Na areia molhada, o canal pode estar estável durante uma hora ou durante cinco minutos. Ninguém sabe.

E esta foi a incerteza com que os mineiros tiveram de operar: “Estes mineiros não sabem as condições em que estão e tudo pode mudar de um momento para o outro. Imagine que há fraturas, zonas de fraqueza. Mesmo em rocha muito dura, se atravessarem um sítio com duas fraturas paralelas próximas, o que está entre essas fraturas pode cair. E não se sabe onde estão essas fraturas”, conta Paula Falcão Neves.

É verdade que “os mineiros estão habituados a estes ambientes, que são mesmo muito rudes”, adjetiva Matilde Costa e Silva. “Uma pessoa vulgar não conseguiria trabalhar. Eles enfrentam o perigo de ficarem presos, embora isso seja improvável porque os furos estão entubados. Além disso, estes são ambientes mais quentes, porque está mais calor no fundo, e são espaços muito exíguos”, recorda a professora.

E esta foi a incerteza com que os mineiros tiveram de operar: "Estes mineiros não sabem as condições em que estão e tudo pode mudar de um momento para o outro. Imagine que há fraturas, zonas de fraqueza. Mesmo em rocha muito dura, se atravessarem um sítio com duas fraturas paralelas próximas, o que está entre essas fraturas pode cair. E não se sabe onde estão essas fraturas", conta Paula Falcão Neves. 

Se tudo tivesse sido mais rápido, Julen podia ter sobrevivido?

Apenas três dias após o desaparecimento de Julen Jimenez, os especialistas já diziam ao Observador ser pouco provável encontrar o bebé com vida. Francisco Rasteiro, fundador do Núcleo de Espeleologia da Costa Azul, achava “complicado que se consiga chegar à criança e que ela seja encontrada com vida”: “O miúdo tem de estar morto. É uma criança de dois anos, entalado num sítio onde nenhum adulto consegue chegar, num lugar que não pode ser aberto senão o menino ficava soterrado”, descrevia, na altura, o espeleólogo.

O triciclo de Julen ainda está à porta de casa. Os vizinhos rezam para que o venha buscar

A dificuldade de sobrevivência começava logo com o facto de Julen ter ficado debaixo de uma massa de terra compacta e molhada que obstruía o buraco a 73 metros de profundidade. Era esse tampão que estava “a impedir que o ar circule para dentro do poço, por isso ele sufoca”, dizia Francisco: “A hipótese de sobrevivência ainda se colocava se houvesse espaços abertos e circulação de ar lá em baixo, mas isso não acontece num furo de prospeção de água”, acrescentava.

Pedro Pinto, especialista em espeleosocorro, dizia que mesmo que a criança não tivesse morrido por falta de ar, a imobilidade extrema teria matado o rapaz. “A nossa própria função de irrigação sanguínea do corpo humano não é 100% assegurada pela força do coração. Os músculos dos braços e das pernas, quando contraem, também ajudam à função do sistema circulatório porque comprimem as veias e artérias”, descrevia Pedro Pinto.

Pedro Pinto, especialista em espeleosocorro, diz que "mesmo que ele não tenha morrido por falta de ar, a imobilidade extrema teria matado o rapaz. "A nossa própria função de irrigação sanguínea do corpo humano não é 100% assegurada pela força do coração. Os músculos dos braços e das pernas, quando contraem, também ajudam à função do sistema circulatório porque comprimem as veias e artérias”, descreve.

Isso foi também confirmado ao Observador pelo coordenador de uma Viatura Médica de Emergência Rápida (VMER): “Os nossos músculos funcionam como uma bomba para fazer circular o sangue. O músculo serve para produzir energia, por isso é que trememos quando temos frio. É para gerar calor. Estando parado, a diminuição da temperatura corporal contribui ainda mais para a hipotermia”, sublinhava o médico do INEM.

Julen pode mesmo sobreviver tantos dias no poço? E o plano de resgate pode funcionar?

Outro problema relacionado com a imobilização extrema é o aparecimento de úlceras, explicava ele. Imagine-se sentado num banco de cinema para ver um filme de duas horas. Ao longo do tempo vai mudar de posição porque fica desconfortável. Agora imagine quem tem de estar nessa mesma cadeira, mas sem se poder mexer. “Vai ter um desconforto, depois aparecem as zonas de maceração, que são regiões onde os tecidos são mais sujeitos a pressões e por isso são menos irrigadas. Isso cria úlceras de pressão que dão origem a feridas, que podem tornar-se focos de infeção”, descrevia o coordenador.

Na verdade, o médico do INEM dizia que são inúmeros os problemas que poderiam ter provocado a morte de Julen. Segundo ele, se por um lado a altura da superfície até ao fundo do poço é grande, a queda do rapaz não foi feita em queda livre. “Tratando-se de um percurso estreito, a pessoa vai batendo nas paredes, por isso vai havendo algum amortecimento da queda. Provavelmente não terá grandes traumas”, sublinhava.

O problema mais grave é a disfunção metabólica: “Além disso, apesar de termos mais capacidade de ficar longas horas sem comer desde que bebamos água, as reservas de glicemia e a capacidade de produzir glicose de uma criança são muito inferiores às de um adulto. Provavelmente vai entrar em hipoglicemia”, sublinha o coordenador de uma VMER. 

O problema mais grave seria a disfunção metabólica: “Apesar de termos mais capacidade de ficar longas horas sem comer desde que bebamos água, as reservas de glicemia e a capacidade de produzir glicose de uma criança são muito inferiores às de um adulto. Provavelmente vai entrar em hipoglicemia”, sublinhava, três dias depois do acidente, o coordenador de uma VMER. Além disso, as feridas provocadas pela queda iriam causar dor e infetar. “Ao fim de dois dias, as feridas vão infetar garantidamente. Tudo isto leva a disfunções que vão culminar com a morte”, afirmava o médico.

O corpo de Julen acabaria por ser encontrado e resgatado na madrugada deste sábado, quase duas semanas depois do acidente.

[Vídeo: Silêncio por Julen no fim de “um sonho que não pôde tornar-se realidade”]

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