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Ilustração de Luis Grañena
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Sem debate, Trump e Biden foram à mesma hora a canais diferentes — e Trump voltou a recusar condenar a extrema-direita

Tudo o que tem de saber sobre o que se passa na campanha dos Estados Unidos. Dois programas de televisão à mesma hora, uma nova recusa em condenar a extrema-direita e a juíza quase aprovada.

Todos os dias fazemos-lhe um resumo do que se está a passar na campanha eleitoral nos Estados Unidos: as principais histórias do dia, as frases descodificadas, fact checks e recomendações de leitura para estar sempre bem informado até à eleição do próximo Presidente.

O que se passa na campanha

Dois momentos marcaram o dia de quinta-feira na campanha eleitoral norte-americana. Durante o dia, no Senado, terminou a audição da juíza Amy Coney Barrett para o Supremo Tribunal. Os republicanos forçaram a marcação da primeira votação para a próxima semana e tudo indica que a juíza já estará em funções depois da eleição. À noite, em dois canais diferentes, os dois principais candidatos responderam a perguntas dos eleitores naquele que foi um dos últimos grandes eventos televisivos da campanha.

1Dois “town halls” muito diferentes e mais uma recusa em condenar a extrema-direita

Esta quinta-feira deveria ter sido um dos pontos centrais da campanha eleitoral. Depois de um primeiro debate caótico no final de setembro (chegou a ser considerado o pior debate presidencial da história americana), estava agendado para a noite passada o segundo debate entre Donald Trump e Joe Biden. A infeção de Trump com a Covid-19 levou ao cancelamento do evento, que a comissão apartidária responsável pelos debates presidenciais tentou transformar numa sessão online. A campanha de Trump recusou a alternativa digital e o debate caiu por terra. Em vez disso, os dois candidatos aceitaram participar em dois eventos simultâneos, em duas estações de televisão à mesma hora, no modelo “town hall” (em que eleitores indecisos fazem perguntas ao candidato numa sessão moderada por um jornalista).

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Às 20h de Washington (1h da manhã em Lisboa), milhões de americanos ligaram as televisões para ver como responderiam os dois candidatos: Trump na NBC, Biden na ABC.

Consoante o canal que escolheram, os eleitores norte-americanos assistiram a dois programas diametralmente opostos. Na NBC, uma hora de entrevista combativa em que Trump foi confrontado pela jornalista Savannah Guthrie com as suas incoerências na resposta à pandemia da Covid-19 e até acabou a defender uma teoria da conspiração de extrema-direita; na ABC, a conversa calma entre Joe Biden e George Stephanopoulos só subiu de tom quando o tema foi o plano do democrata para o Supremo Tribunal.

Durante a emissão da NBC, Donald Trump tentou esquivar-se a praticamente todas as perguntas que lhe foram feitas quer pela jornalista quer pelo público, recorrendo a argumentos como “estamos a fazer um grande trabalho” ou “estamos a reconstruir o nosso país”. Mas as inconsistências do atual Presidente norte-americano ficaram evidentes perante a insistência da moderadora — que interrompeu Trump quando este citava erroneamente estudos com o intuito de mostrar que a sua resposta à pandemia da Covid-19, transformada no tema central da campanha, está a ser um sucesso.

Porém, o “town hall” de Trump ficaria marcado pela segunda recusa em denunciar publicamente um grupo de extrema-direita. Depois de, no primeiro debate com Joe Biden, o Presidente ter recusado condenar explicitamente o grupo de extrema-direita Proud Boys, dizendo-lhes, pelo contrário, para estarem “a postos” — o que levou a festejos do grupo —, desta vez Trump alegou desconhecer o QAnon, uma teoria da conspiração surgida entre grupos de extrema-direita e que sugere a existência de uma estratégia do deep state contra Trump. Confrontado pela jornalista com os tweets associados ao grupo que partilhou esta semana, Trump argumentou: “Foi um retweet. Eu ponho-o lá e as pessoas podem decidir por elas próprias”.

“Não entendo. O senhor é o Presidente. Não é o tio maluco de alguém que pode retwittar qualquer coisa”, respondeu a jornalista. Um dos tweets partilhados recentemente por Donald Trump incluía uma teoria da conspiração sobre como Obama e Biden teriam falsificado a morte de Bin Laden e matado a equipa de militares responsável pela operação. Antes, Trump tinha partilhado um tweet associado a outra teoria que associa Joe Biden a pedofilia. No “town hall” de quinta-feira, depois alegar repetidamente desconhecer o QAnon, Trump afirmou: “Sei que são muito contra a pedofilia. Lutam muito contra ela”.

Ainda assim, o “town hall” de Trump não foi só um escrutínio apertado. O Presidente norte-americano também ouviu elogios — nomeadamente de uma eleitora indecisa que, antes de lhe perguntar pelo programa DACA (que garante proteção aos imigrantes sem documentos que tenham entrado em crianças nos EUA), lhe disse que tem um sorriso muito bonito. “Fica muito bonito quando sorri”, disse Paulette Dale. Ainda assim, de acordo com o Miami New Times, que falou com a mulher à saída do evento, Paulette vai votar em Biden. “É muito combativo e não acredita na ciência, o que para mim é uma preocupação grande.”

Na ABC, o “town hall” com Joe Biden teve muito poucas novidades. Em cima da mesa estiveram assuntos como as alterações climáticas, os direitos da comunidade LGBT ou as desigualdades raciais, com o candidato democrata a deixar claro que o voto dos negros é fundamental para a sua vitória. Também no que toca à gestão da pandemia da Covid-19, os dois canais exibiram candidatos muito diferentes. Na ABC, Biden lembrou as palavras de Trump no primeiro debate a dois: “As palavras de um Presidente importam. Quando um Presidente não usa máscara ou goza com pessoas como eu por usar máscara durante muito tempo, as pessoas acham que, se calhar, não é assim tão importante”. No debate do final de setembro, Trump riu-se de Biden por aparecer sempre “com a maior máscara que já vi”.

A principal novidade do “town hall” de Biden prendeu-se com um dos temas quentes do momento na campanha eleitoral norte-americana: a nomeação da juíza Amy Coney Barrett para o Supremo Tribunal. Nomeada por Donald Trump a um mês das eleições para substituir Ruth Bader Ginsburg, que morreu em setembro, Coney Barrett é uma conservadora que deverá desequilibrar ainda mais as contas no tribunal mais importante do país (ficando os conservadores com uma maioria de 6-3). A atitude apressada dos republicanos não caiu bem entre os democratas e muitos têm apelado ao chamado “court-packing”, uma prática que consiste em aumentar o número de juízes do Supremo, caso Biden ganhe a eleição — uma vez que os mandatos dos juízes são vitalícios. Biden tem-se recusado dizer o que pensa sobre esta possibilidade.

Na quinta-feira, na emissão da ABC, o candidato admitiu que, embora não seja “fã” da prática, está “aberto a considerar o que acontece” depois da nomeação de Coney Barrett. “Depende de como eles [os republicanos] apressarem isto”, acrescentou, sublinhando uma certeza: antes do dia da eleição, já se terá pronunciado publicamente sobre a possibilidade.

Uma nota importante: é um erro apontar a eleição presidencial norte-americana exclusivamente para o próximo dia 3 de novembro. Na altura em que os dois programas foram para o ar, mais de 17 milhões de eleitores já tinham votado — a possibilidade de voto antecipado e por correio faz com que muitos votos sejam entregues nas semanas que antecedem o dia da eleição. Segundo a CNN, o voto antecipado tem sido mais expressivo este ano do que em 2016. Por exemplo, na Flórida, um dos “swing states” fundamentais nesta eleição, mais de 2 milhões de votos já tinham sido entregues, contra menos de um milhão em 2016. Numa altura em que as sondagens estão, de forma consistente, a colocar Joe Biden à frente (com uma margem de 10 pontos percentuais relativamente a Trump), o atual Presidente necessita, com urgência, de garantir votos para poder ter uma hipótese de reeleição — tinha-o, aliás, feito na noite anterior num comício no Iowa, onde apelou ao voto das regiões rurais que o fizeram ganhar em 2016. “Se eu não ganho o Iowa, nem acredito!”

2Republicanos avançam para confirmação de juíza nomeada por Trump

Acabou na quarta-feira a audição de Amy Coney Barrett, a juíza nomeada por Donald Trump para ocupar o lugar vago no Supremo Tribunal depois da morte, no mês passado, da juíza Ruth Bader Ginsburg. Após três dias de perguntas e respostas dos senadores à juíza, o último dia ficou marcado pela auscultação de testemunhas convocadas pelos dois partidos e pela discussão entre senadores — que se focou, essencialmente, na legitimidade do processo de nomeação de uma juíza para o Supremo a um mês das eleições.

Os democratas assumiram o protagonismo na contestação à juíza. Para o Partido Democrata, a nomeação de Amy Coney Barrett, uma conservadora, tem como único objetivo reforçar a maioria conservadora (ficarão seis conservadores contra três liberais) no Supremo para que Trump leve avante a sua intenção de reverter o Obamacare, aprovar medidas que agradam ao eleitorado conservador (como as restrições ao aborto ou questões relacionadas com a posse de armas) — ao mesmo tempo que garante vantagem no Supremo caso os resultados da eleição de 3 de novembro acabem por ter de ali ser resolvidos.

Para os democratas, o processo é ainda mais ilegítimo (embora seja constitucional, ao contrário do que Biden chegou a afirmar) quando olhado à luz do que aconteceu em 2016. Nesse ano, a nove meses das eleições, Obama nomeou um sucessor para o juiz Antonin Scalia, que havia morrido, mas os republicanos, que controlavam o Senado, impediram que o processo avançasse — com o argumento de que se aproximavam novas eleições. Trump ganhou-as e avançou com as suas próprias nomeações. Agora, a pressa em nomear uma juíza conservadora a um mês das eleições é vista como um último gesto de campanha para atrair votos.

Esta quinta-feira, ficou ainda mais certo que Amy Coney Barrett já estará sentada no Supremo pela altura das eleições: dando a volta às regras procedimentais, os republicanos do Comité de Assuntos Judiciais do Senado marcaram a primeira votação para a nomeação da juíza já para a próxima quinta-feira, dia 22 de outubro. As normas do comité dizem que o organismo só pode funcionar quando estiverem presentes, pelo menos, dois elementos da minoria. Porém, a aprovação da votação da próxima semana foi feita com apenas um senador democrata, Richard Durbin, na sala. Durbin ainda fez questão de assinalar que era o único membro da bancada minoritária presente, mas o presidente do comité, o republicano Lindsey Graham, avançou na mesma, argumentando que os democratas estavam, deliberadamente, a tentar provocar disrupções nos procedimentos de nomeação da juíza.

Para a próxima quinta-feira, dia 22, às 13h de Washington (18h em Lisboa) está marcada a votação da nomeação da juíza no comité. Alguns dias depois — ainda, pelo menos, uma semana antes da eleição presidencial —, será a vez de o Senado votar a nomeação da juíza em plenário, dando a aprovação final.

Nas entrelinhas

“Não pensem que, quando estabeleceram a regra do ‘porque podemos’, quando o sapato estiver no outro pé terão credibilidade para vir ter connosco e dizer ‘sim, sabemos que podem, mas não deviam’”
— Sheldon Whitehouse, senador democrata eleito pelo estado de Rhode Island

As palavras do senador Sheldon Whitehouse no último dia de audição da juíza Amy Coney Barrett foram um aviso — ou até uma promessa de vingança — aos republicanos. Já aqui explicámos porque é que o Partido Democrata está descontente com a pressa com que Trump e os republicanos nomearam uma juíza conservadora para o Supremo a poucas semanas das eleições, considerando que a atitude do Presidente foi pouco ética, eleitoralista e tomada em proveito próprio. Mas, neste último dia de discussões na especialidade no Senado, Whitehouse deixou claro que os democratas pretendem retaliar no caso de Joe Biden vencer a eleição presidencial (o que, de acordo com as sondagens, é mais provável do que uma vitória de Trump).

E como poderá acontecer essa retaliação? Por exemplo, através do aumento do número de juízes do Supremo — a Constituição não fixa um número — de modo a nomear novos juízes liberais e reequilibrar o órgão ideologicamente.

“A vossa credibilidade para usar esse argumento em qualquer momento do futuro vai morrer nesta sala e no Senado se continuarem a agir desta maneira”, avisou ainda Whitehouse, numa declaração dirigida diretamente aos republicanos que se preparavam para agendar a votação da nomeação da juíza para a próxima semana.

Fact-check

O Green New Deal quer acabar com as energias fósseis automaticamente em 2030, como disse Biden?

Durante o “town hall” da ABC, um dos temas centrais foi o ambiente e as alterações climáticas. Joe Biden não é fã do chamado Green New Deal, a proposta apresentada por uma ala do Partido Democrata representada pela congressista Alexandria Ocasio Cortez, e apoiada por movimentos ambientalistas, para reduzir as emissões e alcançar a neutralidade carbónica até 2030. Antes, Biden tem o seu próprio plano ambiental, com o qual concorre à Casa Branca, e que envolve investimentos na ordem dos 2 biliões de dólares.

Na noite de quinta-feira, Joe Biden procurou evidenciar as diferenças entre o seu plano e o Green New Deal. “A diferença entre mim e o Green New Deal é que eles dizem que, automaticamente, em 2030, vamos libertar-nos do carbono, o que não é possível. O meu plano é um enquadramento crucial, mas não é o Green New Deal. O Green New Deal prevê a eliminação de todas as energias não-renováveis até 2030”, disse Joe Biden.

Porém, não é bem assim. Como explica o The New York Times, o Green New Deal não prevê a eliminação automática do recurso aos combustíveis fósseis até 2030, mas sim a criação de estruturas que permitam alcançar a neutralidade carbónica até 2030. A neutralidade carbónica não se limita à eliminação das emissões, mas também inclui processos como a compensação das emissões que não for ainda possível eliminar. Aliás, o próprio Joe Biden elogia, no seu próprio site de campanha, o Green New Deal, chamando-lhe um “enquadramento crucial para enfrentar os desafios que temos pela frente”.

Conclusão: errado. Não é verdade que o Green New Deal preveja a eliminação completa e automática de todas as fontes de energia não-renováveis até 2030.

É verdade que 85% das pessoas que usam máscara apanham o vírus, como disse Trump?

Numa tentativa de desvalorizar a utilização das máscaras como forma de proteção contra a disseminação do coronavírus, Donald Trump citou um estudo do Centro para o Controlo de Doenças (CDC) norte-americano que avaliou os riscos associados à contração da Covid-19 — e concluiu, por exemplo, que os adultos infetados tinham uma probabilidade duas vezes superior de ter ido a um restaurante antes de adoecerem do que os adultos não-infetados.

“No outro dia, vieram com um comunicado a dizer que 85% das pessoas que usam máscara apanham-no”, disse Trump.

O estudo foca-se também na utilização de máscaras entre os inquiridos. Nos 14 dias antes de adoecerem, 71% dos inquiridos que tiveram um teste positivo disseram usar sempre máscara em público, enquanto 74% dos que não tiveram teste positivo afirmaram usar máscara.

Ora, o estudo começou a disseminar-se pelas redes sociais como prova de que as máscaras não eram eficazes — e a informação errada tornou-se de tal modo viral que o próprio CDC se viu obrigado a vir a público esclarecer a questão. “A interpretação de que há mais utilizadores de máscara a ficar infetados comparado com quem não usa máscara é incorreta”, afirmou o organismo.

Além disto, as palavras de Trump são uma inversão completa da lógica estatística que estaria subjacente ao estudo, sugerindo uma correlação ou até causalidade entre usar máscara e apanhar o vírus — o que, do ponto de vista da disseminação do vírus, não faz qualquer sentido.

Conclusão: errado. Ao contrário do que disse Donald Trump, não é verdade que 85% das pessoas que usam máscara apanham o vírus.

A foto

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Donald Trump sem máscara no arranque do "town hall" da NBC, que decorreu ao ar livre e com a apresentadora a grande distância, quando há ainda dúvidas sobre o estado de saúde de Trump

AFP via Getty Images

A opinião

Na CNN, o investigador Walter Olson pronuncia-se contra a possibilidade de Joe Biden aumentar o número de juízes do Supremo Tribunal como ferramenta para lá colocar mais vozes progressistas e, assim, contrariar a intenção de Trump de reforçar a maioria conservadora do tribunal. Citando até o pensamento da juíza Ruth Bader Ginsburg — cuja morte em setembro abriu a vaga no centro da atual discussão —, Olson afirma que o “court-packing”, ou aumento do número de juízes, só contribuiria para fragilizar o tribunal, que deve ser apartidário, tornando-o numa câmara política em que a representação partidária seria um dos principais fatores para o nomeação de juízes.

The words of the late Justice Ruth Bader Ginsburg in an NPR interview last year point up something important. Whatever you think of the politics, packing the Supreme Court would be bad for the law itself — bad for the efficiency and quality of the court’s work, bad for its credibility and public legitimacy. Ginsburg ardently favored a liberal turn in the law — but not at the expense of an institution whose workings she loved and knew intimately.
Once the other branches of government openly begin treating the judiciary as an extension of party politics because some of the judges have been ruling the “wrong” way, it’s hard to limit that to just the handful of hot-button issues that may have motivated the change. The “R” or the “D” after a judge’s name will inevitably loom larger in the kind of results expected.

No The New York Times, os analistas políticos Samara Klar e Christopher Weber olham para o caso do estado do Arizona. Após quase três décadas a votar nos republicanos, o que tornou aquele estado num “swing state”? Segundo os autores, não são apenas as alterações demográficas naquele estado do sul que estão a contribuir para a mudança de tendência partidária: mais latinos, mais populações a viver em grandes cidades e com níveis de educação mais elevada contribuem para que o Partido Democrata esteja a ganhar terreno em regiões tradicionalmente republicanas. A resposta vai mais além disso: são os próprios eleitores republicanos que estão a votar cada vez menos no próprio partido, devido aos esforços bem sucedidos dos democratas para atrair os republicanos moderados.

Arizona has not voted for a Democratic presidential candidate in 24 years, and the state has not been represented by two Democratic senators in over 65 years. So we find ourselves in a historically strange place: Joe Biden holds a small but consistent edge over the president, and Mark Kelly, the Democratic Senate candidate, holds a lead in his race against his Republican opponent, Martha McSally.

Why is Arizona suddenly a swing state?

The answer is frequently attributed to changes in the demographics of our electorate. It is true that Arizona’s population is increasingly urban, college-educated and Latino — trends that favor the Democratic Party.

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