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Monólogos, revisitações de clássicos e criações originais compõem a lista de peças que antecipamos para os próximos meses

Monólogos, revisitações de clássicos e criações originais compõem a lista de peças que antecipamos para os próximos meses

Teatro, dança e performance: 22 espetáculos para marcar na agenda em 2024

Adaptações de David Foster Wallace e António Lobo Antunes, monólogos, novo circo e a liberdade como tema central. Numa viagem pelos palcos do país, sugerimos algumas paragens.

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Ano novo, agenda nova — e se depender da oferta nos palcos nacionais, há muitos motivos para estrear as primeiras páginas com propostas do teatro à dança, passando pela performance, num momento em que o esbatimento de fronteiras entre disciplinas e linguagens é cada vez mais comum.

Antecipando o ano que agora começa, um olhar sobre as sinopses, tantas vezes crípticas, ou sobre as imagens, não raras vezes mais conceptuais do que ilustrativas, revela um tema transversal: a liberdade. À boleia das celebrações dos 50 anos do 25 de abril de 1974, o cenário das artes performativas dos próximos meses, em particular no campo da criação original, desenha-se com esta efeméride como eixo agregador.

Mas há mais para descobrir ao longo dos próximos 12 meses (do que já sabemos, pois grande parte das temporadas de 2024-2025 ainda se encontra por definir). Há estreias absolutas e outros espetáculos cuja passagem pelo palco foi tão breve que um novo fôlego de apresentações permitirá que mais público os possa encontrar — a discussão sobre como o trabalho de meses (ou mesmo anos) se esvai em poucas récitas não é de agora e está longe de estar sanada. Eis vinte e duas sugestões, em palcos diferentes, de norte a sul do país, por ordem alfabética.

A Andorinha

Academia de Artes do Estoril, Estoril (19 de janeiro a 11 de fevereiro)

A primeira estreia do Teatro Experimental de Cascais após a morte do seu líder e fundador, Carlos Avilez, é A Andorinha, obra do espanhol Guillem Clua livremente inspirada no massacre que aconteceu numa discoteca LGTBQ na cidade de Orlando, nos Estados Unidos, em 2016, e que vitimou 49 pessoas. Amelia, professora de canto, recebe em casa Ramón, um jovem que quer melhorar a sua técnica vocal para cantar A Andorinha, num memorial em honra da mãe, que morreu há um ano. Cucha Carvalheiro assume a encenação desta peça para dois atores, interpretada por Luísa Cruz e José Condessa.

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A Farsa de Inês Pereira

Cineteatro de Amarante (27 de janeiro), Casa das Artes, Famalicão (17 de fevereiro), Teatro Carlos Alberto, Porto (12 a 13 de março)

Passados 500 anos sobre a primeira apresentação do clássico de Gil Vicente, o encenador e autor Pedro Penim apresenta-a como uma obra do nosso tempo, propondo uma reflexão sobre temas como o trabalho, a sexualidade, a família (ou não fosse este espetáculo o terceiro de uma trilogia dedicada à família, iniciada com Pais & Filhos, em 2021, a que se seguiu Casa Portuguesa, em 2022), mas também sobre a própria protagonista: que Inês Pereira é esta em 2024? A revolta da moça quinhentista acrescenta relevância à personagem de Gil Vicente (isso e os extraordinários figurinos da marca Béhen, da designer Joana Duarte). Depois de uma curta passagem pelos palcos, A Farsa de Inês Pereira corre pelo país.

"A Farsa de Inês Pereira", uma produção do Teatro Nacional D. Maria II, percorrerá o país ao longo de todo o ano

A senhora de Dubuque

Teatro da Trindade, Lisboa (29 de fevereiro a 21 de abril)

Conhecido sobretudo por Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, o norte-americano Edward Albee tem a morte como tema predileto e não é diferente nesta A Senhora de Dubuque, um dos textos mais esquecidos do premiado dramaturgo, aqui numa tradução de João Paulo Esteves da Silva. Quatro casais numa festa divertem-se com um jogo de questões que depressa revelará a animosidade entre todos. A peça que sobe ao Teatro da Trindade, em Lisboa, é encenada por Álvaro Correia, e o elenco inclui, além do próprio, Alberto Magassela, Cucha Carvalheiro, Fernando Luís, Filomena Cautela, Manuela Couto, Renato Godinho e Sandra Faleiro.

Angela (a strange loop)

Teatro Nacional São João, Porto (15 a 16 de março), Teatro Aveirense, Aveiro (20 de março)

Susanne Kennedy é uma das artistas mais singulares que surgiram na cena europeia nos últimos anos e chega a Portugal para mostrar Angela (a strange loop), um espetáculo multimédia em torno de uma influencer. Seguimos atentamente cada passo seu, desde o nascimento à morte e para além disso — para que servem as redes sociais, afinal?, dirão alguns. Em colaboração com o artista visual Markus Selg, Kennedy ultrapassa, uma vez mais, os limites tradicionais do teatro e faz-nos mergulhar nos abismos da personagem.

Caldéron

Teatro São Luiz, Lisboa (1 a 2 de março)

Na agenda do São Luiz para 2024 restam peças ainda herdadas da anterior direção artística. É o caso de Calderón, a adaptação por Pier Paolo Pasolini do clássico espanhol A Vida é um Sonho, do dramaturgo espanhol Pedro Calderón de la Barca. Nesta encenação do italiano Fabio Condemi, a tragédia em verso tem uma atmosfera, enredo e contexto radicalmente diferentes: estamos na Espanha franquista dos anos 60, entre despertares revolucionários e uma lógica de poder que parece deixar apenas espaço para a liberdade nos sonhos ou na pintura de Diego Velázquez.

"Calderón", adaptação por Pier Paolo Pasolini do clássico espanhol "A Vida é um Sonho" é levada à cena ao Teatro São Luiz, em Lisboa, em março. A encenação é de Fabio Condemi

Definitivamente as Bahamas

Cineteatro Louletano, Loulé (19 a 21 de janeiro)

O encenador Ricardo Neves-Neves atira-se à peça do dramaturgo inglês Martin Crimp escrita em 1986 para três atores de duas gerações distintas: o casal sexagenário (aqui protagonizado por Custódia Gallego e Marques d’Arede) e a estudante da Galiza (protagonizada pela atriz galega Cristina Gayoso). O casal de reformados aluga um quarto da sua casa à jovem, mas a presença desta põe em cheque toda a normalidade. A peça, escrita originalmente para a rádio, “contém uma forte carga irónica e de humor negro, servida por ritmo vertiginoso e fervilhante”, avisa a folha de sala. Nada que faça temer o criador que nos brindou com Noite de Reis.

Fado Alexandrino

Teatro Nacional São João, Porto (5 a 28 de abril), Centro Cultural de Belém, Lisboa (3 a 4 de maio), Teatro Aveirense, Aveiro (9 a 10 de maio)

António Lobo Antunes escreveu Fado Alexandrino (1983) para responder ao desafio lançado pelo pai, que queria que ele fizesse um livro sobre Portugal, revelou numa entrevista ao jornal Público, em 2018. “Pensei: como é que vou juntar pessoas de classes sociais diferentes que não se dão entre elas?”. Cabe ao encenador Nuno Cardoso levar este livro imenso a cena. “É quase impossível traduzir o turbilhão e a poética deste romance, que é também um documento vibrante para dialogar sobre o que foi este meio século no país”, assume. Nas páginas daquele que é considerado o grande romance sobre o 25 de abril, reune-se à mesa de jantar cinco ex-combatentes da guerra colonial para um encontro em jeito de Última Ceia com uma crítica política e social profunda à sociedade portuguesa da época. Nas palavras de Lobo Antunes, “no fundo, Fado Alexandrino é uma História de Portugal”.

Glimmer

Teatro Aveirense, Aveiro (2 a 3 de fevereiro), Teatro Municipal de Ourém (17 de fevereiro), CCC Caldas da Rainha (24 de fevereiro), Teatro Viriato, Viseu (1 a 2 de março), Centro Cultural Vila Flor, Guimarães (9 de março), Teatro José Lúcio da Silva, Leiria (15 de junho), Centro Artes de Águeda (12 de outubro), Casa das Artes Famalicão (19 de outubro), Cine-Teatro Curvo Semedo, Montemor-o-Novo (26 de outubro), Casa da Música, Porto (31 de outubro),  Teatro Municipal de Bragança (16 de novembro), Teatro São Luiz, Lisboa (21 a 23 novembro)

Foi um dos projetos multidisciplinares mais marcantes da cena nacional. Em 2009, o coreógrafo Rui Horta juntou-se ao grupo Micro Audio Waves (Flak C. Morg, Francisco Rebelo, Cláudia Efe) para criar um espétaculo que conjugava música, instalação vídeo e cenografia. Seria redutor chamar a Zoetrope apenas concerto, como acontece com que aí vem. A banda portuguesa está de regresso, e com ela Glimmer, que além de ser o nome do novo disco é também um espetáculo audiovisual, performático e tecnológico, em que o trio se reencontra com o aclamado coreógrafo para explorar a noção de uma tecnologia tão humanizada que se confunde connosco. “Glimmer tem tecnologia, mas tem muito mais música, dança e sobretudo poética e cumplicidade”, antecipa a sinopse.

Homens Hediondos

Teatro Carlos Alberto, Porto (20 a 30 de junho)

De quem falamos quando falamos de homens hediondos? É essa a pergunta que nos atira a nova criação de Patrícia Portela. De verdadeiros monstros ou de pessoas comuns que perpetuam comportamentos e relações de poder? A resposta (ou mais perguntas) está no solo interpretado por Nuno Cardoso (diretor do Teatro Nacional São João), que faz desfilar em palco vários monólogos de personagens masculinas que se vão transformando em “homens cada vez mais hediondos”. A peça parte do livro Breves Entrevistas com Homens Hediondos (1999), do escritor norte-americano David Foster Wallace.

As britânicas Figs in Wigs estreiam-se em Portugal em fevereiro no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, com uma adaptação performática do clássico "Mulherzinhas", de Louisa May Alcott

Rosie Collins

Little Wimmin

Teatro do Bairro Alto, Lisboa (3 e 4 de fevereiro)

As Figs in Wigs estreiam-se em Portugal levando ao Teatro do Bairro Alto uma adaptação do romance Mulherzinhas. Mas nada será como no clássico de Louisa May Alcott, ou não estivéssemos perante a companhia de performance britânica pelo elogio à sátira e ao absurdo, ao experimentalismo e à irreverência que desafia géneros e convenções. “Vamo-nos rir das tradições do teatro e gozar com a obsessão das pessoas com ‘os clássicos'”, lê-se no texto de apresentação.

Madrinhas de Guerra

Antigo Tribunal da Boa Hora, Lisboa (25 a 28 de julho)

Também relacionada com a Revolução dos Cravos é a peça Madrinhas de Guerra, espetáculo da criadora brasileira Keli Freitas sobre as madrinhas de guerra, isto é, as mulheres que escreviam cartas para consolar os soldados durante a Guerra Colonial em África. A peça, uma co-produção do Teatro Nacional D. Maria II, ficará em cena num palco invulgar: o antigo Tribunal da Boa Hora, que também foi tribunal plenário para os presos políticos da PIDE, que deram cobertura à arbitrariedade e à violência da ditadura do Estado Novo. O elenco inclui Ana Feijão, Diogo Liberano, Mariana Ricardo, Nádia Yracema, Tatiana Salem Levy e Tita Maravilha.

Manuela Rey is in da House

Teatro Municipal Sá de Miranda, Viana do Castelo (7 a 9 de março),  Teatro Nacional São João (16 a 17 de maio)

Quem é Manuela Rey? O Teatro do Noroeste mergulha na história desta atriz e escritora portuguesa, esquecida do teatro galego e português e cuja carreira fulgurante foi interrompida pela morte precoce em 1866, aos 23 anos. Manuela Rey Is In Da House, com encenação e dramaturgia de Fran Núñez, diretor do Centro Dramático Galego, é uma espécie de regresso triunfal de Manuela Rey aos palcos, e uma hipótese para revelar esta mulher de que pouco se conhece, num espetáculo em que se procura resgatar o que ficou da sua memória.

O Teatro do Noroeste recupera a história de Manuela Rey, enigmática figura do teatro, com "Manuela Rey Is In Da House". A encenação e dramaturgia é de Fran Núñez, diretor do Centro Dramático Galego

Na Medida do Impossível

Culturgest, Lisboa (17 a 25 de abril)

Na Medida do Impossível chega pela primeira vez a Portugal depois de uma digressão de dois anos que levou o espetáculo a teatros e festivais em todo o mundo. É uma das pérolas da programação da Culturgest para 2024, a criação de Tiago Rodrigues (diretor do Festival de Avignon) elaborada a partir de entrevistas com profissionais do Comité Internacional da Cruz Vermelha e nos Médicos Sem Fronteiras. Como são as vivências de quem trabalha em condições limite diariamente, entre escolhas de vida ou morte e a certeza de que não vão mudar o mundo? Perante o mundo atual, também ele palco de conflitos, sublinham-se urgências, reforçam-se inquietações. As personagens falam do “impossível”, onde a guerra, a fome e a violência destroem o futuro. O que será do presente?

Quis Saber Quem Sou

Teatro São Luiz, Lisboa (20 a 28 de abril), Teatro Aveirense, Aveiro (24 a 25 de maio), Teatro Nacional São João, Porto (31 de maio a 1 de junho), Cineteatro Louletano, Loulé (7 a 8 de junho), Convento São Francisco, Coimbra (15 a 16 de novembro)

“Quis saber quem sou” foi exatamente a primeira frase de pendor revolucionário do início da democracia em Portugal, ouvida ainda a 24 de abril de 1974, às 22 horas e 55 minutos, nas ondas dos Emissores Associados. O recém-conduzido diretor do Teatro Nacional D. Maria II, Pedro Penim, criou um espetáculo entre o teatro e o concerto em que mergulha no cancioneiro revolucionário português e além-fronteiras, “uma referência identitária fortíssima não só em termos musicais, mas de poesia e de palavras de ordem”. É um dos momentos-chave da programação do ciclo Abril Abriu do Teatro Nacional fora das portas da casa-sede, ainda em obras. Nos palcos emprestados estão jovens atores, cantores e instrumentistas. A atriz Bárbara Branco é uma das protagonistas.

Em abril, na Culturgest, em Lisboa, Tiago Rodrigues mostra finalmente em solo português "Na Medida do Impossível", peça que se estreou em Genebra em 2022

Magali Dougados

Se não és lésbica, como te chamas?

Teatro do Bairro Alto, Lisboa (21 a 24 de fevereiro)

“Se não és lésbica, como te chamas?” foi o título de um artigo publicado na primeira edição da revista lésbica Lilás, em 1993. A pergunta dá nome à nova criação de Alice Azevedo (Nau Nau Maria), que investiga as palavras que foram descrevendo o que eram certas pessoas, comunidades e práticas. Alice Azevedo, Cristina Carvalhal, Teresa Coutinho dão voz e corpo ao texto que é uma viagem pela literatura lésbica e que pretende traçar uma história: a das palavras e a da falta delas. “Podemos ser de onde somos se não soubermos a história do nosso país? E se não soubermos a história das nossas lésbicas?”, questionam.

Shechter/ Wellenkamp/ Naharin

Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada (23 a 25 de maio), Teatro Rivoli, Porto (30 de maio a 1 de junho)

Estava prevista para marcar o regresso da Companhia Nacional de Bailado (CNB) ao Teatro Camões, em Lisboa, mas o atraso das obras no edifício empurrou a estreia para o Teatro Joaquim Benite, em Almada. É lá que se mostrará a nova coreografia de Vasco Wellenkamp, referência incontornável da dança contemporânea portuguesa e antigo diretor artístico da Companhia Nacional de Bailado. A ela junta-se Minus 16 de Ohad Naharin, que volta a ser dançado pela CNB e Uprising, de Hofesh Shechter, que entra pela primeira vez para o repertório da Companhia.

The Confessions

Centro Cultural de Belém, Lisboa (5 a 6 de abril)

Alexander Zeldin é um dos nomes mais entusiasmantes do teatro britânico contemporâneo. O dramaturgo inglês estreou-se em Portugal em 2021, com Love, na Culturgest. Um ano depois, o Teatro Joaquim Benite levou à cena o seu texto Além da Dor, encenado por Rodrigo Francisco. Agora, Zeldin está de novo entre nós com The Confessions, peça sobre a vida de uma mulher chamada Alice, de 1943 a 2021, desde o nascimento até à sua morte. É a história íntima de uma vida, mas também a história de um tempo coletivo, contada através da epopeia pessoal de uma mulher. O autor assume ter-se inspirado na mãe, mas também na autoficção das escritoras Rachel Cusk e a Nobel da Literatura Annie Ernaux.

"The Confessions", de Alexander Zeldin, é um dos destaques da programação do Centro Cultural de Belém, em Lisboa

Christophe Raynaud de Lage

Um Sonho

Teatro Nacional São João, Porto (6 a 14 de janeiro)

Estreou-se em dezembro e é a primeira proposta em cena do novo ano no Teatro Nacional São João. Um Sonho, uma das obras mais revolucionárias do sueco August Strindberg, fundador do teatro moderno, sobe ao palco numa encenação de Bruno Bravo (tradução e dramaturgia de João Paulo Esteves da Silva), e um elenco residente que se desdobra em perto de trinta personagens diferentes. Entre o surrealismo próprio dos sonhos e a profunda humanidade, evocam-se temas como a felicidade, a luta de classes, o sentido da vida.

UniVerse: A Dark Crystal Odyssey

Centro Cultural Vila Flor, Guimarães (3 de fevereiro)

O GUIdance – Festival Internacional de Dança de Guimarães é um indiscutível marco na agenda de Inverno das artes em Portugal. Desta vez, o evento traz a solo nacional a mais recente criação do coreógrafo e diretor britânico Wayne McGregor, que passou pela Royal Opera House, em Londres, em maio. Inspirado no filme de culto de Jim Henson, The Dark Crystal (1982), UniVerse confronta-nos com a  inseparabilidade da humanidade e da natureza, num registo fantástico ao olhar (veja-se os cenários digitais ou os figurinos), mas não fantasioso no assunto sobre o qual se debruça: a crise climática.

¡Viva!

Centro Cultural de Belém, Lisboa (16 e 17 de fevereiro)

Roupa flamenca, maquilhagem drag: eis um indício de que o flamenco está mais aberto ao mundo. Depois de impressionar em Nova Iorque ou Londres, chega a Portugal ¡Viva!, espetáculo de dança executado inteiramente em drag por seis bailarinos vestidos com trajes tipicamente femininos. O bailarino e coreógrafo espanhol Manuel Liñán propõe uma pluralidade da dança tradicional, tanto através das suas diferentes formas como da sua singularidade, sem esquecer a riqueza das suas origens. ¡Viva! é ode à liberdade do movimento e celebração da arte do flamenco. Dale, dale.

O ano arranca no Teatro Nacional de São João, no Porto, com "Um Sonho", de August Strindberg. A encenação é de Bruno Bravo

Yé!

Teatro Aveirense, Aveiro (3 de março)

Um investimento de oito milhões de euros vai dinamizar Aveiro enquanto primeira Capital Portuguesa da Cultura. Um dos momentos altos da programação é o espetáculo de novo circo Yé!, da companhia guineense Circus Baobab. O coletivo, composto por 13 bailarinos e acrobatas, conta a história da água numa viagem que evoca as urgências ambientais e as transformações em curso. A direção é de Damien Droin, a coreografia de Nedjma Benchaïb.

Yes or Less – É 1:00 da manhã e não quero regressar a casa [título provisório]

São Luiz Teatro Municipal, Lisboa (8 a 16 junho)

Depois de Pêndulo, a nova peça do cineasta e encenador Marco Martins surge no contexto de um projeto europeu que desafia vários criadores a criar a partir de um capítulo de Ulisses, grandioso romance de James Joyce inspirado na Odisseia de Homero. O capítulo atribuído a Lisboa e ao criador português decorre num abrigo. Marco Martins volta a trabalhar com um elenco não-profissional para criar um espetáculo que parte das vivências de um grupo de jovens acolhidos em instituições, como o Centro Social e Paroquial de Santo André – Casa dos Rapazes. O título é provisório.

Aveiro dá palco à cultura em 2024 à boleia do desígnio "Capital Portuguesa da Cultura". O espetáculo de novo circo “Yé!”, da companhia guineense Circus Baobab, é um dos destaques do primeiro trimestre

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