790kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Todos com lugar na fila da frente (menos o PAN). Veja como vai ficar arrumada a nova Assembleia da República

Crescimento do Chega e reentrada do CDS obrigaram os serviços da Assembleia a reajustes. À esquerda, o Livre ganha lugares na primeira fila e nos corredores vai passar a ser vizinho do Bloco e do PCP

A aposta é começar a nova legislatura com a maior estabilidade que a nova composição parlamentar permite. Por isso o objetivo é logo no arranque da nova Assembleia da República, esta terça-feira, dia 26, eleger não só o Presidente mas também a mesa da AR – pondo fim a uma polémica com dois anos. Também nas arrumações dos novos deputados, os lugares já foram distribuídos e as salas estão a ser ultimadas, com todos os grupos parlamentares a garantirem duas condições simbólicas: um lugar na primeira fila e uma sala no piso nobre do Parlamento.

No mapa dos lugares, o CDS regressa — e com um assento na primeira fila. O partido liderado por Nuno Melo ficará entre o Chega, que cresce para os lugares anteriormente ocupados pelo PSD. Já a Iniciativa Liberal garante também assento na frente, com dois lugares, e ficará entre o PSD e os centristas.

O Bloco, o PCP e o Livre ocuparão cada um dois lugares na primeira fila, com o partido de Rui Tavares a ficar entre os comunistas e o PS. Já a deputada única do PAN, Inês Sousa Real, passa da zona ocupada pela direita para uma cadeira mais à esquerda, mas continua a ficar entre o PS e o PSD.

Os sociais-democratas e o PS ficarão cada um com cinco lugares na primeira fila, com o PSD a entrar nos lugares anteriormente destinados à esquerda no que toca às filas mais recuadas da Assembleia da República.

Também à esquerda a arrumação muda. O Bloco, o PCP e o Livre ocuparão cada um dois lugares na primeira fila, com o partido de Rui Tavares a ficar entre os comunistas e o PS. Já a deputada única do PAN, Inês Sousa Real, passa da zona ocupada pela direita para uma cadeira mais à esquerda, mas continua a ficar entre o PS e o PSD.

No arranque da legislatura anterior a Iniciativa Liberal ainda ensaiou uma mudança no posicionamento no Parlamento. Os liberais queriam ficar entre o PS e o PSD mas a proposta gerou confusão e recuaram. Desta vez, os lugares de cada um estão mais pacificados.

Já no que toca aos corredores à volta do hemiciclo, considerado o piso nobre da Assembleia da República, também todos os grupos parlamentares vão ter direito a uma sala, como manda a tradição. Ao que adianta a agência Lusa, as salas destinadas ao PCP – que têm vindo a perder deputados mas ainda não tinham perdido espaço –, vão ser divididas entre os comunistas, o Bloco de Esquerda e o Livre. Esta será a primeira vez que o partido que tem como porta-voz Rui Tavares passa a ter um espaço neste local e o Bloco de Esquerda regressa depois de ter “cedido” a sala à Iniciativa Liberal.

PSD, Chega e Iniciativa Liberal vão manter as salas principais, com o Chega a ganhar vários gabinetes para instalar os 38 novos deputados face às legislativas de 2022. Já o CDS regressa ao Parlamento e ao piso nobre. A eleição de dois deputados garante uma sala a seguir ao Partido Socialista, perto da biblioteca do Parlamento, que satisfaz os centristas que até já vão procurando decorar a sala.

António Filipe vai ser presidente de transição. Bancada do PS arranca a meio gás

Quando a sessão inaugural do Parlamento arrancar, esta terça às 10h00, o ainda presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva vai estar de regresso à Faculdade de Economia da Universidade do Porto. O PSD, que tem o direito a indicar o presidente interino, deu o nome de António Filipe, o deputado comunista que é considerado o parlamentar mais antigo pelos serviços da Assembleia da República para o substituir.

A informação transmitida à agência Lusa dá conta de que o PSD convidou o deputado do PCP a liderar os trabalhos, apesar de ter nas fileiras José Cesário – eleito pelo círculo de Fora da Europa – que entrou antes de António Filipe, mas acumula menos legislaturas enquanto deputado.

Cada um dos quatro maiores grupos parlamentares pode propor um vice-presidente, cabendo essa escolha ao PSD, ao PS, ao Chega e à Iniciativa Liberal. Com uma nova legislatura a arrancar, a IL vai novamente a jogo com o nome do antigo líder parlamentar, Rodrigo Saraiva.

A sessão da manhã vai ser interrompida poucos minutos depois de António Filipe ocupar a cadeira que foi de Santos Silva nos últimos dois anos para dar aos boas vindas aos novos deputados e às 15h os trabalhos são retomados então para a eleição do próximo presidente da Assembleia da República.

O único candidato já anunciado é José Pedro Aguiar Branco, que foi cabeça de lista pelo PSD em Viana do Castelo. A candidatura conta já com o apoio do Chega, depois de André Ventura ter dito que o PSD também se comprometeu a votar favoravelmente os nomes do partido para vices da mesa da Assembleia da República.

Pôr fim à polémica dos últimos dois anos é um dos objetivos da direita que quer eleger já toda a mesa do Parlamento – e dar também um sinal de que é possível chegar a acordo. Cada um dos quatro maiores grupos parlamentares pode propor um vice-presidente, cabendo essa escolha ao PSD, ao PS, ao Chega e à Iniciativa Liberal. Com uma nova legislatura a arrancar, a IL vai novamente a jogo com o nome do antigo líder parlamentar, Rodrigo Saraiva.

O PSD quer resolver as questões burocráticas o mais rapidamente possível apesar do PS preferir adiar algumas destas eleições. Os socialistas vão arrancar a legislatura com a bancada a meio gás porque vários dos futuros deputados são ainda ministros – e assim continuarão até dia 2 de abril –, pelo que ainda não podem ocupar o lugar na Assembleia da República.

Quando o novo Parlamento se instalar o PS não vai poder contar com nomes como Mariana Vieira da Silva, Fernando Medina, Ana Catarina Mendes ou José Luís Carneiro e que podiam interessar para alguns dos cargos de destaque da Assembleia da República. Ainda assim, o PS vai a jogo e pode guardar alguns destes nomes para as presidências das comissões parlamentares, que só vão ser distribuídas mais tarde – mas também com o Chega a entrar em jogo.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora