Histórico de atualizações
  • Os relatos do denunciante do Twitter

    Este liveblog chegou ao fim, obrigada por nos ter acompanhado.

    Neste artigo pode ler o resumo das afirmações feitas por Peiter Zatko, o antigo chefe de segurança do Twitter.

    O retrato do Twitter feito no Senado. Executivos a “apagar fogos”, a incapacidade de registar acessos ou os “agentes infiltrados”

  • A audição de Peiter Zatko chegou ao fim

    O testemunho de Peiter Zatko, antigo chefe de segurança do Twitter, chegou ao fim no Senado.

    O grupo de senadores do Comité Judicial agradeceu o testemunho, referindo que será possível tirar algumas conclusões sobre a segurança do Twitter e a forma como agentes estrangeiros conseguem ou não ter acesso à base de dados da companhia.

  • "Pintou a imagem de uma empresa fora de controlo"

    “Pintou a imagem de uma empresa que não só está fora de controlo mas que é realmente um ator malicioso”, remata o senador republicano Josh Hawley.

    Na ótica deste senador, o Twitter “expôs os utilizadores” e não os informou sobre a forma como os dados estavam a ser usados.

  • Senador Hawley surpreendido por falta de monitorização do acesso dos empregados

    O senador Hawley reconhece que os quatro mil empregados do Twitter que são engenheiros e que, pelo testemunho de Zatko têm um acesso alargado aos dados dos utilizadores, é algo “impressionante”.

    O senador questiona se, por essa ordem de ideias, os empregados com esse acesso poderiam fazer tweets a partir de virtualmente qualquer conta. “Os engenheiros do Twitter podiam fazer publicações enquanto qualquer pessoa — qualquer um dos senadores que está sentado aqui hoje”, diz Peiter Zatko.

  • Twitter não terá apagado dados de empregados antigos

    Zatko diz que ficou surpreendido quando, há algum tempo, viu dezenas de milhares de dados de empregados do Twitter — número que estaria muito acima do total de empregados da empresa.

    “Percebi que os dados de empregados antigos e de trabalhadores subcontratados não eram apagados.”

  • Zatko podia receber "10 milhões" caso objetivos de crescimento triplicasse

    Zatko diz que lhe foi prometido um incentivo financeiro na ordem “de 10 milhões de dólares” se os objetivos de crescimento “triplicassem”. Mas, para isso acontecer, reconhece Zatko, seria necessário “cortar caminho por alguns atalhos” e que “não gostava desse modelo”.

    O senador Ossoff questiona “como é que essa questão do incentivo era hostil” para outro tema — “algo básico” como a atualização do software dos computadores dos empregados, algo que é referido na denúncia tornada pública em agosto.

    “Tinha autorização [para as atualizações] mas não conseguia chegar à informação real. As pessoas estavam apenas a apresentar notícias positivas e que nem sempre eram reais.”

  • "O que lhe posso garantir é que aquilo que fez hoje não foi em vão"

    A exposição do senador Graham está a ser marcada por questões de resposta rápida que, à primeira vista, não parecem sequer estar relacionadas com o tema da audição.

    Mas o “ping-pong” tem um propósito: salientar que a FTC foi fundada há décadas, quando não havia ainda sequer redes sociais, o que faz com que seja relativamente normal que a entidade não tenha poderes suficientes para vigiar as empresas da dimensão das tecnológicas.

    “O que lhe posso garantir é que aquilo que fez hoje não foi em vão”, vinca o senador Graham, que promete que o Senado vai continuar a trabalhar para garantir que as plataformas sociais sejam responsabilizadas pelas suas ações.

  • "Compraria o Twitter?"

    “Ainda usa o Twitter?”, pergunta o senador Graham, mencionando que tendo em conta aquilo que Zatko encontrou poderia tê-lo afastado da rede social.

    “Tenho uma conta, leio algumas coisas, mas não publico com regularidade”, responde Zatko, que reconhece ainda assim um “enorme potencial” na rede social.

    “E compraria o Twitter?”, pergunta o senador. Zatko ri-se, especialmente tendo em conta o debate em curso sobre a venda da rede social ao magnata Elon Musk. “Dependeria do preço”, responde Zatko.

  • Regulador francês analisa mais do que a FTC, considera Zatko

    “Os reguladores franceses têm parâmetros melhores”, questiona a senadora.

    “A questão é que a CNIL mergulha e analisa mais”, explica Peiter Zatko, o que permitirá evitar algumas das táticas de evasão das plataformas de redes sociais.

    No início da audição Zatko reconheceu que o regulador francês era mais temido pelo Twitter do que a própria FTC.

  • "Quem é que pode forçar o Twitter a mudar", pergunta senadora Hirono

    “O Twitter não está a fazer muito para ajudar, aliás, até há grandes desincentivos para responder às questões que levantou”, começa a senadora Hirono.

    “Uma coima de 150 milhões por mau uso de informação. Uma coima de 150 milhões para uma empresa de milhares de milhões não é nada. Sim, há muita informação nossa noutro lado, inclusive nos nossos eletrodomésticos”, reconhece esta senadora, que questiona logo a seguir quem é que “pode forçar o Twitter a mudar os seus hábitos”

    “Isto começa de cima”, diz Zatko. “Precisam de priorizar e o conselho de administração tem de garantir que há executivos certos para responder a isto”, vinca o antigo chefe de segurança. E, na ótica do “hacker” veterano, “têm de existir incentivos a longo prazo” e “não ter executivos a correr de fogo para fogo”.

  • Senador argumenta que empresas já têm muitos dados dos americanos

    O senador Cornyn está a argumentar que hoje em dia muitos dos dados pessoais dos americanos já estão disponíveis e acessíveis a um grande número de empresas. “Até o ADN, há quem use empresas de testes de ADN para encontrar outros familiares.”

    “Há pessoas que já são muito boas a cruzar dados entre plataformas. O Twitter seria um bom caso nesse cenário”, esclarece Zatko.

  • Senador Whitehouse refere que algumas informações no Twitter já são públicas. Qual é a preocupação?

    O senador Whitehouse reconhece que aquilo que partilha no Twitter já tem como intenção ser algo “feito em público”, questionando Zatko se existe realmente algum motivo de preocupação sobre alguns dos dados poderem ser vistos por outra pessoa.

    “O meu email, número de telefone já são públicos”, diz o senador. O exemplo dado por Zatko nota que esse não é caso de todos os utilizadores do Twitter e que, em alguns casos, poderá até permitir identificar familiares ou pessoas no mundo real.

    Além disso, Zatko nota que muitos dos dados presentes — nomes, emails, números de telefone — já permitem que sejam usados para mudar acessos a outras contas, como email, por exemplo.

  • Senadores retomam audição

    Os senadores do Comité Judicial regressam à sala após o intervalo.

    As questões ao denunciante do Twitter vão continuar.

  • Um pequeno intervalo nesta audição

    A audição, que já dura há mais de hora e meia, está num pequeno intervalo.

    Até ao momento, as principais questões têm incidido no acesso de possíveis agentes infiltrados conseguirem aceder a dados do Twitter e na “incapacidade” de a rede social conseguir perceber se houve um acesso indevido ou não.

  • Relutância em registos escritos é "prática comum" na empresa

    O senador Cotton questiona se um empregado de baixo ranking no Twitter pode contactar responsáveis políticos para eliminar conteúdos, deixando ameaças sobre possibilidade de bloquear contas.

    “Em teoria não, mas pode estar a agir com ordens de alguém superior”, explica Zatko. O senador estava a referir-se a um episódio em que a equipa foi contactada para apagar um tweet, caso contrário a conta seria bloqueada. Ainda assim, Zatko explicou que precisaria de conhecer mais detalhes sobre o episódio concreto.

    Neste episódio, o senador também notou a relutância que a pessoa em questão teria em deixar a informação em formato escrito. Zatko concorda, notando que essa relutância é uma “prática comum” dentro da empresa.

  • Um dos senadores questiona se legisladores estão a receber informação fiável

    Um dos senadores está a questionar Zatko sobre se, o facto de muita da informação usada para regular as plataformas sociais vir das próprias empresas, não poderá estar a limitar o trabalho do Senado.

    “Citando uma expressão sua, de que as empresas de redes sociais estão como que a corrigir o próprio trabalho de casa, então informação que recebemos não é de confiança, vinda de algumas empresas?”, questiona o senador.

    “Sim, é isso”, responde Peiter Zatko.

  • "Estava preocupado em apagar outros fogos"

    “Estava preocupado em apagar outros fogos”, diz Zatko, reconhecendo que tem mais informação sobre a área de segurança do que sobre os planos da empresa na área da desinformação ou moderação de conteúdos.

  • Zatko diz que não tem conhecimento sobre alegados planos do Twitter na área da pornografia

    É a segunda vez em que Zatko está a ser questionado sobre os planos que alegadamente a rede social tinha para a área da pornografia.

    “Não tenho conhecimento sobre esses planos”, diz Zatko.

    A senadora Blackburn está a virar a discussão para outro tema: as competências do Twitter para encontrar e eliminar pornografia infantil da plataforma. Mais uma vez, Zatko diz ter pouco conhecimento sobre esse tema, mas que haverá uma área para “reportar essas questões” na rede social.

  • Zatko diz que Twitter preocupava-se pouco com possibilidade de multas da FTC

    O senador Blumenthal traz à discussão as multas diminutas aplicadas pela FTC ao Twitter. “Pelos resultados do Twitter, o valor para eles seria mais ou menos o equivalente ao que pagamos quando temos de passar uma portagem”, diz este senador.

    O denunciante reconhece que sim, que caso as multas fossem mais expressivas ou “trouxessem complicações mais institucionais” poderiam dar mais dores de cabeça aos executivos do Twitter.

    O senador Blumenthal sugere que talvez seja necessária uma nova entidade para policiar as práticas do Twitter. “O que precisamos é de uma nova agência, por mais relutante que eu esteja em sugerir mais uma questão burocrática”, diz o senador. “Não estou a fazer conclusões, mas está claro que aquilo que estamos a fazer agora não está a funcionar.”

  • Ex-chefe de segurança alega que poderá haver acessos de empregados à venda

    Um dos senadores está a questionar o antigo chefe de segurança sobre se é possível que alguns empregados, dado o acesso alargado que têm, se é possível vender os dados de acesso. “Vi várias contas em fóruns underground à venda”, sugere Zatko.

    “O Twitter saberia?”, questiona o senador sobre se a empresa consegueria aperceber-se de uma venda desse género. “Não necessariamente”.

    Logo a seguir, o senador recorreu à lista dos membros do conselho de administração para perceber se todos teriam conhecimento sobre a realidade do Twitter. Zatko refere que não, dizendo que das reuniões em que participou as questões de segurança não eram habitualmente discutidas.

    Terá, no entanto, sido um dos executivos, que está ligado à Google, a ficar mais melindrado pelas questões de segurança na plataforma levantadas por Zatko quando trabalhava no Twitter.

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