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  • Relatório: Israel ainda não provou ligação de funcionários da UNRWA ao Hamas e Jihad Islâmica

    O relatório independente encomendado pela ONU a uma equipa liderada pela ex-ministra francesa dos Negócios Estrangeiros Catherine Colonna indica que Israel ainda não apresentou provas da alegada ligação de funcionários da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) aos grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica.

    Israel tinha acusado “cerca de 10%” dos funcionários da UNRWA de serem membros do Hamas e da Jihad Islâmica, o outro grande movimento islâmico em Gaza, e “cerca de 50%” de serem “parentes de primeiro grau destes membros”. Também alegava que funcionários da agência teriam estado envolvidos no ataque de 7 de outubro contra Israel, o que levou vários países a cortarem ajuda à organização. Alguns já retomaram entretanto, outros, como o Reino Unido, estavam à espera do relatório independente.

    Segundo o The Guardian, o relatório — encomendado pela ONU após as acusações de Israel — concluiu que aquela agência das Nações Unidas forneceu com frequência a Israel as listas dos seus funcionários e que o governo israelita “não informou a UNRWA de quaisquer preocupações relacionadas com qualquer funcionário com base nessas listas de funcionários desde 2011”.

    “Até à data, as autoridades israelitas não forneceram quaisquer provas de apoio nem responderam às cartas enviadas pela UNRWA em março e novamente em abril, solicitando os nomes e as provas de apoio que permitiriam à UNRWA abrir uma investigação”, indica o relatório.

  • Hamas diz que desde sexta-feira foram descobertos 283 corpos numa vala comum no hospital Nasser

    O Hamas diz que, desde sexta-feira, foram descobertos 283 corpos numa vala comum no complexo do hospital Nasser, em Khan Younis. Destes, 43 já foram identificados, avança o Haaretz.

    Haverá, ainda, 500 desaparecidos em Gaza, de acordo com os serviços de salvamento citados pelo jornal. As famílias dos desaparecidos deslocaram-se nos últimos dias até à zona da vala comum para tentar identificar os familiares.

    Segundo a CNN, algumas famílias enterraram os familiares temporariamente no hospital antes da operação das forças de Israel e, quando regressaram, os corpos tinham sido exumados e colocados numa vala comum.

  • Biden apelida protestos pró-Palestina nas universidades norte-americanas como "antissemitas"

    O Presidente dos EUA, Joe Biden, condenou o que apelidou como “protestos antisemitas” — as manifestações pró-Palestina que estão a ocorrer em várias universidades nos EUA.

    Esta segunda-feira, quando questionado sobre se condena os protestos “antissemitas em campus universitários”, respondeu: “Condeno os protestos antissemitas. É porque isso que criei um programa para liderar com eles”, afirmou.

    Protestos pró-Palestina sobem de tom nas universidades norte-americanas. Polícia já deteve dezenas de manifestantes

    “Também condeno aqueles que não entendem o que está a acontecer com os palestinianos”, acrescentou.

  • EUA investigam alegada violação dos direitos humanos em Gaza

    O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, rejeitou que os EUA tenham “dois pesos e duas medidas” em relação às alegações de violação de direitos humanos em Gaza pelas forças israelitas. Bliken disse que os EUA estão a investigar essas alegações.

    “Temos dois pesos e duas medidas? A resposta é não”, sublinhou Blinken, citado pela Reuters, numa conferência de imprensa sobre o relatório anual de direitos humanos do Departamento de Estado.

    “Em geral, quando estamos a analisar os direitos humanos e a situação dos direitos humanos em todo o mundo, aplicamos o mesmo padrão a todos. Isso não muda se o país é um adversário, um concorrente, um amigo ou um aliado”, afirmou.

    Blinken garantiu que há “processos dentro do Departamento” que analisam “os incidentes levantados” no que toca a alegações de violações dos direitos humanos. “Esses processos estão em curso”, indicou.

  • EUA dizem que o Hamas alterou as exigências nas negociações

    O Departamento de Estado norte-americano disse esta segunda-feira que os negociadores que representam o Hamas mudaram de posição nas negociações para a libertação dos reféns e alteraram as suas exigências, segundo a Al Jazeera. Ainda assim, os EUA garantem que vão continuar a trabalhar para alcançar um acordo.

    O Hamas tem reiterado publicamente que não vai abdicar das suas reivindicações, como um cessar-fogo permanente e o regresso a Gaza de palestinianos detidos por Israel.

  • Hezbollah afirma que atacou quartel israelita com dezenas de foguetes

    O grupo xiita libanês Hezbollah anunciou nesta segunda-feira que alvejou um quartel-general militar no norte de Israel com dezenas de foguetes Katyusha, em resposta a ataques contra aldeias no sul do Líbano.

    Em comunicado, o Hezbollah assumiu a responsabilidade pelo bombardeamento do quartel-general de comando da 3.ª Brigada de Infantaria da 91.ª Divisão na base de Ain Zeitim, com dezenas de foguetes Katyusha.

    O movimento libanês, aliado do Irão, alegou que os bombardeamentos ocorreram “em resposta aos ataques do inimigo israelita a aldeias e casas de civis no sul, sendo os mais recentes em Srifa, al-Adissa e Rab el-Thalatine”.

    Estas aldeias no sul do Líbano foram submetidas nesta segunda-feira a ataques israelitas, informou a agência oficial libanesa (Ani).

  • Autoridades de Gaza dizem que exumaram 200 corpos de vala comum

    A Defesa Civil da Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islamita palestiniano Hamas, afirmou nesta segunda-feira que exumou nos últimos três dias cerca de 200 corpos de pessoas alegadamente enterradas pelas forças israelitas em valas comuns num hospital.

    “As nossas equipas continuam a encontrar corpos dentro do Complexo Médico Nasser e desde sábado que os corpos de cerca de 200 mártires foram exumados”, disse Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil.

    Mohammed al-Mughayer, líder da Defesa Civil da Faixa de Gaza, confirmou que 283 corpos foram descobertos nas sepulturas do hospital Nasser, em Khan Younis.

    “Até agora, encontrámos os corpos enterrados de 283 pessoas, mortas a sangue-frio pelo Exército de ocupação israelita”, disse Ismail al-Thawabteh, chefe do departamento de comunicações do Governo do grupo islamita Hamas.

  • Israel reage a relatório. "É impossível dizer onde a UNRWA acaba e o Hamas começa"

    O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel reagiu, em comunicado, às conclusões do relatório independente sobre as acusações feitas por Israel de que funcionários da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) têm ligações ao Hamas e à Jihad Islâmica. Segundo Israel, a expressão do Hamas naquela agência é tão profunda “que é impossível dizer onde a UNRWA acaba e o Hamas começa“.

    “Se mais de 2.135 trabalhadores da UNRWA são membros do Hamas e da Jihad Islâmica, e um quinto dos diretores de escolas da UNRWA são ativistas do Hamas, o problema com a UNRWA-Gaza não é uma questão de algumas maçãs podres“, lê-se no comunicado citado pelo The Times of Israel. “É uma árvore envenenada e podre cujas raízes são o Hamas”, acrescentou.

    O relatório independente encomendado pela ONU a uma equipa liderada pela ex-ministra francesa dos Negócios Estrangeiros Catherine Colonna indica que Israel ainda não apresentou provas da alegada ligação de funcionários da UNRWA ao Hamas e à Jihad Islâmica.

    Para Israel, o relatório “ignora a gravidade do problema e propõe soluções cosméticas”. “Não é este o aspeto de uma investigação verdadeira e exaustiva”, critica ainda o ministério, que acusou o documento de “evitar o problema”. O MNE israelita pede que os fundos que estão a ser entregues à UNRWA sejam desviados para outras organizações humanitárias.

  • "É apenas o início". Israel congratula UE pelas novas sanções contra o Irão

    Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia chegaram a acordo para alargar as sanções sobre o Irão, que serão impostas a entidades e indivíduos envolvidos no fornecimento de mísseis e drones iranianos a organizações que apoiem o regime.

    O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, felicitou o acordo, que considera uma “decisão dramática que envia uma mensagem clara a [Ali] Khamenei — não vamos permitir que prejudique a estabilidade regional”. Na rede social X, Katz também disse que “isto é apenas o início”.

  • Chefe do comando central das IDF abandona o cargo em agosto

    O chefe do comando central das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla original), Yehuda Fox, vai abandonar o cargo em agosto e pôr um ponto final à carreira militar de 36 anos, de acordo com o The Times of Israel.

    O jornal escreve que a decisão, que não terá sido tomada recentemente, não está relacionada com a demissão, conhecida esta segunda-feira, do chefe dos serviços secretos militares israelitas, devido ao ataque do Hamas de 7 de outubro.

    Yehuda Fox, de 55 anos, termina, assim, o mandato de três anos como general responsável pela Cisjordânia. O jornal israelita escreve que Fox não foi acusado de envolvimento nos “falhanços” do exército israelita que levaram ao ataque de 7 de outubro.

  • Tropas de Israel voltam a entrar em Khan Younis

    As forças de Israel terão regressado à zona leste de Khan Younis, o que levou moradores que tinham entretanto regressado a voltarem a fugir, de acordo com relatos de residentes à Reuters.

    Israel tinha retirado a maior parte das suas tropas do sul da Faixa de Gaza este mês, o que fez com que vários moradores regressassem aos locais onde estavam as suas casas, muitas entretanto completamente destruídas.

    “Esta manhã, muitas famílias que tinham saído nas últimas duas semanas para regressarem a casa em Abassan voltaram. Estão muito assustadas”, indicou Ahmed Rezik, de 42 anos, a partir de uma escola onde está abrigado na parte oeste de Khan Younis. “Eles disseram que os tanques entraram na zona oriental da cidade sob fogo intenso e tiveram de fugir para salvar a vida”, acrescentou.

  • Alargamento das sanções ao Irão reuniu "acordo fácil" na UE, diz Paulo Rangel

    Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia reuniram-se esta segunda-feira no Luxemburgo para tentar um acordo político que alargue as sanções contra o Irão, depois dos ataques contra Israel. Segundo o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, houve um “acordo fácil” entre os representantes dos Estados-membros.

    Segundo Paulo Rangel, as sanções serão alargadas não apenas relativamentes a drones, mas também a mísseis balísticos. “Há um alargamento do espectro de sanções ao Irão, no qual acho que houve um acordo fácil”, afirmou o ministro, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3.

    Também há um “acordo fortíssimo” para um cessar-fogo em Gaza e uma “grande preocupação com a situação dos reféns”. “A insistência na necessidade de fazer chegar ajuda humanitária está a aumentar cada vez mais”, acredita.

    Já sobre o compromisso anunciado por Luís Montenegro de que Portugal apoiará a pretensão da Palestina de adquirir o estatuto de membro de pleno direito nas Nações Unidas, Rangel diz que a solução “está a ser acolhida como uma solução interessante pelos outros Estados”.

  • Universidade de Columbia cancela aulas presenciais devido a protestos contra guerra no Médio Oriente

    Os estudantes da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, estão esta segunda-feira a ter aulas virtuais devido às tensões relacionadas com as manifestações de ativistas estudantis contra a guerra entre Israel e o Hamas. A informação é relatada em meios norte-americanos como o New York Post.

    Na última quinta-feira, mais de 100 manifestantes foram detidos no campus, depois de Minouche Shafik, presidente da Universidade de Columbia, ter chamado a polícia de Nova Iorque para limpar o acampamento de tendas montado pelos estudantes manifestantes. Desde então que os protestos pró-palestinianos e anti-Israel, assim descreve o mesmo jornal, têm aumentando as tensões e as preocupações com a segurança naquela que é considerada uma das mais prestigiadas escolas do mundo.

    “Estou profundamente triste com o que está a acontecer no nosso campus. Os nossos laços como comunidade foram severamente testados de uma forma que levará muito tempo e esforço a reafirmar”, escreveu Shafik, num comunicado enviado por e-mail aos estudantes e publicado no site da Universidade, que anuncia o cancelamento de todas as aulas presenciais. A reitora também denunciou a linguagem e o comportamento “antissemita” que, segundo ela, ocorreram no campus.

    “Estas tensões têm sido exploradas e amplificadas por indivíduos que não estão ligados à Universidade de Columbia e que vieram para o campus para seguir as suas próprias agendas”, afirmou Shafik. “Precisamos de um recomeço”.

    Entretanto, os estudantes ativistas afirmaram que não toleram qualquer tipo de “fanatismo” e que se manifestam contra as ações de Israel em Gaza.

  • Forças armadas israelitas intercetaram drone vindo do Líbano

    As Forças de Defesa de Israel intercetaram um “alvo aéreo suspeito” junto à fronteira com o Líbano, no norte de Israel, escreve o Times of Israel.

    O drone fez soar as sirenes em várias cidades e localidades junto à fronteira, como Kiryat Shmona, Metulla e Tel Hai.

  • Demissão do chefe dos serviços secretos do exército israelita é "justificada e honrosa", diz opositor de Netanyahu

    epa10219016 Israeli Prime Minister Yair Lapid gives an opening statement as he chairs the weekly cabinet meeting in Jerusalem, 02 October 2022.  EPA/Maya Alleruzzo / POOL

    Yair Lapid, líder da oposição israelita, considera que a demissão do chefe dos serviços secretos militares de Israel, anunciada esta manhã, é “justificada e honrosa”.

    O líder da oposição de Benjamin Netanyahu apela ao primeiro-ministro que faça o mesmo. “A autoridade vem acompanhada de grande responsabilidade”, escreveu Lapid na rede social X. “A demissão do chefe das secretas é justificada e honrosa. Seria apropriado que o primeiro-ministro Netanyahu fizesse o mesmo”, rematou.

  • Cerca de 85% dos israelitas têm pouca ou nenhuma confiança no governo, revela sondagem

    A sondagem de opinião realizada pelo meio de comunicação social israelita Yediot Ahronoth e pelo Instituto para a Liberdade e Responsabilidade da Universidade de Reichman sugere que 85% dos israelitas têm pouca ou nenhuma confiança no seu governo, reporta a Aljazeera.

    A sondagem revela ainda que cerca de 64% dos israelitas acreditam que o seu país enfrenta uma ameaça existencial e 65% não têm dormido bem desde o início da guerra. Conclui-se ainda que pelo menos 73% dos israelitas ficaram ansiosos nos últimos seis meses.

  • Mais de 34.100 palestinianos morreram desde 7 de outubro

    Pelo menos 34.151 palestinianos morreram à conta da ofensiva israelita em Gaza desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde em Gaza, que é controlado pelo Hamas.

    O ministério refere ainda que 77 084 pessoas ficaram feridas. O ministério não faz distinção entre civis e combatentes nos seus relatórios, mas afirma que a maioria dos mortos são mulheres e crianças.

  • As armas nucleares "não têm lugar" na doutrina do Irão, afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros

    O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão afirma que as armas nucleares “não têm lugar” na “doutrina” do país, reporta a agência Reuters.

    As declarações do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Nasser Kanaani, numa conferência de imprensa em Teerão, surgem dias depois de um comandante dos guardas revolucionários ter avisado que o país poderia mudar a sua política nuclear se fosse pressionado pelas ameaças israelitas.

    “O Irão tem afirmado repetidamente que o seu programa nuclear serve apenas para fins pacíficos”, disse em contraciclo Nasser Kanaani esta segunda-feira. “As armas nucleares não têm lugar na nossa doutrina nuclear.”

  • Grupo militante iraquiano Kataib Hezbollah nega ter retomado os ataques contra as forças norte-americanas

    A fação armada iraquiana Kata’ib Hezbollah negou que tenha retomado os ataques contra as forças norte-americanas. A informação foi veiculada nas primeiras horas desta segunda-feira por vários meios internacionais, que citavam uma declaração que circulava nos canais de Telegram que se pensa estarem associados ao grupo.

    A declaração em questão afirmava que os ataques tinham sido retomados três meses depois de terem sido suspensos — mas o grupo diz agora é que se trata de “notícias fabricadas”, escreve a Sky News.

  • Europa tem de "acordar" e enfrentar a ameaça do Irão, diz presidente de Israel

    Os líderes europeus “não compreendem” o perigo que o Irão representa no Médio Oriente, afirmou o Presidente de Israel, Isaac Herzog, numa entrevista concedida no domingo ao Politico.

    “Penso que a Europa tem de acordar e urgentemente, porque não percebe [o perigo que o Irão representa]”, disse Herzog. Numa altura em que Israel enfrenta críticas dos seus aliados sobre a escalada do ataque a Gaza, que deixou grande parte do enclave em ruínas, Herzog foi claro ao afirmar que Teerão é o verdadeiro inimigo. Em resposta aos ataques de drones e mísseis iranianos contra Israel no passado fim de semana, o governo israelita lançou um ataque contra o Irão na sexta-feira.

    “Se não acordarmos e formos tão fortes quanto possível e lutarmos contra este império do mal com a coligação que temos na NATO, a Europa poderá pagar o preço no futuro”, disse Herzog.

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