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Aos 19 anos, filiou-se no Partido Social-Democrata alemão e, aos 31, tornou-se presidente da Câmara de Wurselen – cidade da Renânia do Norte-Vestfália com 37 mil habitantes. Após 11 anos como governante local, Martin Schulz foi eleito eurodeputado em 1994. Teve assento na comissão de Liberdades e Direitos dos Cidadãos, acompanhou as negociações entre a União Europeia e a Turquia, sendo ainda membro da sub-comissão de Direitos Humanos. Foi presidente do grupo dos eurodeputados socialistas entre 2004 e 2012. É presidente do Parlamento Europeu desde 2012. Desde essa altura tem-se notabilizado por criticar a ação da troika e promover a importância do emprego jovem e do crescimento. Tem vindo a fazer a ponte nas instituições europeias entre as posições de Angela Merkel e François Hollande, tentando atenuar o discurso de Berlim para com os países em maiores dificuldades, nomeadamente Grécia e Portugal.

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quem_apoia

No Parlamento Europeu, Martin Schulz é um presidente popular, especialmente entre o seu grupo político. Quando foi anunciado como candidato a presidente da Comissão, Schulz foi elogiado por Hannes Swoboda, eurodeputado austríaco e líder do grupo dos socialistas, como um “candidato forte e um líder reconhecido, capaz de falar para 500 milhões de europeus”.

como_foi_escolhido

Foi o primeiro candidato anunciado por um grupo político europeu. Escolhido em outubro, foi formalmente eleito em março como candidato dos socialistas à presidência da Comissão.

o_que_pode_ajudar

É muitas vezes apontado como um dos responsáveis pelo destaque que o Parlamento Europeu tem vindo a assumir entre as instituições europeias. Substituindo Jerzy Buzek em 2012, Schulz assumiu o cargo de presidente no pico da crise europeia, conseguindo contornar a falta de iniciativa legislativa do Parlamento Europeu, ao contestar posições vindas da Comissão e do Conselho. Ao tirar o máximo partido da codecisão e dos poderes concedidos pelo Tratado de Lisboa, Schulz encorajou os eurodeputados a participarem ativamente na remodelação da arquitetura financeira da União, assim como a serem mais reivindicativos nas negociações do orçamento pluri-anual das instituições europeias – o Parlamento Europeu chegou a ameaçar bloquear o processo. Criticou a troika e os efeitos sociais da sua ação nos países em ajustamento.

por_que_e_criticado

É muito direto e opinativo e isso tem-lhe causado alguns problemas. Em fevereiro de 2012, imiscuiu-se nas relações externas de Portugal ao afirmar que a aposta do Governo em tentar atrair investimento angolano condenava “o país ao declínio”. Mais recentemente, numa visita oficial a Israel, Schulz disse que a Cisjordânia tinha um limite de consumo de água muito inferior ao israelita, causando indignação nas forças políticas israelitas e levando o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a aconselhá-lo a verificar melhor os factos antes de discursar. Para além disto, é alemão, uma característica que não colhe muita simpatia junto de alguns países europeus, especialmente quando há a possibilidade de Merkel dar o seu apoio final a Schulz na decisão do Conselho, ficando, assim, dois alemães a dominar as instituições europeias.

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idade

Tem 58 anos e nasceu em Hehlrath na Alemanha.

formacao

Nunca frequentou o ensino superior. Fez o ensino básico na localidade de Würselen.

familia

É casado e tem dois filhos.

religiao

Católico não praticante.

curiosidades

Adora livros. Teve uma livraria durante 12 anos na cidade de Würselen. Quando era jovem tinha como ambição ser futebolista, chegou a ser quase profissional, mas uma lesão no joelho impediu-o de continuar. Ainda gosta muito de futebol e é adepto do Colónia. É abstémio. O seu livro favorito é “O Leopardo”, de Giuseppe Thomasi di Lampedusa, e gosta de ouvir jazz.

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Até 2020, os socialistas querem 10 milhões de novos empregos criados a partir de tecnologias da informação, energias renováveis, transportes sustentáveis e investigação. Um acordo a nível europeu, que envolva a coordenação das ações que promovam o crescimento em cada país da União Europeia, é a ideia de Schulz para travar as altas taxas de desemprego.

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Schulz tem vindo a pedir um compromisso entre a política de disciplina orçamental e o investimento no crescimento e no emprego. Os socialistas defendem que os níveis de endividamento e de défice público precisam de ser controlados, mas alegam que, quando a despesa pública é cortada rapidamente, acaba por causar danos sociais, podendo conduzir a uma recessão profunda.

divida

É um dos maiores apoiantes da união bancária por considerar que os contribuintes não devem pagar as dívidas contraídas pelos bancos e por afirmar que na Europa se salvaram os bancos, mas ficaram por salvar as pessoas. É um adepto moderado dos “eurobonds” e apoia o fundo de mutualização de dívida.

federalismo
Sim.