A comissão permanente da Conferência Episcopal portuguesa divulgou este sábado as suas recomendações às dioceses sobre como poderão aproveitar o tempo daqui até ao Pentecostes para retomar progressivamente a habitual administração dos sacramentos em solidariedade com todos os portugueses e seus governantes eleitos e com a igreja universal.
A prioridade é naturalmente cuidar dos moribundos, dos doentes, dos idosos que vivem sós e das famílias pobres que estão com dificuldades e com medo o que poderá ser levado a cabo em cada paróquia por redes de voluntários mobilizados pelos párocos e em cooperação com os serviços sociais das juntas de freguesia que têm sido neste período parceiros preciosos dos bancos alimentares.
A par disso é naturalmente necessário reabrir as igrejas pelo menos uma hora por dia durante a qual os respectivos párocos deverão permanecer nos seus confessionários ao dispor dos paroquianos que queiram confessar-se enquanto outros adorarão o Santíssimo Sacramento em formação adequada ao quadro sanitário, com a ajuda de dois ou três voluntários que distribuam máscaras e desinfectante a quem os não tenham e mantenham os fiéis apartados.
Finalmente parece ter chegado a altura de todos os párocos mobilizarem paroquianos experientes para, na medida do possível, ir levar a comunhão dominical aos que a solicitem previamente por via dos muitos canais de comunicação actuais.
Trata-se de coisas que muitos párocos não deixaram nunca de fazer para grande alegria dos que disso beneficiaram mas agora é altura de todos o fazerem em união com os seus bispos.
Aguardemos pois com tranquilidade que os nossos bispos, em decorrência da sua responsabilidade canónica soberana, vertam imediatamente as recomendações da comissão permanente da Conferência Episcopal em instruções aos seus vigários, párocos e diáconos adaptadas às circunstâncias de cada diocese.