O novo governo alemão liderado pelo Social Democrata Olaf Scholz está aí, demonstrando a resiliência do sistema político alemão e a capacidade de integrar a mudança geracional que se manifestou nas eleições de 21 de setembro por uma mudança e modernização da vida pública e da política externa do país. O programa da coligação, apresentado ontem à tarde pelos líderes dos três partidos, os Sociais Democratas (SPD), os Verdes e o Partido Liberal (FDP), tem como objetivo principal modernizar a economia alemã, com especial enfoque no combate às alterações climáticas e na modernização da infra-estrutura digital do país. Também em política externa se prevê uma evolução no papel da Alemanha no mundo.
A continuidade e a mudança
Olaf Scholz confirma a credibilidade que lhe foi atribuída para suceder a Merkel, com os eleitores a reconhecer o seu papel central na resposta Alemã e Europeia à pandemia através de um programa Keynesiano que se afastou da ortodoxia alemã de orçamentos equilibrados. Scholz esteve na linha da frente do governo Merkel como ministro das finanças, e foi responsável pelas decisões que levaram o governo a contrair empréstimos avultados para cobrir os custos económicos da pandemia, e a desenhar o programa Europeu Next Generation EU. Em continuidade com o seu papel de ministro das finanças no governo anterior, Scholz, com os Verdes, prevaleceram contra os liberais nas negociações, assegurando que os futuros orçamentos alemães serão expansionistas. A nota é no investimento que, sendo parcialmente financiado por dívida pública, significará uma mudança em relação à ortodoxia do Szwarze Null.
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