Procuradoria Geral da República. Tribunal de Contas. Banco de Portugal… Em todas estas instituições o PS assegurou o controlo. De forma brutal às vezes. E todos os dias, em cargos superiores e intermédios da administração pública esse assalto prossegue.
Tudo isto lembra os anos Sócrates. Mas a situação é, em 2020, politicamente muito mais grave do que foi com Sócrates. Porque agora não há escrutínio. Desta vez não vai desembarcar nenhuma troika em Lisboa a querer vasculhar contabilidades criativas; não existem investigações criminais a ameaçar a figura do primeiro-ministro e, ainda mais importante, não existe alternativa política. Ao contrário do que acontecia em 2011, a oposição à direita não tem agora líder nem apoios; o BE e o PCP a quem foi entregue o monopólio do protesto estão desde 2016 mudos e quedos à espera da sua parte no assalto ao aparelho de estado e a UE não só agora não nos pede contas como, pelo contrário, vai pagar-nos algumas nos próximos anos.
A isto junta-se que, em 2020, em Belém, está Marcelo que vive em função da popularidade e não Cavaco Silva, que vivia em função do que achava que devia fazer.
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