Nem todos os cidadãos pensarão isso mas a maioria tem consciência que Portugal está cada vez pior, como muitos dos países da UE, começando pela governação do PS, a qual já está no nono ano seguido após o golpe anti-constitucional de 2015. Desde os últimos anos, o PIB português não fez se não cair em comparação com os novos membros da UE, situando-se actualmente entre os últimos da escala!

Hoje, estamos perante um período de inflação generalizada e um crescimento económico muito baixo, prevendo-se para Portugal no ano que vem um crescimento máximo de 1,5% gerado pela inflação causada pela guerra, bem como os investimentos gratuitos da UE! Quanto à redução da dívida externa, é pura manipulação baseada na inflação e nos futuros empréstimos a altos juros. Se o país não cresceu antes, não é agora que vai crescer!

É caso para perguntar quanto tempo durará o governo do PS se a guerra continuar como é de crer. Entretanto, a crise da saúde e do envelhecimento não cessou, levando à crise final do «sistema de saúde» e deslocando-se para o sector privado, como vinha acontecendo desde os governos anteriores. Simultaneamente, algo paralelo se passou com o sistema de ensino, desde a base ao topo do sector público, afectando a formação escolar a todos os níveis.

Não é à toa que os professores, como os médicos e enfermeiros, tenham estado em constante protesto contra os respectivos ministérios e a falta de recrutamento e remuneração condignos. Seria bom que as famílias dos candidatos ao ensino superior, apesar das propinas que já pagam, se dêem conta do fosso criado entre o sector público, que já deixara de ser gratuito, e o sector privado em grande aumento, pondo em causa uma futura recuperação das formações e qualificações.

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Com efeito, uma dimensão decisiva para o PS, porventura menos frequente para o PSD, é o gigantesco «funcionalismo público» herdado do «salazarismo», o qual se eleva hoje a 750.000 agentes, constituindo o «braço armado» dos governantes. É isso, aliás, que se tem vindo a ver a par da crescente corrupção pública e privada desde o reinado do anterior chefe do PS, José Sócrates. Foi no tempo dele que surgiu boa parte da massa socialista actualmente no poder, conforme se viu no caso da TAP e no próprio sector privado, como a EDP e a ALTICE!

Com efeito, outra dimensão político-económica cultivada pelo PS continua a ser a TAP, a qual esteve em vias de ser vendida pelo governo Guterres no início do século XXI mas falhou perante a falência da Swissair; por sua vez, Sócrates tentou de novo vender a TAP mas antes disso foi à falência. Só a «troika» conseguiu vender a empresa com perdas gigantescas a privados Brasileiros e Portugueses, estando porém a TAP condenada a ser renacionalizada de novo e financiada pelo governo PS, chegando à necessidade de «pagar» ao estrangeiro para este ficar com a TAP como se perspectiva… mas a conjuntura não o permitirá tão cedo!

Quanto à colossal dívida permanente dos governos do PS, esta continua a ser uma das maiores per capita da Europa e Portugal continua a mascarar o atraso com pretensões turísticas…! Nem todos terão a sensação disso, sobretudo os mais velhos com baixo estatuto socioeconómico, mas a grande maioria, incluindo os partidos políticos e a começar pelo PS, têm plena sensação que o país está cada vez pior, como de resto a maioria dos membros da NATO sem falar no resto da economia mundial.

Espera-nos, pois, um período de inflação generalizada e baixo crescimento, prevendo-se para Portugal um máximo de 1,5% gerado pela inflação e pelos investimentos gratuitos cada vez mais escassos da UE. Quanto à redução da dívida externa, é propaganda baseada na inflação e os futuros empréstimos estarão sujeitos a juros cada vez mais altos… É caso, pois, para perguntar quanto tempo durará o governo do PS se a guerra continuar! As vagas de dinheiro da UE cessaram de se dirigir aos mais idosos, levando o «sistema de saúde» à crise geral, incluindo os lares. A igreja católica já pede por mais. Algo paralelo se passa com o sistema de ensino, deixando este de garantir a formação de técnicos qualificados e professores competentes.

Ora, é bom não esquecer que o «funcionalismo público» é o «braço armado» dos governos, ao mesmo tempo que faz crescer a corrupção pública e privada. Para agravar a situação, a debilidade organizativa e programática do rival PSD parece estar bem longe de substituir o PS. Numa situação tal, um parlamento refundador deveria conceber uma nova constituição e um novo sistema eleitoral rigorosamente proporcional, com vista a recomeçarmos de novo.