Nos últimos dias dirigi um apelo aos militantes do Partido Social Democrata, para que se mantivessem firmes no apoio ao partido e que não corressem os riscos de enveredarem por caminhos aventureiros, seja no apoio à criação de novos partidos, seja no apoio a outros partidos já existentes no nosso espectro político.

E resolvi fazer essa declaração porque tenho sentido que há um propósito firme e direto em tentar esvaziar o PSD, enfraquecê-lo e até mesmo desvalorizá-lo. Apenas e só com o objectivo de alimentar outras forças políticas agora em formação. Aqueles cuja imagem, durante muito tempo, se confundiu com a imagem do próprio PSD, estão agora a aproveitar-se disso para marcarem um espaço político próprio e tentarem agarrar um eleitorado supostamente descontente. Resumindo para ir direto ao assunto: não é pelo PSD estar aparentemente mais frágil e poder percorrer um caminho nem sempre compreendido, que se possa pôr em causa a honra, os valores e o percurso de 44 anos de história ao serviço de Portugal e dos Portugueses.

E vou voltar a repetir. O atual presidente do PSD venceu as eleições internas há cerca de nove meses. O PSD saiu unido do Congresso e a nova direcção nacional ficou com todas as condições para desenvolver a sua estratégia política e ter sucesso, ou seja, construir uma alternativa credível de governação. E o ponto de partida é este: Rui Rio será o candidato do partido a primeiro-ministro em 2019 e é com base neste cenário que devemos arregaçar as mangas e ir para o terreno lutar.

Mesmo os mais céticos, os menos entusiastas ou os mais afastados têm o dever de pensar nisto: são 44 anos de história que temos a obrigação de preservar, é um caminho percorrido sempre na defesa dos verdadeiros interesses do nosso País. E é por isso que não me posso calar. É por esse legado que todos os dias tento fazer a minha parte, defendendo sempre o meu Partido e os valores que nele estão pre sentes.

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E quando dúvidas tiverem sobre se ainda vale a pena ser do Partido Social Democrata, lembrem-se que continua a ser o mesmo partido que Sá Carneiro fundou, lembrem-se que continua a ser o mesmo PSD que Cavaco Silva transformou, lembrem-se que continua a ser a mesma força política que Passos Coelho liderou.

E é por tudo isto que temos a obrigação de dizer NÃO. Não a este oportunismo de tentar ocupar o espaço político do PSD. Não a esta tentativa de fragmentar aquele que ainda hoje é o maior partido político em Portugal. Não a estes caminhos que visam enfraquecer o resultado eleitoral do Partido Social Democrata.

É por isso que eu, cada vez com mais força e mais convicção, digo NÃO. #ELESNÃO. Não à custa da nossa história, Não à custa do nosso partido. Não à nossa custa.

Membro da Mesa do Congresso Nacional do PSD, ex-secretário geral adjunto do PSD