No próximo fim de semana o CDS não poderá somente escolher um novo presidente. Tem de escolher um líder. Um líder que saiba projetar o Partido para o futuro, envolvendo todos e cada um dos seus militantes.

Será fundamentalmente uma escolha decisiva para recuperar a credibilidade do Partido, para o reorganizar internamente e para a construção de uma alternativa de governação centro-direita.

O CDS precisa de um novo projeto para Portugal. Um projeto com uma equipa sólida, com uma equipa renovada e descomprometida e com uma nova liderança credível, mobilizadora e capaz de congregar.

O CDS tem de afirmar a sua identidade no espaço da direita democrática acentuando nomeadamente: a sua diferença na defesa de menos impostos e menos Estado; a sua diferença na defesa de menos burocracia e maior flexibilidade; a sua diferença na defesa do incentivo à liberdade individual, premiando a iniciativa, o risco e o mérito; a sua diferença na defesa de um Estado com autoridade na Segurança; a sua diferença em relação à Defesa e à Justiça; a sua diferença na defesa de um Estado Social verdadeiramente eficiente e aceitando a complementaridade na Saúde, na Educação e na Segurança Social; a sua diferença no combate à desertificação e em verdadeiras políticas de apoio ao interior.

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A direita está num momento em que é urgente que recupere a sua credibilidade junto dos cidadãos para que possam acreditar, com base em mensagens e propostas credíveis e exequíveis, que existe alternativa à presente governação.

O CDS tem de se bater por criar condições para a existência de uma alternativa de governação. Uma alternativa que possa fazer mais e melhor.

Aqui chegados facilmente nos apercebemos que sendo a escolha do novo líder uma escolha decisiva para mudar a governação do país, não basta que a escolha se consuma nas questões internas sem projeto para o futuro, que em função dos princípios e medidas constantes da sua Moção, se apresente consistente.

Um presidente apenas para consumo interno será sempre um presidente que não acrescenta valor, do ponto de vista da credibilidade do Partido, para se constituir como parceiro para a apresentação de uma alternativa de governação.

A afirmação da participação do CDS numa alternativa de centro-direita é muito importante pois garante a afirmação dos seus valores de referência, nomeadamente os valores do personalismo e do humanismo, os valores do trabalho e da família, os valores da coesão e da solidariedade, os valores da iniciativa privada e do desenvolvimento, os valores da sustentabilidade e da subsidiariedade, os valores do pluralismo e da meritocracia, bem como os valores da lusofonia e da Europa.

É preciso ajudar a transformar Portugal construindo uma solução governativa de centro-direita enquadrada nos compromissos enunciados.

O próximo Congresso será soberano e dirá claramente ao Partido e a todo o país o caminho que pretende trilhar no futuro imediato.

A responsabilidade sobre a escolha é de cada congressista. Acredito que cada congressista saberá que na sua escolha está subjacente que o país é o objetivo prioritário, pois ao fazê-lo está a escolher a consolidação de um projeto que não pode deixar de fortalecer primeiro o Partido, mas não extingue no Partido o seu propósito. Acredito também que cada congressista terá presente que o interesse do país e do Partido estão primeiro que o interesse individual de cada um.

Cada congressista ponderará, num momento particularmente difícil do CDS, da necessidade de mudança ou da prevalência da continuidade.

Saúdo todos os candidatos pela coragem da sua candidatura num tempo de exceção na vida do Partido. Mas neste momento e no contexto atual só um candidato se apresenta em melhores condições para recuperar a credibilidade do Partido junto dos cidadãos, para unir o Partido e reorganizá-lo internamente tornando as vozes das estruturas locais audíveis no Largo do Caldas, assim como para, pela qualidade da sua Moção, o projetar para o futuro com sustentabilidade. Esse candidato é Filipe Lobo d´Ávila. Mais do que um presidente é o líder de que o CDS necessita. As suas ideias, os seus objetivos, os seus compromissos e a sua moderação congregadora, permitem afirmar que estamos Juntos pelo Futuro!