A China, que se acredita ter contido a propagação do vírus ao fechar famílias inteiras em casa, é encarada como um caso de sucesso no combate à pandemia. Acredita-se, pois o que se sabe da China é o que as autoridades contam. De acordo com estas os casos são ridiculamente insignificantes e a maioria até vêm de fora. Perante tamanho sucesso não é de surpreender o atraso na vacinação (ao momento a China conta com apenas 15% da população totalmente vacinada). O que já não se compreende é a proibição imposta aos Chineses ainda não vacinados de entrarem nas escola ou nos hospitais. A notícia surpreende porque pouco mais de duas dezenas de casos diários é irrelevante num país com 1,411 milhões de habitantes. Há alguma verdade que não deve bater com a narrativa oficial.

Os Cubanos vieram para a rua exigir o fim da ditadura. É um acto de enorme coragem, mas também revelador da imensa miséria que aquele povo atravessa. Até à data pouco se sabe sobre o sucesso desta nova luta, mas o mais certo é que fracasse. Os manifestantes queixam-se de falta de comida e de cuidados médicos, o que deita por terra a ideia que Cuba detém um sistema de saúde de excelência. Nada que impressione o PCP que avança com uma manifestação a favor de uma ditadura, o Bloco de Esquerda que ficou sem voz ou o novo PS que equipara o embargo dos EUA a uma ditadura autoritária que dura há 62 anos. Muitos dos que vão passar férias a Cuba encontram sol, praias e bebem piña coladas. Também vêem carros antigos que dão um tom romântico à fotografia. Para quê indignarem-se com a reacção de partidos e de políticos que ainda se deixam tentar pela música dos sonhos totalitários?

Cerca de 60% do preço que pagamos de combustível é imposto. Como o preço tem aumentado, o governo decidiu apontar o dedo para as margens brutas das gasolineiras. Como resultado anunciou que vai legislar contra o que considera inaceitável. Naturalmente, e porque a maior parte do preço do combustível são impostos, o preço não baixará muito. Não tenciono defender as gasolineiras. Estas fazem o seu trabalho e querem ganhar com isso. Queremos todos. A questão neste assunto não é distinguir entre bons e maus, mas para onde vai a maior parte do dinheiro quando colocamos combustível no automóvel. Querem baixar o preço? Comecem pelos impostos que compõem a maior parte desse preço. Bem sei que é complicado pois o estado português está fortemente endividado. Ou seja, enquanto os nossos governantes endividarem o estado para conquistar votos, a margem para reduzir os impostos e baixar os preços é escassa. Esta é a verdade que a narrativa pretende esconder.

O ministro Pedro Nuno Santos anunciou a compra de 117 comboios para a CP. “A maior compra da história da CP”, disse o ministro. Há um ano, precisamente a 6 de Julho de 2020, a mesma CP comprou 51 carruagens. O mesmo ministro afirmou basicamente o mesmo que disse agora: que é “um grande negócio ao alcance de muito poucos”. Se lermos um pouco mais de cada uma das respectivas notícias ficamos a saber que as carruagens adquiridas no ano passado tinham de ser intervencionadas (o que quer que tal signifique) e as compradas em 2021 chegam entre 2026 e 2029. Entretanto, o anúncio está feito; a narrativa contada; quanto às carruagens e aos comboios, não sabemos.

Que novas histórias vamos ouvir na semana que hoje começa?

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