As próximas eleições legislativas são de facto decisivas no que ao futuro do país diz respeito. Seria importante que mesmo aqueles que se costumam abster sintam a importância do seu voto e no dia 30 digam presente e vão votar.

Retirando da equação a improvável possibilidade de maioria absoluta de um dos partidos que se apresenta a votos, o que temos de decidir é se queremos continuar no mesmo rumo dos últimos seis anos de governação socialista com apoio da esquerda e da esquerda radical ou se, por outro lado, queremos virar a página e tomar um outro rumo governativo. A decisão é entre dois modelos opostos de governação, pois a previsão é de que, seja à esquerda, seja à direita, terão de existir acordos entre os diferentes partidos para que se governe com alguma estabilidade.

O modelo de governação da esquerda é o já conhecido mais estado, mais impostos e distribuição de riqueza, enquanto durar a “bazuca”, porque estratégias para a criação dessa riqueza não existem. À direita temos a proposta de um modelo de governação onde a criação de riqueza está no primeiro plano, seguido depois por uma distribuição equitativa por quem realmente precisa.

A narrativa vigente assenta apenas na ideia de que se deve gastar mais na saúde, na educação, na segurança, nos serviços. Referi gastar, porque não podemos chamar investimento quando daí não retiramos retorno. De facto, até se pode estar a gastar mais nos vários serviços que devem ser públicos, de acesso universal e tendencionalmente gratuitos, como são o caso da educação e saúde, mas esse aumento de despesa não tem significado melhorias na qualidade do serviço prestado. Isto é um facto que as estatísticas ajudam a não desmentir.

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Por isso não estranho quando ouço Rui Rio dizer que antes de injetar mais dinheiro no Serviço Nacional de Saúde é preciso tornar mais eficiente a gestão de recursos, quer humanos, quer materiais. A decisão de dia 30 de janeiro é entre duas opções bem claras, por um lado, votando à esquerda, teremos a continuação da estagnação económica, só debilmente combatida com injeções na economia constantes do Estado tentacular, por outro lado, votando à direita, teremos uma alternativa que nos trará crescimento económico sustentado, apoiado nas empresas que por sua vez conseguirão oferecer mais e melhor trabalho a todos os portugueses, deixando de lado os aumentos por decreto em cima de uma economia anémica.

A opção no dia 30 será entre um orçamento chumbado por todos, mas apresentado de forma ridícula como sendo a salvação do país, e um orçamento que será o princípio de uma nova era. É a escolha entre a continuidade e a mudança. Entre a seriedade de Rui Rio e a demagogia de António Costa.

Não há como dizer de outra forma, no dia 30 todos nós podemos optar pela continuidade de um modelo governativo que já deu mostras de ser ineficiente e que nos trouxe até à cauda da Europa. Chamo a atenção para alguns indicadores dos últimos 20 anos (2000 a 2020), onde o PS governou 14 anos e nos levou a uma bancarrota onde a governação de Pedro Passos Coelho foi de cumprimento de objetivos económicos exigidos por um acordo feito entre PS e troika, pelo que nem deveria contar para o totoloto, como se diz na gíria popular.

Nos últimos anos, Portugal foi ultrapassado por quatro economias do antigo Bloco de Leste, e outras quatro, pelo menos, aproximam-se a passos largos, conforme se pode observar no gráfico.

No próximo gráfico podemos verificar que os portugueses recebem os salários mais baixos da Europa Ocidental, mas pagam a sétima carga fiscal mais elevada sobre o trabalho (41%).

Também podemos verificar que a carga fiscal sobre o trabalho durante os últimos 6 anos é, em média, a mais alta de sempre.

A opção do dia 30 está entre este marasmo que apresentei, recorrendo aos dados do + Factos, e o crescimento económico, a sustentação social, o melhor emprego, o ressurgimento da classe média que se quer forte e trabalhadora.

Para finalizar, apenas referir que, independentemente dos resultados das eleições legislativas de 30 de janeiro, a direita, toda ela, não se deve amedrontar com a narrativa da esquerda, herdeira do comunismo europeu e mundial e responsável por mais de 65 milhões de mortos, que, no alto da sua arrogância intelectual e superioridade moral, considera ilegítimo que à direita se consigam consensos com partidos mais extremados, como aconteceu nos Açores, como se fossem eles a delinear o que é ou não aceitável.