Celebra-se hoje, 13 de outubro, o Dia Mundial da Visão, uma iniciativa conjunta da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira que visa chamar a atenção da população para a importância da visão e para a prevenção dos problemas relacionados com a mesma. Uma data demasiadamente importante, sobretudo porque se fala, como em nenhum outro dia, da importância da saúde visual. Descurada por muitos, pelas mais diversas razões, a saúde visual – e, concretamente, a prevenção – terá de passar a ser vista como um elemento essencial.

Se olharmos para os dados da OMS, não restam margens para dúvidas: os números mostram que cerca de 80 por cento das alterações visuais são corrigíveis e algumas prevenidas ou tratadas. Mas será esta falta de monitorização apenas uma realidade para as classes mais desfavorecidas? Ou dos países de Terceiro Mundo? Também aqui não restam dúvidas. Em todo o mundo, cerca de 285 milhões de pessoas sofrem de alterações visuais moderadas ou graves – 90 por cento das quais em países desenvolvidos.

Olhando para a incidência destas alterações, é possível perceber que estas abrangem maioritariamente (cerca de 65 por cento) a população acima dos 50 anos. Contrariamente, verificou-se um aumento, sobretudo no contexto pandémico, de muitos casos de insuficiência visual, concretamente em faixas etárias muito baixas. Durante o confinamento, a exposição excessiva a equipamentos eletrónicos – para uso escolar e, também, nos momentos de lazer – fizeram com que a incidência de alterações visuais disparasse, destacando-se aqui novos casos detetados, mas também a necessidade de correção visual na população jovem que já usava lentes graduadas.

Pós-pandemia, mas mergulhados numa nova realidade, marcada pela Guerra e pela incerteza política, social e económica, saberemos, enquanto país, manter o foco na saúde, sobretudo na saúde visual, tão enormemente subvalorizada? Que papel têm, aqui, as empresas que se dedicam à inovação nesta área? Que papel assumem na salvaguarda dos interesses da população, sobretudo daquela que necessita de correção visual?

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É hora de se olhar para as organizações que diariamente trabalham para recriar a visão perfeita e que investem milhões de euros no desenvolvimento de tecnologia que permite que este processo de correção seja cada vez mais natural e que possibilitam que não se abdique da qualidade em prol da estética, mas que também não a descuram. Apesar de falarmos de saúde, é crucial que se entenda que o uso de óculos graduados foi um dos motivos de bullying existente entre as gerações mais novas. Hoje, os óculos fazem parte da moda e os jovens integram-nos com gosto.

É nas escolas que se deveria, por isso, começar a detetar as insuficiências visuais através de rastreios feitos anualmente e de preferência no início do ano letivo. O apoio à saúde visual é crucial para uma boa qualidade de vida da população.

Prevenir é e será sempre o melhor remédio!