Há 46 anos em Portugal vivíamos o período mais conturbado da história recente. Embora não tenham passado assim tantos anos parece que existe um preconceito institucionalizado em que se torna proibido falar dos acontecimentos que colocaram o nosso país numa situação à beira da guerra civil. As forças da extrema-esquerda, onde se destacam muitos dos elementos do PCP, aproveitando o período frágil de transição para a democracia, tentaram impor uma ditadura apoiada pela URSS que apenas foi impedida pelos militares que fizeram o 25 de novembro. Nesse período quente, desde as várias expropriações de terrenos, assim como de grandes empresas, às perseguições e julgamentos de quem não era marxista, tudo valia para impor a vontade e o pensamento único do Partido Comunista Português à frente dos destinos de Portugal.

A memória não pode ser curta, muito menos seletiva, para mascarar e ignorar as atrocidades e o medo causado pelo Partido Comunista em Portugal. A direita e o centro-direita têm de uma vez por todas que deixar de ser fofinhas e impõe-se a necessidade de apontar o dedo e criticar perentoriamente, sem qualquer tipo de hesitações os regimes autoritários que ainda existem no mundo e que são apoiados pelo Partido Comunista Português. A falta de liberdade individual e de imprensa que ocorrem em países como Cuba, Coreia do Norte, Venezuela e Bielorrússia, deve merecer o nosso repúdio.

Não podemos elogiar a coragem da Ayuso em Madrid que enfrentou toda a esquerda de olhos nos olhos, e que, curiosamente ou não, culminou com uma clara vitória, para depois assobiarmos para o lado com a situação de calamidade que o povo cubano vive, sem coragem e com medo de acusar o PCP no apoio que dá a este regime. Desengane-se o leitor se acha que os elementos do PCP no Seixal não se identificam com os líderes e os regimes existentes. São vários os registos onde durante anos a “Festa do Avante!” recebeu e foram saudados representantes do partido único da Coreia do Norte, onde inclusive Jerónimo de Sousa afirma ser uma democracia e que a Câmara Municipal do Seixal faz ofertas, com o seu dinheiro, ao regime. Estiveram presentes as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), uma organização terrorista que se auto denomina de guerrilha revolucionária marxista-leninista, sem esquecer a Associação Portuguesa de Amizade e Cooperação Iúri Gagárin (Antiga associação Portugal-URSS), Associação Amizade Portugal-Cuba entre outras onde a liberdade nos seus países de origem é escassa.

É muito por estas razões que o desenvolvimento no Seixal tem marcado passo. São por causa destas posições ideológicas, marcadamente antidemocráticas e contra a iniciativa privada, que o Concelho do Seixal está estagnado e sem capacidade para responder aos desafios que os munícipes querem ver respondidos. O Concelho do Seixal não é apenas a zona ribeirinha que goza de uma localização privilegiada. Há necessidade de muito mais. É preciso atrair investimento privado, para que empresas estrangeiras se fixem no nosso Concelho e sejam uma garantia de emprego de qualidade. É necessária mais segurança que irá incrementar a qualidade de vida às famílias que residem no Concelho. É urgente que haja saneamento básico que ainda não existe em algumas zonas do Concelho e resolver o problema das AUGIS (Áreas Urbanas de Génese Ilegal). Continua a haver bairros de barracas que o PCP há 45 anos que ignora e estradas a precisar de ser alcatroadas. Falta espaços verdes e equipamentos para as nossas crianças sem esquecer a devida manutenção dos que já existem. E não existe transparência do executivo e apenas se gastam milhões em propaganda e publicidade numa verdadeira tentativa de homenagem o líder.

Aqui no Seixal há um culto ao comunismo. Idolatram ditaduras e seus líderes. Venera-se Lenine, Estaline, Fidel, Che Guevara, Mao Tsé Tung entre outros ditadores sanguinários. Cada um acredita no que quer, mas já lá vão 45 anos e isso levou-nos ao quê? A um atraso significativo em relação a outros municípios na área metropolitana de Lisboa. É agora a oportunidade de mudança para o desenvolvimento do nosso Concelho.

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