A alta velocidade de inaugurações e candidaturas a concursos foi ativada mesmo na reta final! Cheira a Pré-campanha para as legislativas de 2024, por demissão do primeiro-ministro, por casos de corrupção. O projeto TGV, podia trazer mais atenção e transparência, que infelizmente não traz.
Quando existia, taxa máxima de 85% de financiamento não reembolsável, incidindo sobre o total das despesas elegíveis da operação de fundos comunitários, segundo fonte do programa Compete 2020, Convite (AC 01/RAIT/2022), a candidatura deveria ter sido apresentada até maio 2022 — e poderia até ter sido prolongado o prazo conforme está descrito no aviso/convite. Não entendo porque não foi apresentada ou discutida a alta velocidade, à semelhança desta agora apresentada em janeiro 2024.
Se a candidatura tivera sido apresentada, o projeto TGV, investia cerca de dez mil milhões, mas teria tido o apoio de 85% igual a oito mil milhões e quinhentos mil euros, os portugueses apenas teriam de pagar por este investimento dois mil milhões de euros.
Outra pergunta que se faz é, porquê expropriar “à força” culturas agrícolas centenárias e habitações?
Realmente existe uma grande “cortina de fumo” nas bitolas (europeia e ibérica), que nenhum português de bom-senso entende e aceita. A candidatura agora apresentada na reta final em alta velocidade, não é sustentável.
Pergunto como vão pagar o investimento a efetuar, se apenas recebem menos de 10% não reembolsável (PRR), do mesmo?
Pode-se perguntar como Estado vai garantir o pagamento deste investimento, com viagens de Lisboa-Porto apenas a 25€. Vai compensar os empresários deste consórcio? Não queremos outra TAP… Antevejo que iremos ter nós portugueses, mais uma vez que pagar! Aliás, à semelhança das SCUT, que o Estado investiu nas mesmas e depois deu-as à exploração a lobbies privados. E quem podia ter feito alguma coisa nos últimos anos para inverter esta injustiça (SCUT), não o fez.
Analisado o custo benefício deste projeto, chega-se facilmente à conclusão que se vai desperdiçar 10 mil milhões de euros em recursos financeiros, para apenas reduzir 20 minutos a viagem Lisboa / Porto.
Na minha opinião que viajo de comboio semanalmente no alfa pendular, acho que a linha do Norte remodelada e reparada, para que permitisse uma velocidade permanente de 220km/h, bem como um novo investimento num troço de apenas poucos Km, até à cidade de Leiria, pois, esta é a cidade está nos top dos cinco distritos com mais PME Excelência.
Se optássemos por esta proposta evitaríamos o custo colossal previsto para a expropriação de terrenos e habitações, porque não sabemos a quem pertencem alguns destes terrenos a serem expropriados, que até “eventualmente” possam ser propriedade de pessoas que tiveram acesso privilegiado a este traçado do TGV.
Quando um dos grupos interessados na exploração da “alta velocidade”, já foi buscar a ex diretora da TAP que têm uma vasta experiência em administração de transportes, está mesmo apostar no sector de transportes em Portugal! Resta-nos esperar para ler o contrato de exploração!
Mas, as coincidências acho que não existem. Os portugueses precisam de saber a verdade.