O actual Governo e o Dr. António Costa têm sido muito generosos com os cidadãos portugueses. A generosidade vai desde a oferta de vacas voadoras a barcos sem baterias e sem motores. Mas as ofertas vão em maior número noutras dimensões: carga fiscal altíssima, falta de resposta às necessidades de saúde, do SNS e dos seus Profissionais, a calamidade e descontentamento na Educação, os atrasos, custos e insatisfação na Justiça, os problemas na Defesa e particularmente na Marinha, com barcos inoperacionais.
O desinvestimento nos vários sectores da Administração Pública, na Defesa, as enormes cativações do Orçamento de Estado e a intervenção demasiada do Estado tem levado ao desmantelamento de serviços essenciais. A compra de comboios da sucata espanhola, o NRP Mondego vindo da Dinamarca, o desbaratar de dinheiros públicos na CP e na TAP e a renacionalização da TAP, com o queimar de 3,2 mil milhões de euros. É esta a gestão desastrosa deste Governo!
Na saúde, apesar da mudança de ministro, os problemas permanecem ao nível do encerramento de algumas especialidades e falta de resposta nas urgências. A falta de enfermeiros e médicos é gritante. Há serviços por abrir e uma grande maioria abaixo das dotações seguras, preconizadas pelas ordens profissionais. Os pedidos de escusa de responsabilidade e demissões dos enfermeiros e médicos acontecem em larga escala, em inúmeros serviços e hospitais do país.
Nas Forças Armadas, particularmente na Marinha, constatamos que a inoperacionalidade dos meios é uma realidade. Antigamente éramos um país de navegadores e de descobrimentos, rasgando mares e o mundo, hoje, com as embarcações no estado em que estão, limitadas pelo seu estado, somos um país de “navegadores de doca”! Mas para além dos navios da Armada inoperacionais, também temos os novos navios da travessia do Tejo, que não têm baterias! Já vimos que as vacas do Dr. António Costa não voam, e agora os barcos sem motores e sem baterias também não navegam!
Queremos aproveitar para convidar os leitores a fazer uma reflexão. Desde há inúmeros anos a esta parte que as pessoas que trabalham contribuem para o Estado com os seus impostos ao longo do ano. Imensa e agreste carga fiscal que corresponde a 6 ou 7 meses do que se ganha, para encher os cofres do estado, só se libertando desta carga nos restantes meses do ano. Trabalhar meio ano para sustentar o Estado já é clássico! Contudo, o que verificamos é que os serviços públicos, o património, a Saúde, a Justiça, a Educação, a Segurança Social e as Forças Armadas estão cada vez piores, em decadência e em escombros e com material velho e inoperacional! Mas então, para onde vão tantos milhões de euros de descontos e contribuições para o Estado? Onde está investido? Acresce a tudo isto a permanente ameaça de que não haverá reformas num futuro próximo! Onde pára o dinheiro?
E os maus exemplos sucedem-se. Na comemoração dos 30 anos do PER – Programa Especial de Realojamento – ouvimos o Ex-Presidente da República, Prof. Cavaco Silva, fazer duras críticas ao “Programa da Habitação” do Governo e nesta cerimónia, quando discursava e desferia as críticas ao governo socialista, assistimos em directo à falta de tolerância democrática, de saber estar e falta de estatuto democrático, da Srª. Presidente da Associação Nacional de Municípios, e também Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Drª. Luísa Salgueiro e do Presidente da Câmara de Loures Ricardo Leão, que se levantaram e saíram da cerimónia. Claramente estes dois autarcas, e principalmente a Drª. Luísa Salgueiro, demonstraram uma falta de estatuto e dimensão política, ainda mais na representação de todos os autarcas municipais. Se tudo isto acontecesse com o Dr. Mário Soares, ou Dr. Jorge Sampaio, como ex-Presidentes da República a discursarem, e os autarcas do PSD se levantassem e fossem embora, que diriam e como classificavam este comportamento? Que diria a Imprensa? Perante o que aconteceu, a Srª. Presidente da Associação de Municípios, Drª. Luísa Salgueiro, ainda tem condições para continuar neste cargo, representando os Municípios Portugueses?
A degradação dos “actores da política” está acelerada e em plano inclinado, acentuado! Urge novos protagonistas, com tolerância democrática, com saber estar e ser. Urge representantes dignos das instituições públicas. Urge medidas efectivas de resposta às reais necessidades e carências dos cidadãos, pagadores de muitos impostos, taxas e “taxinhas”. Urge o uso da diplomacia, do protocolo, da etiqueta, da tolerância, da democracia responsável e do respeito e representativa dos valores deste povo secular de bons costumes.
Hoje, infelizmente, vivemos asfixiados pela carga fiscal, ignorados pela mordaça política e socialmente silenciados pelo comodismo instalado da subsidiodependência! Portugal a empobrecer, todos os dias!
Citando Camões: “O fraco rei faz fraca a forte gente”!