A entrevista só sai para a semana, mas a garantia já está dada. “Candidato-me ao lugar de primeiro-ministro, sem dúvida”, afirma António Marinho e Pinto ao Diário Económico. O agora deputado europeu – cargo que ocupa há cerca de um mês -, eleito pelas listas do Movimento Partido da Terra (MPT), já tinha dito ao Jornal de Notícias que ia trocar Estrasburgo e Bruxelas por São Bento em 2015, “sem prejuízo das presidenciais”, às quais também pondera concorrer.

“Sempre disse que ia candidatar-me às eleições legislativas. Candidatei-me às eleições europeias por serem as primeiras depois do fim do meu mandato na Ordem dos Advogados”, diz na entrevista ao Económico, adiantando que, “provavelmente”, volta a contar com o apoio do MPT para esta corrida eleitoral. Ou isso ou cria um novo partido, apesar de considerar que há demasiados partidos no espectro político português.

Disponível para se aliar tanto ao PS como ao PSD para formar Governo, Marinho e Pinto admite que gostaria de ser ministro da Saúde e que o que o move a avançar para a Assembleia da República é o facto de querer “outras responsabilidades” que não as do Parlamento Europeu.

E faz uma revelação: “Verifiquei uma coisa que não sabia antes: o Parlamento Europeu não tem utilidade. É um faz-de-conta. Não manda nada, apesar de todas as ilusões, todas as proclamações, que são mentiras”. Questionado pelo Económico, o ex-bastonário da Ordem dos Advogados admite só ter chegado a esta conclusão agora, apesar de saber de “algumas denúncias semi-clandestinas”. “Não há como estar lá e experimentar”, remata.

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