É já o maior e mais catastrófico surto de ébola registado na história. De acordo com o último balanço divulgado pela Organização Mundial de Saúde, o número de mortos devido a este surto epidémico ultrapassou já os 4 mil. Os últimos dados, de 8 de outubro, apontam para um total de 8.399 casos em sete países, dos quais resultaram 4.033 mortes.

A maioria dos casos foi registado na África Ocidental, nomeadamente na Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa, mas o vírus já chegou aos outros continentes. O caso mais recente foi o da auxiliar de enfermagem espanhola, que deixou Madrid em alerta depois de ter sido infetada quando prestava tratamento a dois missionários vindos do continente africano. E esta sexta-feira foi registado o primeiro caso no Brasil: um homem de 47 anos que chegou ao país vindo da Guiné-Conacri. Nos EUA, morreu esta semana o primeiro doente infetado com o vírus, um cidadão liberiano que se acredita ter contraído aí o vírus.

O ébola foi identificado pela primeira vez em 1976 e é um vírus cuja taxa de mortalidade se situa entre os 25 e os 90 por cento. Não existe vacina, nem tratamentos específicos para a cura. A infeção resulta do contacto direto com líquidos orgânicos de doentes – como sangue, urina, fezes ou sémen – e o período de incubação da doença pode durar até três semanas.

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