Os sírios têm cada vez mais dificuldade em encontrar um país de acolhimento quando procuram fugir do seu país devido à guerra civil, indicou um relatório divulgado esta quinta-feira.
O documento, da autoria das organizações Conselho Norueguês dos Refugiados (NRC, na sigla em Inglês) e Comité Internacional de Salvamento (IRC, na sigla em Inglês), exortou a comunidade internacional a oferecer mais apoio aos países vizinhos da Síria e os países ricos a acolherem mais refugiados.
Intitulado “Sem Escapatória”, o relatório elogiou o Líbano, a Jordânia, o Iraque e a Turquia, por terem demonstrado “uma hospitalidade generosa e substancial”, ao acolherem mais de três milhões de refugiados desde o início da guerra em 2011. Mas, acrescentou-se no texto, estes países já começaram “a limitar a entrada de novos refugiados”.
Desta forma, e apesar da continuação da guerra, “o número total de refugiados que deixam o país reduziu-se fortemente” nos últimos meses.
“Em 2013, cerca de 150 mil refugiados eram recenseados por mês, em média” pelo Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Refugiados. Mas, “em outubro de 2014, o número não passou dos 18.453, uma descida de 88%”, especificou o relatório.
As duas organizações denunciaram “a falta gritante de solidariedade” dos países que não são vizinhos da Síria, designadamente os ocidentais.