O ex-presidente do PSD Marques Mendes garantiu este sábado que não pediu favores ao ex-presidente do Instituto de Registo e Notariado (IRN) para desbloquear dois casos de vistos de residência, mas admite que possa ter sido escutado porque ligou, de facto, a António Figueiredo mas só para um pedido de informação.

Marques Mendes aproveitou, mais uma vez, o seu espaço habitual de comentário na SIC para desmentir notícias que o referem diretamente. Neste caso, a TVI noticiava que tinha sido apanhado nas escutas da operação labirinto, ao caso dos vistos gold, a falar com António Figueiredo a pedir-lhe favores.

O comentador garante que só ligou para fazer um “pedido de informação” e esse tinha como objetivo “saber como vai o andamento de um processo”.

Marques Mendes desmentiu outra notícia, do Diário de Notícias, que dizia que era administrador de uma imobiliária juntamente com José Maria Ricciardi. O ex-presidente do PSD diz que nunca foi administrador com José Maria Ricciardi, mas que foi vogal não executivo da empresa.

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“Na Coporgest fui administrador não executivo durante dois anos mas nunca com José Maria Ricciardi. (…) Para além disso, além de nunca ter estado com José Maria Ricciardi, já nem sequer sou administrador desta empresa, porque resolvi sair quando começaram as investigações ao caso BES e eu tinha de comentar”, disse.

A explicação para a demissão, diz, foi para poder continuar a fazer comentários sobre o BES na SIC sem ser acusado de pertencer a algum lado, tendo abdicado da remuneração que auferia na empresa, para a qual foi convidado por um amigo que era tinha 70% do capital social da Coporgest.

Marques considerou ainda que a greve na TAP durante o natal é “desumana” e que “ao Governo não restava alternativa que não fosse fazer a requisição civil”.

O comentador disse também que o Governo tem o apoio para a requisição civil do PS, por omissão, e diz que António Costa não comentou porque quando António Guterres então primeiro-ministro, fez uma requisição civil para a greve da TAP no verão de 1997, António Costa era ministro e participou no Conselho de Ministros que a aprovou.