Pelo menos 3,7 milhões de pessoas manifestaram-se este domingo, em França, contra o terrorismo, na sequência dos atentados mortíferos dos últimos dias em Paris, anunciou o Ministério do Interior francês.
Mais de 2,5 milhões de manifestantes foram contados em diferentes localidades francesas. Em Paris, os manifestantes eram entre 1,2 e 1,6 milhões, mas uma contagem precisa foi impossível dada a afluência maciça, acrescentou o ministério.
Antes, a agência noticiosa francesa AFP indicou, numa contagem que efetuou, que pelo menos 3,3 milhões de pessoas se manifestaram em várias cidades do país. A polícia informou que a ‘marcha republicana’ terminou pouco depois das 20:00 TMG (mesma hora em Lisboa), sem que “nenhum incidente” tenha sido registado.
A ‘marcha republicana’ foi convocada logo na quarta-feira, no ataque ao jornal Charlie Hebdo, que matou 12 jornalistas, cartoonistas e um polícia.
Desde quarta-feira, registaram-se três incidentes violentos na capital francesa, incluindo um sequestro, que, no total, fizeram 20 mortos e começaram com o ataque ao Charlie Hebdo.
Depois de dois dias em fuga, os dois suspeitos do ataque, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram mortos na sexta-feira, na sequência do ataque de forças de elite francesas a uma gráfica, em Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade, onde se tinham barricado.
Na quinta-feira, foi morta uma agente da polícia municipal, a sul de Paris, tendo a polícia estabelecido “uma ligação” entre os dois ‘jihadistas’ suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o presumível assassino.
Na sexta-feira, ao fim da manhã, cinco pessoas foram mortas num supermercado ‘kosher’ (judaico) do leste de Paris, numa tomada de reféns, incluindo o autor do sequestro, que foi morto durante a operação policial.