Emma Morano, a mulher mais velha da Europa, defende que chegou aos 115 anos de vida por comer três ovos crus, diariamente, desde a adolescência. Apesar da sustentação científica para esta afirmação ser tão válida como acender uma vela ao Santo Expedito, a verdade é que, hoje em dia, as grandes associações de cardiologia do mundo são consensuais: os ovos não representam qualquer risco para o coração. Como em tudo na vida, a moderação é bem-vinda. O melhor é, portanto, comer um ovo por dia – ou dois, vá.

Directamente da Harvard School of Public Health, o professor Frank Hu — referido neste artigo do New York Times — afirma que os bons nutrientes presentes no ovo, como a proteína, a vitamina B12, a riboflavina, o ácido fólico e a vitamina D, contrabalançam qualquer efeito negativo que o colesterol pudesse causar. Chega até a aconselhar: “Começar o dia com uma boa dose de ovos mexidos faz melhor à saúde do que uma taça de cereais” (um produto processado e carregadinho de açúcar). Um dos grandes motivos para incentivar o consumo de ovos ao pequeno-almoço é a proteína presente na clara, carinhosamente chamada de albumina, e que dá a sensação de se estar saciado uma manhã inteira.

Ainda tem dúvidas? Então aqui tem cinco boas razões para comer ovos:

1. Um abecedário inteiro de vitaminas
O ovo tem vitaminas B2, B12, A e E. Um abecedário de letras benéficas que servem, respetivamente, para: transformar nutrientes em energia, produzir glóbulos vermelhos, prevenir doenças oftálmicas, combater os radicais livres que causam doenças como o cancro e ajudar ao crescimento — ou seja, os ovos são aconselháveis a grávidas e crianças.

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2. Quer perder peso? Coma ovos.
Um estudo realizado pelo Centro Rochester para a Investigação da Obesidade conclui que comer ovos ao pequeno-almoço pode ajudar a perder pelo menos um quilograma por mês. Outro estudo publicado aqui revelou que comer três ovos por dia não só ajuda a perder peso como ainda mantém ou melhora os níveis de colesterol no sangue.

3. Fonte de minerais preciosos.
Ferro, zinco e fósforo formam a tríade mineral do ovo que previne coisas aborrecidas como o cansaço e a má disposição em mulheres menstruadas, um sistema imunitário débil ou ossos e dentes fracos.

4. Colesterol? Qual colesterol?
Achar que o colesterol é um arqui-inimigo do coração é um erro comum. A dose diária recomendada pela Associação Americana de Cardiologia, por exemplo, é 300 mg de colesterol. Um ovo médio pode conter entre 100 mg e 180 mg de colesterol. Num estudo publicado pela National Center for Biotechnology Information ficou provado que não há relação entre o consumo de ovos e as doenças cardiovasculares.

5. A lecitina é amiga.
Esta substância é mágica. É ela que permite que coisas tão incríveis como a maionese existam — é essencial para a emulsão. É também a lecitina que ajuda o organismo a prevenir a absorção de colesterol. Ámen.

Da próxima vez que teimarem consigo sobre os benefícios/malefícios dos ovos, use esta infografia como arma de arremesso:

ovo