Se entrou neste texto porque se sente motivado pelas listas ou pelas ideias apresentadas por pontos, então este artigo é mesmo para si. A BBC reuniu nove razões que tentou justificar porque é que gostamos de listas e o Observador sugere-lhe algumas listas que criámos para que consiga chegar mais facilmente à informação.
1. Sabemos exatamente onde vamos chegar
Não importa se o texto lhe fala das 10 decisões políticas da vida de Mário Soares ou dos 10 sites que vão mudar a sua vida, o que importa é que sabe que os pontos estão ordenados e que existe um número fixo ao qual vai chegar (se continuar a ler claro). Estes mapas ou esquemas mentais, que nos ajudam a organizar o pensamento, permitem entender a informação mais facilmente.
2. Há coisas que não queremos perder
É difícil resistir à tentação de clicar numa lista sobre os 10 destinos económicos para as férias de 2015. Saber que uma lista sobre os 12 truques para combater a fome ao longo do dia existe e não clicar nela até o deixa ansioso. Não gostamos de perder algo que já tivemos e o sentimento aqui é equivalente. Assim, acaba por ser mais fácil clicar só para dar uma vista de olhos do que ignorar por completo.
3. É menos desgastante para o cérebro
Ler online obriga-nos a realizar múltiplas funções ao mesmo tempo: entender o que se está a ler, fechar as janelas de pop-up, correr as páginas para baixo e decidir se se vai clicar nos links ou não. Uma lista com 25 formas de perguntar “como correu a escola?” até pode parecer longa, mas organizada por pontos lê-se num instante.
4. Achamos que estamos demasiado ocupados para ler outras coisas
Estamos sempre a correr de um lado para o outro, numa vida muita agitada que nos deixa pouco tempo para ler. Tendemos a achar que um texto por pontos, como as cinco inovações da Comissão Europeia liderada por Juncker, se torna mais fácil de ler do que um texto maçudo.
5. São mais fáceis para procurar informações
Um texto que se apresente por pontos são mais fáceis de correr “na diagonal” à procura da informação que realmente nos interesse. Em 10 aplicações que os nossos políticos têm nos smartphones haverá algumas que não lhe despertam interesse e basta passar à próxima.
6. Assim não nos perdemos
Se estamos a tentar perceber, por exemplo, as 7 coisas que Passos Coelho poderia ter feito com os 2.880 euros da dívida à Segurança Social podíamos até perder o fio à meada enquanto puxamos o texto para baixo e para cima. Felizmente, a numeração ajuda-nos a encontrar o caminho, o que já lemos e o que ainda está por ler.
7. É divertido adivinhar o que poderá estar mais na lista
Se um texto lhe promete os cinco filmes que também foram alvo de censura não quer começar logo a pensar que filmes são esses? Ponto por ponto vai mantendo a curiosidade para ver se o filme que imaginou está representado ou não.
8. Adoramos ter razão
Muitas listas mostram-nos coisas novas que nos podem despertar a atenção, mas também procuramos as listas que nos mostram aquilo que já sabemos por que gostamos de ter razão. Será que os sete filmes de ficção científica a não perder em 2015 são os mesmos para si e para Eurico de Barros?
9. A lista é definitiva
Sempre que organizamos as ideias em lista é como se as tornássemos válidas e irrefutáveis. Se se deparar com um texto sobre as 10 coisas que não deve fazer na sua próxima viagem sabe que há coisas que nas próximas férias não se poderá esquecer.
