Depois da indignação e do choque que o leão Cecil, morto no Zimbabué por um caçador furtivo, provocou, agora é a vez de um elefante, chamado Yongki, gerar revolta na Indonésia. O animal era um símbolo no país à semelhança do felino morto no país africano.

Segundo conta o El Pais, Yongki, que pertencia a uma espécie em vias de extinção, terá sido envenenado por caçadores furtivos. Quem o revelou foi um funcionário do Parque Nacional Timbul Batubara, na ilha de Sumatra, lar do animal. Estas suspeitas ganharam força por não haver vestígios de balas no corpo do elefante, e por, na altura em que foi encontrado, estar com a língua azul. Os dentes de marfim, de um metro, foram também arrancados e cortados aos pedaços.

AFP: Bukit Barisan National Park

Yongki foi encontrado sem dentes e com a língua azul. (AFP: Bukit Barisan National Park)

Mas este animal tinha um papel diferente dos outros. Como relata o jornal espanhol, Yongki era uma espécie de segurança e cão de guarda ao mesmo tempo. Isto porque estava treinado para evitar que outros elefantes selvagens colocassem em perigo as aldeias adjacentes e, para além disso, era o responsável por afastar caçadores que fossem uma ameaça para outras espécies a viver nas selvas tropicais da Indonésia. Mas esta ameaça revelou-se fatal para o próprio. Por isso, as redes sociais estão a ser inundadas por pedidos de detenção dos responsáveis por este ato.

Os elefantes são um alvo prioritário dos caçadores furtivos. O marfim dos seus dentes pode chegar a valores muito altos, razão pela qual esta espécie é perseguida. E poderá ter sido esta a razão pela qual Yongki perdeu a vida.

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