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  • Os rostos das quatro organizações que compõe o quarteto vencedor do Nobel da Paz de 2015: a União Geral do Trabalho Tunisino (UGTT), a Confederação da Indústria, Comércio e Artesanato Tunisino (UTICA), a Liga pelos Direitos Humanos da Tunísia e pela Ordem dos Advogados.

  • A Tunísia de hoje e as grandes ameaças

    “Com a nova Constituição e depois das primeiras eleições presidenciais, que elegeram Beji Caid Essebsi com 55.68% dos votos, a Tunísia passou a ser vista como o exemplo melhor sucedido da primavera árabe. O país teve um Governo de tecnocratas, que marcou eleições para o dia 26 de outubro de 2014. Os partidos estavam mais maduros e preparados para governar. O partido vencedor foi o do laico Nidda Tounès, formado dois anos antes, que, mesmo sem maioria absoluta (37,56% dos votos), indicou Habib Essid como primeiro-ministro do país. E a democracia tunisina parece também estar a amadurecer e a crescer.” Se quiser saber mais sobre o papel do Quarteto para o Diálogo na democracia tunisina, pode ler este texto do Manuel Louro.

  • União Europeia saúda atribuição do Nobel da Paz ao quarteto tunisino

    A União Europeia saúda o Quarteto para o Diálogo Nacional na Tunísia. As primeiras reações surgiram na rede social Twitter, com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, a congratular a organização e a referir que depois de ter visitado a Tunísia em março “compreende e respeita” a escolha.

    A responsável pela diplomacia do espaço comunitário, Federica Mogherini, comentou que o galardão mostra uma “saída para crise na região: a democracia e unidade nacional”.

    Por seu lado, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, considerou ser “muito merecido” o Prémio Nobel e que a União Europeia “partilha o orgulho com todos os tunisinos”.

    Com uma deslocação prevista à Tunísia na terça-feira para conversações sobre uma zona livre de comércio, a comissária europeia Cecilia Malmstrom comentou à agência France Presse que o prémio foi “bem atribuído”. “O caminho tunisino para a democracia tem sido uma fonte de inspiração e de esperança para todos nós”, acrescentou a comissária com a pasta do Comércio, que afirmou a necessidade de apoiar o progresso na Tunísia.

    Lusa

  • Mokhtar Trifi: "Estamos a contar com a boa vontade do Ocidente"

    No The Guardian, é possível ler a reação de Mokhtar Trifi, presidente honorário da Liga Tunisina para os Direitos Humanos e membro da Ordem dos Advogados da Tunísia.

    “Isto são notícias maravilhosas. É um incentivo claro ao processo que existe na Turquia, e ao trabalho e diálogo que levou à realização das eleições e à democracia. Mostra que o mundo está de olho em nós, de forma crucial. Temos muitos mais objetivos para atingir e desafios novos para enfrentar. Temos de salvar o nosso país do terrorismo e da crise económica. Estamos a contar com a boa vontade do Ocidente para que não fiquemos isolados nestes novos desafios”, referiu.

  • Entretanto, vários líderes mundiais já se manifestaram sobre o anúncio desta sexta-feira, como o primeiro-ministro britânico David Cameron ou o primeiro-ministro francês Manuel Valls.

  • Membro do quarteto: "Estamos aqui para ajudar o nosso país"

    Ouided Bouchamaoui, presidente da Confederação da Indústria, Comércio e Artesanato da Tunísia – um dos membros do quarteto – disse , em entrevista telefónica ao Comité que o quarteto estava “muito contente” com o prémio, que o trabalho tinha sido feito em conjunto pelas quatro organizações e que este prémio significava “muitas coisas”.

    “A experiência tunisina foi muito importante, nós tivemos sucesso com o diálogo, estamos juntos” , referiu Ouided Bouchamaoui, acrescentando que estavam “muito orgulhosos” do seu trabalho. “Estamos aqui para ajudar o nosso país, para dar esperança aos nossos jovens. E se acreditarmos no nosso país, podemos ter sucesso”, acrescentou.

  • Quase cinco anos depois do início da Primavera Árabe

    O Prémio Nobel da Paz 2015 foi entregue ao Quarteto Nacional Tunisino para o Diálogo quase cinco anos depois de um jovem vendedor ambulante tunisino se ter incendiado em frente ao edifício do governo local, lembra o New York Times. Mohamed Bouazizi, que foi mais tarde distinguido pelo Parlamento Europeu, não conseguia encontrar emprego, pelo que tinha começado a vender frutas e legumes na rua para ajudar a família. O seu ato de desespero tornou-se um símbolo do descontentamento e revolta da população com a crise em que o país vivia.

    Foi Bouazizi quem marcou o início da Primavera Árabe, com países como a Líbia, Síria e Iémen a entrar em colapso e permitir a ascensão de grupos terroristas como o Estado Islâmico emergirem na Síria e no Iraque. Contudo, o processo de transição de regime para a democracia na Tunísia aconteceu de forma mais pacífica e funcionou como um sinal de esperança.

  • Relação próxima entre paz, democracia e direitos básicos

    Os membros do Comité explicaram aos jornalistas que ainda não tinham contactado os representantes do quarteto tunisino, mas que estavam muito satisfeitos com esta distinção, apesar de ser “sempre um processo difícil”, e adiantaram que os vencedores vieram confirmar que o Comité Nobel acredita “fortemente que há uma relação próxima entre paz, democracia e direitos básicos”.

    “Estamos orgulhosos de haver candidatos como o quarteto, pelo trabalho que fizeram numa altura muito difícil para o seu país. Estamos ansiosos por conhecê-los em dezembro”, disseram.

  • Quarteto provou "o valor que existe no diálogo"

    O Comité Nobel refere que a forma como decorreu a Primavera Árabe na Tunísia foi “único e notável por várias razões”, mostrando que é possível que os movimentos islamitas e políticos podem trabalhar juntos ara alcançar resultados que “são de grande interesse para o país”. A Tunísia conseguiu provar a “o valor que existe no diálogo e o sentimento de pertença nacional”, mesmo sob circunstâncias difíceis e de conflito.

    “A transição na Tunísia mostra que as instituições e organizações da sociedade civil podem ter um papel crucial na democratização de um país, e que um processo destes, mesmo que sob circunstâncias difíceis, pode levar à realização de eleições livres e uma transferência pacífica de poder”, refere o comunicado do Comité Nobel.

  • Comité Nobel: "Queremos inspirar todos os outros países"

    O Comité Nobel recusou fazer comentários sobre o facto de Angela Merkel – que estava a ser apontada como favorita – não ter recebido o galardão. E afirmou que com esta distinção, o Comité espera que “a construção da democracia bem como da garantia dos direitos humanos que se viveu na Tunísia sirva como inspiração para todos os países e não apenas para os que estão no Norte de África ou Médio Oriente.

    A explicação surgiu depois da pergunta de um jornalista colombiano que questionou se esta distinção constituía uma mensagem de inspiração para os diálogos de paz na Colômbia. Recordemos que o líder das FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Timoleon Jimenez, e o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, também eram candidatos ao Nobel.

  • Quarteto construiu o caminho para o diálogo na Tunísia

    De acordo com o Comité Nobel, o quarteto construiu o caminho que levou a que houvesse um diálogo pacífico entre os cidadãos, os partidos políticos e as autoridades, permitindo que se chegasse a soluções consensuais entre as diversas partes.

    “O diálogo nacional amplo que o quarteto conseguiu estabelecer para acabar com a propagação da violência na Tunísia é comparável aos congressos de paz a que Alfred Nobel se refere no seu testamento”, lê-se no comunicado de imprensa.

  • Quarteto foi criado em 2013 e tem funcionado como mediador entre as várias forças

    O quarteto tunisino é composto por quatro organizações: a União Geral do Trabalho Tunisino (UGTT), a Confederação da Indústria, Comércio e Artesanato Tunisino (UTICA), a Liga pelos Direitos Humanos da Tunísia e Pela Ordem dos Advogados do país. Foi criado no verão de 2013, para representar vários setores e valores da sociedade tunisina, tendo funcionado como mediador, uma força orientadora no desenvolvimento da democracia na Tunísia e como uma autoridade moral.

    A Tunísia distinguiu-se dos restantes países que viveram a Primavera Árabe, em 2010 e 2011, por ter liderado uma transição democrática que teve como base uma sociedade civil “vibrante”, que exigiu respeito pelos direitos básicos humanos, segundo o Comité Nobel.

  • Quarteto criou uma "alternativa" pacífica para a Tunísia

    Foi a “contribuição decisiva” do Quarteto Nacional Tunisino para o Diálogo” para a construção de uma democracia pluralista na Tunísia que levaram o Comité a escolher estas organizações para o galardão da Paz. Por ter criado uma “alternativa” no país e por ter liderado um processo pacífico quando a Tunísia vivia em pleno uma guerra civil, explica o comunicado do Comité.

    A ação do quarteto permitiu que a Tunísia no espaço de poucos anos criasse “um sistema constitucional de governo que garante direitos fundamentais para toda a população, em termos de género, convicção política e crenças religiosas”.

  • O Comité Nobel afirmou que espera que a ação do quarteto tunisino sirva como um exemplo a ser seguido por outros países, no que toca à fraternidade, aos respeito pelos direitos humanos e à forma como se desenrolou a Primavera Árabe no país.

  • O prémio está relacionado com o respeito pelos direitos humanos básicos, tendo em conta as as eleições democráticas, que decorreram de forma pacífica, no último ano. O Comité afirmou que este quarteto preparou o caminho para que existisse um diálogo pacífico entre os cidadãos, partidos e autoridades. “Por uma transferência pacífica de poder.”

  • Quarteto que negociou o acordo político de paz na Tunísia

    O Prémio Nobel da Paz 2015 vai para o quarteto que negociou o acordo político de paz na Tunísia, que garantiu direitos fundamentais a toda a população, nomeadamente direitos humanos e de género.

  • O anúncio do Prémio Nobel Nobel pode ser seguido em directo no YouTube.

  • Entretanto, o Comité Nobel lembra todas as fases que envolvem a escolha do vencedor, que dura cerca de um ano.

    Se quiser assistir ao anúncio do laureado em direto, pode fazê-lo aqui.

  • Angela Merkel tem sido apontada como favorita

    A chanceler alemã Angela Merkel tem sido apontada como a grande favorita para o anúncio de hoje, por causa da forma como tem liderado a crise dos refugiados. Mas não é a única. António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, também tem sido apontado como um dos favoritos ao Nobel, como explicamos neste texto.

    Noutro texto, damos conta de mais cinco potencias vencedores: o jornal russo Novaya Gazeta, o sacerdote eritreu Mussie Zerai, o ginecologista congolês Denis Mukwege e o líder das FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Timoleon Jimenez, juntamente com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pelo acordo de paz que assinaram.

  • Será que este ano é de novo uma mulher a ganhar? O Comité Nobel recorda as 16 heroínas das paz que já foram galardoadas com este prémio:

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