Os refugiados que recusem dar as suas impressões digitais depois de atravessarem as fronteiras europeias podem ser presos, diz o Daily Mail. A União Europeia decidiu implementar regras mais duras que lhe permitam controlar a crise instalada.

Os guardas fronteiriços podem começar a usar da força para garantir que todos os refugiados sejam identificados, pelo que vão ser construídos centros de processamento e controlo que garantam que as pessoas não possam viajar mais pela Europa livremente. O El País conta que a Grécia e Itália não conseguiram nas últimas semanas identificar milhares de refugiados que desembarcaram nas suas costas e que se recusam a dar as impressões digitais, numa tentativa de contornar a legislação da União Europeia que estabelece que os refugiados devem pedir asilo no país onde entraram.

A verdade é que milhares de refugiados têm viajado por todo o continente europeu com o objetivo de chegar à Alemanha que oferece a melhor política de asilo, mas as autoridades querem tentar controlar o fluxo que cresce todos os dias. Na cimeira em Bruxelas os ministros concordaram que “para superar a potencial falta de cooperação dos refugiados que chegam à União Europeia” possam ser utilizadas “medidas coercivas, incluindo, como último recurso, a detenção”.

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Os refugiados podem recusar dar as impressões digitais correndo o risco de serem presos e possivelmente deportados, ou dar as impressões e pedir asilo. O ministro das relações externas do Luxemburgo, Jean Asselborn, explicou que é necessário abrandar os fluxos migratórios para que tudo seja mais fácil de administrar. “A política de deixar simplesmente entrar as pessoas acabou. Nós temos de saber quem são as pessoas que batem à nossa porta”, disse, acrescentando que os centros de controlo seriam construídos ao longo das rotas mais populares de entrada de refugiados, como a Grécia e Itália.

“Pela primeira vez discutimos o que fazer quando existe falta de cooperação por parte dos refugiados, que têm direitos mas que também têm deveres. O direito de asilo não será possível sem cooperar com as autoridades”, disse o ministro. 

Com a implementação desta estratégia que pretende controlar as entradas na União Europeia espera-se que diminuam os casos de milhares de refugiados que arriscam a vida em viagens perigosas em todo o Mediterrâneo.