Rui Rangel, juiz da Relação de Lisboa, anulou o arresto de 30 imóveis de luxo ao ex-líder do BES Angola (BESA), Álvaro Sobrinho, avança o Correio da Manhã (CM).

Rangel tomou a decisão de devolver os bens a Sobrinho, sendo que deixou vários “recados”, no acórdão, para o juiz de instrução Carlos Alexandre que ordenou as prisões de José Sócrates ou de Ricardo Salgado.

Álvaro Sobrinho foi acusado de burla qualificada e de branqueamento de capitais, mas Rangel defende no acórdão da Relação que a investigação ao ex-banqueiro foi baseada “numa mão cheia de nada” e que Carlos Alexandre e o Ministério Público “se socorrem deste procedimento de arresto, em cascata, repetindo-o até à exaustão (…) sempre com maus resultados”.

A decisão Rangel, diz o CM, surge depois de se ter conhecido que Carlos Alexandre validou escutas telefónicas que motivaram a extração de uma certidão contra Rui Rangel, no processo Vistos Gold, em que este foi suspeito de estar a receber indevidamente para elaborar códigos jurídicos em Angola.

Depois da anulação do arresto, cerca de 30 imóveis avaliados em dezenas de milhões vão ser devolvidos a Álvaro Sobrinho que tem várias propriedades de luxo espalhados pelo país, como por exemplo na Quinta da Marinha, em Cascais, sendo que a maioria já está em nome dos seus familiares. 

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