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Pode o fugitivo de Aguiar da Beira aguentar tanto tempo como Manuel "Palito"?

Este artigo tem mais de 5 anos

Manuel "Palito" esteve 34 dias fugido, porque conhecia os locais onde se refugiou como a palma da mão. O mesmo parece acontecer com Pedro Dias. A GNR reconhece que pode sobreviver “alguns dias”.

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MIGUEL PEREIRA DA SILVA/LUSA

MIGUEL PEREIRA DA SILVA/LUSA

Pedro Dias está fugido desde a manhã desta terça-feira, após ter assassinado um agente da GNR e um outro homem (leia a história aqui, e siga os acontecimentos principais aqui), e as autoridades acreditam que o suspeito pode sobreviver “alguns dias” na zona de Candal. “Pelas informações recolhidas, estamos a falar de uma pessoa que, além de conhecer bem o terreno, uma vez que ele é [de uma localidade] muito próximo daqui, tem familiares e tem residência em Arouca”, esclarecia esta manhã o major Pedro Gonçalves, responsável pelas buscas.

Se, de facto, o homem conseguir passar vários dias sem ser capturado pela polícia, não será um caso inédito. Há dois anos, em abril de 2014, Manuel Baltazar, um agricultor de 61 anos mais conhecido como Manuel “Palito”, conseguiu estar durante 34 dias fugido da polícia. A 17 de abril, a quinta-feira antes do domingo de Páscoa daquele ano, o homem (que tinha pulseira eletrónica e não se podia aproximar da ex-mulher por causa de um processo de violência doméstica) dirigiu-se a casa da antiga companheira com uma caçadeira. Matou a ex-sogra e a tia da ex-mulher, deixando a antiga companheira e a sua filha gravemente feridas. Manuel “Palito” tinha algo que também Pedro Dias tem: por ser caçador, conhecia como poucos as zonas em que se refugiou.

Foi avistado pelo menos três vezes, antes de ser apanhado. Cruzou-se inicialmente com um habitante de Penadono, logo no dia a seguir ao crime. Alguns dias depois, encontra um padeiro na sua terra natal, Trevões. Pergunta-lhe pela filha, pede um telemóvel emprestado para fazer um contacto e ainda compra pão. Mais de uma semana depois, cruza-se com uma mulher em Vale de Vila. Por esta altura, já a cavalaria da GNR se tinha juntado às buscas, e os habitantes garantiam aos jornalistas que “Palito” só seria encontrado se quisesse. Foi ao regressar a casa, a 21 de maio, que o homem foi apanhado.

Também o suspeito de Aguiar da Beira parece estar a seguir a mesma tendência de voltar para casa. Pedro Dias é natural de Arouca, no distrito de Aveiro, mas foi em Aguiar da Beira, na Guarda, que cometeu o crime. Colocou-se em fuga rapidamente e foi intercetado no concelho de São Pedro do Sul, o último do distrito de Viseu antes da fronteira com Aveiro. Os últimos indícios — pertences pessoais encontrados perto de um rio em Candal, como adiantou ao Observador o padre Eurico Teixeira de Sousa, pároco da aldeia — apontavam para que o suspeito estivesse a dirigir-se para o concelho de Arouca. Entretanto, as próprias autoridades já mudaram o posto de comando das operações para a aldeia de Tebilhão, em Arouca. A principal vantagem de Pedro Dias é, tal como Manuel “Palito”, o conhecimento detalhado do local.

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A cavalaria da GNR não conseguiu encontrar “Palito”, e os mais de 200 agentes destacados para as buscas de agora parecem não conseguir encontrar Pedro Dias numa área relativamente controlada. Ainda assim há diferenças consideráveis entre os dois casos. Manuel “Palito” foi beneficiando de ajuda ao longo da fuga, por parte de pessoas que não condenavam o crime que havia praticado. Uma rivalidade entre duas aldeias, aquela de onde era oriundo “Palito” e a da ex-mulher, fez com que o homem tivesse gozado de uma liberdade de movimentos e de auxílio que não deverá agora estar ao alcance de Pedro Dias. Em comum têm o tipo de terreno por onde se escondem. Cruzámos os caminhos dos dois fugitivos mais conhecidos do país — clique nos pontos do mapa — e não andaram longe um do outro:

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