Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, lamentou na manhã de sábado a morte de Fidel Castro, estendendo as condolências do partido “a todos os comunistas, ao povo de Cuba” e “ao camarada Raúl Castro”. Jerónimo lembra Castro como uma “excecional figura de patriota e revolucionário comunista” cuja vida foi “consagrada aos ideais da liberdade, da paz e do socialismo”.
O líder dos comunistas portugueses disse que este é um “momento de tristeza para os comunistas, revolucionários e progressistas de todo o mundo”. Fidel “libertou Cuba de uma cruel ditadura” e “uniu e mobilizou a energia criadora dos trabalhadores e do povo na construção de uma nova sociedade liberta da exploração e da opressão imperialista, uma sociedade socialista e solidária”, disse Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do PCP afirmou ainda que, neste momento em que Fidel morre, “o imperialismo e a reação passaram à contra-ofensiva” com o objetivo de “reverter conquistas e recuperar posições perdidas”. Jerónimo de Sousa está convencido, no entanto, de que “os projetos imperialistas serão derrotados” — também com a ajuda de Castro. “A luta, a ação e a palavra inspirada de Fidel animaram e continuarão a animar a luta das forças progressistas e revolucionárias de todos os continentes”, disse Jerónimo de Sousa.
O líder comunista terminou a curta declaração aos jornalistas com uma exigência e um voto de continuar o trabalho de Fidel. “A melhor forma de honrar a memória do camarada Fidel Castro é prosseguir a luta pelos ideais e o projeto a que se consagrou até ao fim da sua vida, é fortalecer a solidariedade com Cuba e a sua revolução socialista exigindo o incondicional respeito pela soberania da Ilha da Liberdade, o imediato fim do criminoso bloqueio norte-americano e a restituição ao povo cubano de Guantánamo.”