Ricardo Amaral Robles, 39 anos, engenheiro civil, e ativista desde sempre, é o nome avançado pelo Bloco de Esquerda (BE) como cabeça de lista à câmara de Lisboa. Um nome que já era claro favorito, mas que apenas ficou confirmado esta quarta-feira à noite, durante o plenário da concelhia de Lisboa do Bloco de Esquerda. Robles “foi aprovado por 84% dos militantes presentes, com 6% contra, 3% de abstenção e 1% brancos”, lê-se no site esquerda.net. O carimbo final, dos militantes da distrital, deverá ser dado este fim-de-semana.

Nascido a 20 de maio de 1977, Ricardo Robles foi um dos fundadores do Bloco de Esquerda, em 1999, e é atualmente coordenador da Concelhia de Lisboa. Desde 2013 que ocupa o cargo de líder da bancada do Bloco na Assembleia Municipal de Lisboa.

Desde que lutava contra o que considera os excessos da praxe, e também das propinas, no Instituto Superior Técnico, Robles manteve sempre vivo o espírito ativista: esteve envolvido na SOS Racismo, participou na candidatura autárquica Esquerdas Unidas por Lisboa (coligação PSR/Política XXI) e tem sido uma voz crítica do mandato de Fernando Medina, principalmente nas áreas dos transportes e da habitação, que deverão ser as linhas condutoras da sua campanha.

Robles já defendeu mais linhas nos transportes públicos, mais território abrangido e horários mais alargados e manifestou-se também contra a subida do valor das rendas, que afastam os lisboetas para a periferia da cidade. Outra das bandeiras será a habitação: fazer com que as pessoas vivam no centro de Lisboa e não tenham de ir para a periferia por causa do valor das rendas. “É das pessoas que conheço que tem mais capacidade de motivar os outros, ouvi-los, de criar relações de amizade e ambientes informais”, comentou Francisco Louçã, ex-coordenador do BE, citado pelo Público.

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