O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou esta terça feira a União Europeia a sancionar o regime do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no que foi apoiado pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.

“Estamos confiantes de que os nossos amigos na União Europeia seguirão o caminho dos Estados Unidos, do Canadá e de muitos países latino-americanos e sancionarão o regime de Maduro. Necessitamos que todos se envolvam”, disse Trump numa conferência de imprensa na Casa Branca ao lado de Rajoy.

O primeiro-ministro espanhol disse que o governo de Espanha já propôs à UE a imposição de sanções ao executivo venezuelano, expressando a sua preocupação pela “deriva totalitária” da Venezuela.

Trump referiu que a Espanha tem sido “especialmente útil” na “promoção dos interesses e bem-estar do povo venezuelano”, agradecendo esses “esforços”.

“Espanha e Estados Unidos confiam na paz, na restauração da democracia e na libertação de todos os prisioneiros políticos”, sublinhou o presidente norte-americano, adiantando que “onde o socialismo se expande é seguido pela miséria” e que “o povo da Venezuela merece um futuro de liberdade”.

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A administração Trump aprovou já várias sanções ao executivo de Maduro e, em agosto, o presidente dos Estados Unidos admitiu como possível a “opção militar” em relação à Venezuela.

País produtor de petróleo, a Venezuela está arruinada pela queda dos preços do crude. Perante a escassez de produtos alimentares e o aumento vertiginoso dos preços, milhares dos seus habitantes, convocados pelas forças da oposição, manifestaram-se quase diariamente entre abril e julho para exigir a demissão de Maduro, eleito em 2013 e cujo mandato termina no início de 2019.

O movimento de contestação, com frequentes incidentes violentos, provocou 125 mortos em quatro meses nos dois campos opostos, e um crescente antagonismo entre poder e oposição.