O antigo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil da Presidência da República de José Eduardo dos Santos, Edeltrudes Costa, é o primeiro ministro a ser nomeado pelo novo chefe de Estado angolano, João Lourenço.
De acordo com informação oficial enviada à Lusa, João Lourenço nomeou esta quarta-feira o seu Gabinete de Trabalho, com Edeltrudes Maurício Fernandes Gaspar da Costa a ocupar o cargo de ministro e diretor do Gabinete do Presidente da República.
Edeltrudes Costa ocupou até 5 de setembro de 2016 as funções de ministro de Estado e chefe da Casa Civil, durante a presidência de José Eduardo dos Santos, que terminou na terça-feira, com a posse de João Lourenço.
Ainda sobre o Gabinete de Trabalho do chefe de Estado, foi nomeado Félix de Jesus Cala para o cargo de secretário-geral do Presidente da República e Edson Ulisses de Carvalho Alves Barreto para o cargo de diretor do Gabinete de Quadros do chefe de Estado.
Igualmente por decreto presidencial assinado por João Lourenço, foi nomeado Marcy Cláudio Lopes para o cargo de secretário para os Assuntos Políticos, Constitucionais e Parlamentares do Presidente da República, Victor Manuel Rita da Fonseca Lima para secretário para Assuntos Diplomáticos de Cooperação Internacional, Itiandro Slovan de Salomão Simões, para secretário para os Assuntos Judiciais e Jurídicos do Presidente da República.
Luís Fernando é nomeado por João Lourenço para o cargo de secretário para os Assuntos de Comunicação Institucional e de Imprensa do Presidente da República e Flávio Saraiva de Carvalho da Fonseca, para secretário para os Assuntos Regionais e Locais.
O anterior Governo contava com mais de 30 ministérios, mas na tomada de posse, na terça-feira, João Lourenço reafirmou a intenção de promover a redução do executivo, no âmbito de uma reforma do Estado, prevendo a “descentralização de poderes, a implementação gradual das autarquias e a municipalização dos serviços em geral”.
“A estrutura do executivo será reduzida de modo a garantir a sua funcionalidade sem dispersão de meios e evitando o esbanjamento e o desperdício de recursos que são cada vez mais escassos”, apontou Lourenço, que encabeçou a lista do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) que venceu as eleições gerais angolanas de 23 de agosto.