A balança comercial angolana registou um saldo positivo, de 4.200 milhões de euros, no segundo trimestre de 2017, crescendo 17% face ao mesmo período do ano anterior, devido ao aumento das exportações e ao corte nas importações.

De acordo com o documento estatístico do comércio externo do segundo trimestre, do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, ao qual a Lusa teve esta quinta-feira acesso, as exportações angolanas aumentaram 8,6% entre abril e junho, face ao mesmo período de 2016, para um volume de negócios total de 1,339 biliões de kwanzas (6,9 mil milhões de euros).

Já as importações diminuíram 3,4% no mesmo período, igualmente em termos homólogos, para 521.912 milhões de kwanzas (2.680 milhões de euros).

O saldo da balança comercial do segundo trimestre de 2017 foi positivo em 817.706 milhões de kwanzas (4.200 milhões de euros), influenciado também pela recuperação da cotação internacional do barril de crude que se verificou desde o final de 2016.

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Só em combustíveis, Angola exportou nos primeiros três meses do ano um total de 1,263 biliões de kwanzas (6.500 milhões de euros), equivalente a 94,3% do total, sendo os restantes produtos diamantes, alimentos, madeiras ou têxteis, entre outros.

O país vive desde finais de 2014 uma profunda crise financeira, económica e cambial, decorrente da quebra da cotação internacional do barril de crude, com consequências na quantidade de exportações e importações, neste caso por falta de divisas.

Angola chegou a vender cada barril de petróleo, no primeiro trimestre de 2016, a cerca de 30 dólares, quando no mesmo período de 2014 esse valor era superior a 100 dólares.

Máquinas, equipamentos e aparelhos continuam a ser os produtos mais importados por Angola, que diminuíram neste trimestre 3,4%, para 127.698 milhões de kwanzas (655 milhões de euros), enquanto em produtos agrícolas o país comprou o equivalente a 65.838 milhões de kwanzas (338 milhões de euros) em três meses, além de 32.784 milhões de kwanzas (168 milhões de euros) em alimentos.

Angola é atualmente o segundo maior produtor de petróleo de África, mas ainda teve de importar 5.944 milhões de kwanzas (30 milhões de euros) em combustíveis no mesmo período, um aumento de 80,7% face ao segundo trimestre de 2016.