Um casal espanhol perdeu a custódia do filho de um ano depois de ser acusado de não atualizar as vacinas do bebé, bem como de não o levar ao pediatra. O bebé completou um ano a 3 de janeiro, mas, nessa altura, já os pais estavam sem ele.

O Governo regional da Andaluzia assegura que este é “um caso de negligência muito grave”, contudo, ao El Espanõl, os pais contam que a decisão do Executivo da socialista Susana Díaz se baseou “em pura ideologia”, devido ao facto de terem escolhido criar “a criança fora das leis que marcam a sociedade”. Os pais optaram, assim, por uma educação que se baseia no contacto físico permanente com o bebé, no aleitamento e na não utilização de carrinhos para o transportar.

Após um pico de febre que o bebé teve, os pais levaram-no ao hospital público. O bebé apresentava “palidez cutânea”, estava “desnutrido”, tinha “pouca massa muscular” e estava com uma “desidratação de terceiro grau”. Foi depois transferido para o hospital de Puerta del Mar, onde passou uma semana na Unidade de Cuidados Intensivos, devido à desidratação e desnutrição.

Foi no hospital que se veio a saber que o bebé nasceu em casa e que não tinha levado nenhuma das vacinas obrigatórias, para além de que os pais não o levavam ao pediatra. Num comunicado escrito pela Junta de Andaluzia, é explicado que o bebé se alimentava exclusivamente do leite materno, o que levaria à falta de vitaminas e consequentemente à desnutrição.

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Os pais asseguram que a Junta de Andaluzia mente quando diz que o filho não foi ao pediatra. Afirmam que o avô da criança é médico e que foi ele que percebeu que o neto poderia ter anemia, devido “às orelhas amareladas”, altura em que o levaram a um pediatra privado.

Ao contrário do que o Governo de Susana Díaz afirma, a mãe diz que “é certo que [o leite materno] foi o seu alimento principal, mas o meu filho comeu outros”. A advogada do casal defende que a criança se está a desenvolver normalmente, e que os alimentos foram sendo introduzidos na dieta da criança. E acrescenta ainda que os pais decidiram não vacinar o filho.

A mãe reforça que decidiram não vacinar o bebé depois de se informarem “conscientemente”, tendo optado por não vaciná-lo durante os primeiros dois anos e que depois iriam avaliar se o iam fazer ou não. Nega também que sejam vegetarianos rigorosos e que seja esse o motivo da desnutrição do bebé. Já há um abaixo-assinado para que devolvam a criança aos pais, onde estes explicam o sucedido.