A aldeia de Oymyakon, na Sibéria, é conhecida por ser a aldeia mais fria do mundo — tão fria que instalaram um termómetro como atração turística. Esta semana, a aldeia quase atingiu recordes de temperaturas negativas, e o termómetro, que foi montado por causa do frio, sucumbiu perante o mesmo, avariando pouco depois de marcar -62ºC.

Sim, -62 graus celsius é mesmo muito frio. Mas, de acordo com o The Siberian Times, houve locais que registaram -67ºC nos seus termómetros, bem perto do recorde de -67,7ºC registados em fevereiro de 1933, a temperatura mais baixa alguma vez registada fora da Antártida e que torna a aldeia de Oymyakon o local habitado mais frio do mundo.

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Os 50 habitantes da aldeia siberiana sobrevivem ao inverno da maneira que se pode esperar: queimando madeira e carvão para se manterem quente. Em janeiro e fevereiro a temperatura média anda pelos -50ºC em Oymyakon, cujo nome significa “água que não congela” devido às termas onde antigamente paravam pastores de renas para dar água aos animais.

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Oymyakon

Prova de que a água efetivamente não congela está no vídeo publicado pela jornalista Elena Pototskaya esta semana, em que se pode ver um grupo de turistas chineses apenas de roupa interior a dar um mergulho nas termas apesar da temperatura gelada cá fora.

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Сегодня на Полюсе холода Оймяконе в 65-градусный мороз китайские туристы искупались в незамерзающем #источнике-ейемю! Так называется #родник чистой холодной #воды, незамерзающей даже в сильные морозы, у нас в Оймяконье. Ужаас. Мы, местные, даже на улицу боимся выходить в такой холод. А тут… #Туристы купаются… #якутиясахасирэ#якутск#полюсхолодаоймякон #оймяконскийрайон#природа#мороз#холод#родник#туризм

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Na descrição do vídeo, segundo o The Siberian Times, pode ler-se “isto não congela nem em condições severas em Oymyakon. Horror! Nós, locais, temos medo de sair com tanto frio. E aqui… os turistas estão a nadar!”

Se por um lado há quem consiga nadar em termas apesar das temperaturas negativas, por outro há quem não possa sair de casa sem que algo congele — foi o caso da utilizadora do Instagram Anastasia Gruzdeva e de duas amigas, que capturaram em fotografia o momento em que ficaram com as pestanas congeladas.

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Предыдущее фото просто взорвало всё и вся???? в прошлый раз такого не было, не думала, что так получится☺️ За день присоединилось человек 100, даже больше наверно???? Наверно было бы неплохо представиться, ну как бы познакомиться что ли???? Хотя я это делать не особо то и умею, у меня даже шапки в профиле нет, а всё потому, что я не знаю что написать про себя????????‍♀️ •всем привет, я Настя???????? •Живу в Якутске •24 годика •работаю в свадебном салоне @fantazia_yakutsk #настявплатьях •иногда фоткаю котят #котосетнасти И как бы всё????????‍♀️ •Окончила универ и не работаю по профессии, ну это наверно вообще не новость в нашем мире правда? Есть кошка #kitnissgav и племянник #человек_по_имени_дима а ещё есть куча их фотографий???? Расскажите кому не лень, кто вы и от куда тут☺️ Ну и если что интересно спросите, отвечу❄️ P.s. Когда то летом писала немного фактов о себе, можете почитать тут???????? #anastasiagav_ #snowlashes #snowlashesyakutia

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Estas temperaturas perto de quebrar recordes na Sibéria chegam na mesma altura em que a Rússia está a atravessar o inverno mais escuro de que há registo. De acordo com a BBC, Moscovo teve apenas seis minutos de luz solar em dezembro de 2017.