O presidente da Síria, Bashar al-Assad, foi reeleito para um novo mandato de sete anos com 88,7% dos votos, anunciou o presidente do parlamento, Mohammad al-Lahham.

Os outros dois candidatos, Hassan al-Nouri e Maher al-Hajjar, obtiveram 4,3 e 3,2 por cento, respetivamente.

Estas foram as primeiras eleições sírias com mais de um candidato em mais de 50 anos.

Antes da divulgação dos resultados, o Tribunal Constitucional Eleitoral tinha anunciado que a taxa de participação nas presidenciais sírias atingiu os 73,42 por cento.

De entre as 15,8 milhões de pessoas chamadas às urnas em plena guerra civil, 11,6 milhões participaram no escrutínio, precisou Maged Khadra, o porta-voz do tribunal, adiantando que houve 442.108 votos nulos, o que corresponde a 3,8%.

As eleições de terça-feira, organizadas nas zonas controladas pelo regime num país em guerra há três anos, foram classificadas de “vergonha” pelos Estados Unidos e de “farsa” pela oposição. A NATO assegurou que os resultados do escrutínio não serão reconhecidos.

Em 2007, a taxa de participação no referendo que reconduziu Bashar al-Assad, no poder desde 2000, foi de 95,86 por cento.

O conflito na Síria já fez mais de 162.000 mortos, entre os quais 53.978 civis, e milhões de deslocados e refugiados desde março de 2011, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

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