Os dois deputados eleitos pelo Partido da Terra (MPT) ao Parlamento Europeu, Marinho Pinto e José Inácio Faria, deverão integrar a bancada dos Liberais, confirmou à Lusa fonte deste grupo político, o terceiro maior do hemiciclo.

Depois de ter estado também em contactos com os Verdes, no quadro das negociações em curso para a formação dos grupos políticos para a próxima legislatura, após as eleições europeias de maio, Marinho Pinto irá “quase seguramente” sentar-se, juntamente com José Inácio Faria, na bancada dos Liberais, “devendo a decisão formal ser tomada na próxima terça-feira”, acrescentou à agência Lusa a mesma fonte parlamentar.

A Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa – grupo político ao qual o PSD já pertenceu, antes de aderir ao Partido Popular Europeu (PPE) – mantém-se como a terceira maior força política da assembleia europeia, com pouco mais de 60 dos 751 assentos do hemiciclo.

Os 21 deputados portugueses eleitos para o Parlamento Europeu irão assim ficar repartidos por quatro famílias políticas: os oito eleitos pelo PS integrarão o grupo dos Socialistas Europeus (o segundo maior grupo, para já com 191 deputados), os sete eleitos da Aliança Portugal, coligação formada por PSD e CDS-PP, fazem parte do PPE, que se mantém como a principal força (atualmente com 221 deputados garantidos), enquanto os três deputados da CDU e a deputada eleita pelo Bloco de Esquerda estão junto na bancada da Esquerda Unitária, sexta força da assembleia.

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Na sequência das eleições europeias de maio, entre os 751 deputados eleitos nos 28 Estados-membros da União Europeia, 41 são “não-inscritos”, ou seja, não são filiados em qualquer grupo político, e 55 são deputados recém-eleitos igualmente não inscritos em qualquer dos grupos políticos do Parlamento cessantes, sendo em torno do futuro destes, das bancadas que ocuparão, que decorrem intensas negociações, que poderão mesmo alterar o equilíbrio de forças entre os grupos parlamentares.

A sessão constitutiva do “novo” Parlamento Europeu realiza-se entre 01 e 03 de julho em Estrasburgo, com os eurodeputados a ocuparem o seu lugar no hemiciclo e a eleger o presidente e vice-presidentes da assembleia.

Ainda em julho, os eurodeputados voltarão a rumar a Estrasburgo, para uma segunda sessão, entre 14 e 17 de julho, na qual deverão eleger o futuro presidente da Comissão Europeia.