A presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, defendeu esta quinta-feira que a proposta do Governo de reintroduzir os cortes entre 3,5% e 10% sobre salários do setor público superiores a 1.500 euros “não é justa”, considerando que “haverá outras soluções”.

“Continuamos a considerar que não é justo. Com certeza que haverá outras soluções para que os trabalhadores da função pública não sejam tão penalizados como têm sido ao longo destes tempos”, afirmou Lucinda Dâmaso, à entrada para uma reunião dos parceiros sociais com a presença do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e do ministro da Segurança Social, Mota Soares.

No diploma hoje aprovado em Conselho de Ministros, o Governo compromete-se a começar a reverter estes cortes em 2015, devolvendo no próximo ano 20% do seu valor.

Estes cortes progressivos nos salários do setor público foram introduzidos pelo anterior executivo do PS através do Orçamento do Estado para 2011 e mantidos pelo atual Governo PSD/CDS-PP até ao ano passado.

No Orçamento do Estado para 2014, o Governo substituiu-os por cortes entre 2,5% e 10% aplicados aos salários do setor público a partir dos 675 euros – que no dia 30 de maio foram declarados inconstitucionais pelo Tribunal Constitucional.

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