O primeiro-ministro mostrou-se hoje esperançado de que o PS saia reforçado da discussão da liderança interna e mais aberto a um entendimento partidário para promover o crescimento da economia e “vencer a crise”.

“Nesta altura, o principal partido da oposição está absorvido por questões de natureza interna, que respeitamos, e é importante que todos possamos respeitar o direito que todos os partidos possam ter para resolver as suas dificuldades, porque sairão, com certeza, mais fortes no dia seguinte à resolução dos seus problemas internos”, afirmou Pedro Passos Coelho, em Mafra, no mesmo dia em que o Presidente da República reforçou o apelo a um entendimento partidário.

O primeiro-ministro falava da necessidade de entendimento futuro com os vários partidos, mas sobretudo com o maior partido da oposição.

“Temos de assegurar aos portugueses que não vamos andar aos solavancos nas políticas que possam perturbar a recuperação da economia, para que possamos, de uma vez por todas, não só fechar a emergência nacional, mas vencer a crise e pôr o país a crescer”, acentuou.

Pedro Passos Coelho defendeu, por diversas vezes, a “estabilidade e previsibilidade”, essenciais à economia nacional e que implicam que os partidos possam “estar de acordo em relação a muitos assuntos”, à semelhança do que tem acontecido, nesta legislatura, com PSD e CDS-PP. Neste sentido, defendeu que os portugueses “precisam de saber com o que contam” e alertou que “não se pode, uma ou duas vezes por ano, estar a redesenhar os orçamentos, as perspetivas de execução do orçamento e as perspetivas económicas para o país”.

Também neste quadro, o primeiro-ministro disse esperar que ” até à data da elaboração do Orçamento de Estado para 2015 se possa proceder à “clarificação e a estabilização do quadro jurídico-constitucional e do quadro macroeconómico”. O primeiro-ministro, que falava num jantar de produtores de pera rocha do Oeste, apelou para que “jovens e menos jovens” possam “aproveitar as oportunidades” de emprego na agricultura, numa altura em que o país “precisa de mão-de-obra que vem de fora para assegurar um bom resultado na produção e há desemprego em Portugal”.

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